segunda-feira, 9 de abril de 2007

Assaltos a bombas de gasolina

O Diário de Notícias de hoje traz mais uma notícia de assaltos a bombas de gasolina,
«Mulher baleada tentou retirar o capuz a um dos assaltantes». Parece este tipo de violência e criminalidade está na moda. Não são surpresa para quem estiver atento à vida da nossa sociedade. Efectivamente, foram preparados todos os condimentos culinários para este cozinhado poder ir ao lume. Quem os preparou?. Por um lado foram os proprietários das bombas e as associações que os representam e, por outro lado, o ministro da Justiça. Há dúvidas? Basta recordar que, quando o combustível era pago por cheque ou por cartão multibanco sem qualquer acréscimo da conta, a caixa da bomba chegava ao fim do dia praticamente vazia, não compensando qualquer assalto. Agora, o dinheiro em notas e moedas amontoa-se na caixa, porque não aceitam cheques não visados e porque o uso do cartão é pesadamente onerado para o cliente. Quanto à recusa dos cheques, deve-se à brilhante decisão do ministro da Justiça de descriminalizar a falta de provisão, a fim de aliviar os tribunais. A poupança que os «bombistas» conseguem ao atribuir ao cliente o custo da utilização do cartão, acaba por lhes trazer os danos provenientes dos assaltos. Parece ter sido um péssimo negócio! Talvez seja de voltarem a preferir e facilitar o pagamento com cartão de débito ou de crédito.

Perante isto, de que se estava à espera? Nada acontece por acaso, e os assaltantes não são estúpidos e, como exercem uma actividade de alto risco, têm que planear bem as suas acções e procurar que estas sejam compensadoras (o que não acontece com os governantes que não arriscam nem a vida nem o seu dinheiro).

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