quinta-feira, 31 de maio de 2007

A Capacidade do Governo na Economia

Com a devida vénia e homenagem ao autor e ao Destak onde foi publicado, transcrevo este texto que com uma grande simplicidade explica um assunto muito complexo e em que poucas vezes se raciocina com lucidez, desapego e isenção partidária.

A grande ilusão
Por João César das Neves, em Destak de 31 | 05 | 2007

O Governo congratulou-se com a anunciada aceleração do crescimento, mas engasgou-se logo depois com a subida do desemprego. Se os ministros melhoraram a economia, porque esqueceram os postos de trabalho? Toda esta atribuição política de méritos e culpas é tolice. Não é o Governo quem gera crescimento ou empregos.

O Estado tem inegavelmente grande influência económica, mais que qualquer outra entidade individual. Mas tem muito menos efeito que todas as outras entidades juntas.

A dinâmica produtiva nasce de tantos agentes, factores, pressões e perturbações, que a acção do sector público se dissolve na economia, sobretudo a curto prazo.

Além disso, influência do Estado não significa vontade dos ministros. O orçamento, a lei e regulamentos dependem, também eles, de tantos agentes, factores, pressões e perturbações que a acção do Governo se dissolve na grande máquina administrativa.

A política ampara a grande evolução nacional, mas as autoridades estão inocentes das flutuações cíclicas. No entanto, serão castigadas ou louvadas por elas, porque assim o exigem os eleitores e o anuncia a sua própria retórica activista.

Esta é a grande ilusão da vida pública. Discursos e programas eleitorais prometem recuperação e anunciam empregos. Depois, o que se passa na reestruturação sectorial e no clima internacional é que dita a sorte económica.

Por isso tantos ministros, elogiados como mestres, caem quando mudou o vento económico, na vigência da mesma estratégia. Mas, mesmo quando punidos, nunca os políticos admitirão a verdade da sua impotência. A ilusão sustenta a função.

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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Multibanco. Uma batalha ganha!

Uma guerra depende de muitas batalhas e ganhar uma destas não corresponde à vitória final. Da mesma forma um campeonato depende de muitos jogos e cada um é importante, embora não seja decisivo.

Em 24 de Maio lançámos aqui o alerta contra a ameaça já tida como certa de que em 2008 passaríamos a pagar uma taxa por cada utilização do cartão de débito multibanco, falando-se em 1,50 €, a apontámos a forma de reagir a esta exploração. Temos o dever e o direito de defendermos os nossos interesses de clientes e, dispomos de poder para adoptarmos as alternativas que iriam fazer reverter essa exploração em prejuízo dos bancos. Ter poder e não o utilizar legitimamente seria pura inépcia.

Este alerta teve eco e gerou-se um movimento de repulsa por mais esta exploração pelos serviços bancários aos cidadãos indefesos. As pessoas começam a abrir os olhos para o mundo hostil que as rodeia e procura sacar a suas poupanças, mesmo que sejam muito
Magras e insuficientes para uma sobrevivência difícil.

Agora, notícia do Jornal de Notícias diz que «a entrada em vigor da Área Única de Pagamentos em euros (SEPA) em 2008 não vai conduzir à cobrança de serviços que, actualmente, são gratuitos nas operações com multibanco, garantiu ontem o coordenador do gabinete de relações internacionais da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS).» «serão feitos acertos de operações, mas apenas entre a SIBS e os bancos. Entre os acertos está, por exemplo, a decomposição de taxas cobradas à Banca. Para os consumidores, afirmou, a SEPA ‘não terá impacto’ sobre as taxas em vigor.»

Está ganha uma batalha, mas não tenhamos ilusões, haverá muitas outras e cada vez mais subtis para aumentarem os seus já elevados lucros à nossa custa. Temos de estar cada vez mais atentos e prontos a fazer valer os nossos direito e usar os poderes de que dispomos como clientes e cidadãos.

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terça-feira, 29 de maio de 2007

A democracia está a ser vendida a retalho?

Extraído do Portal Portugalclub, como reconhecimento do seu mérito como ponto de reflexão para um melhor conhecimento da realidade actual.

A primeira experiência poderia ser feita, por exemplo, com o debate sobre a localização do aeroporto que substituirá o Aeroporto da Portela de Sacavém.

As autarquias utilizam dinheiros públicos para empregar os “funcionários” do partido disfarçando-os de assessores, na CML o fenómeno adquiriu a dimensão de escândalo tendo-se percebido que a pouca vergonha beneficiava todos os aparelhos partidário, ainda que, como em tudo na vida, todos os pássaros comem trigo mas só o pardal é que paga”.

Guilherme Silva acumula as funções de deputado da República com as de assessor de Aberto João Jardim e nos intervalos exerce a advocacia o que por vezes o leva a trocar os cartões e apresentar-se em serviços como deputado em exercício de funções de causídico.

Santana Lopes ajeita os seus rendimentos graças à generosidade do autarca amigo de Vila Real de Santo António que lhe paga 37.000 euros para “dar parecer sobre um contrato de arrendamento, para analisar o recente regulamento de taxas e licenças em vigor no município, para definir o modelo jurídico mais apropriado à requalificação de dois prédios urbanos e para prestar serviços jurídicos no âmbito de concursos para a conservação de espaços públicos e da rede viária". Imaginem, para dar parecer sobre a "requalificação de dois prédios urbanos" o autarca de VRSA recorreu aos serviços de um dos mais conhecidos causídicos de Lisboa!

Esta situação de Santana Lopes leva-me a pensar que uma boa parte das grandes figuras dos partidos ganham muito mais do que o Presidente da República sem terem que se sujeitar aos rigores do protocolo de Estado. Significa que os dinheiros públicos já servem para subsidiar os políticos que por estarem na oposição ou porque os cargos começam a escassear.

No sector privado também não faltam exemplos de subsídios aos gestores de influências, a maior parte dos opinion makers que escrevem na comunicação social ou comentam nas televisões fazem parte dos portfólios dos grandes grupos empresariais. Basta que a banca se sinta incomodada com uma medida fiscal para que apareça uma procissão de fiscalistas acima de qualquer suspeita a criticar a medida.

Aos grandes grupos de interesses não faltam juristas, engenheiros civis, sociólogos ou ambientalistas disponíveis para defenderem as suas posições sob as vestes de personalidades independentes e acima de qualquer suspeita. Veja-se como os ambientalistas se ajoelharam perante a bondade do projecto turístico de Tróia lançado por Belmiro de Azevedo, não me admiraria nada que por estes dias apareça algum dos mais combativos a explicar que bastaria um bom controlo do tráfego aéreo para compatibilizar as migrações das aves e o movimento dos aviões de forma a viabilizar o novo aeroporto em Rio Frio.

Até o Estado recorre à compra de alguns opinion makers mais incómodos, há mesmo alguns que se tornam muito notados no início da legislatura para depois desaparecerem milagrosamente até às próximas eleições legislativas. Entretanto beneficiam de algumas mordomias graças às comissões, conselhos fiscais de empresas públicas, encomendas de estudos ou contratos de assessoria.

Faça-se de uma lista de assessores e consultores das autarquias, dos governos regionais, dos bancos, do grupo Sonae e de outros grandes grupos empresarias, proíbam-se os beneficiários de intervir em público sem que antes apresentem as respectivas declarações de interesses e veremos como a política portuguesa ficará mais saudável. A primeira experiência poderia ser feita, por exemplo, com o debate sobre a localização do aeroporto que substituirá o Aeroporto da Portela de Sacavém.

É evidente que nenhum destes senhores é criminoso, como diria Pina Moura cumprem escrupulosamente as leis da República não violando nenhuma das suas normas, como se o exercício da democracia fosse um exercício jurídico e não de ética. São esforçados trabalhadores honestos que se desenrascam o melhor que podem num país cada vez mais pobre, mais pobre na economia mas também e, porventura pior, mais pobre na democracia. Parece que a economia vai de par com a democracia, quanto mais empobrecem mais alguns enriquecem, será mera coincidência?
- Terreiro do Paço

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segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ao Combatente do Ultramar Português



( Carta aberta ao Combatente do Ultramar Português)
V.C. (O Poeta de Fornos de Algodres)

Digníssimo e Nobre Combatente:

Tu que te bateste tenazmente
P´la unidade sacrossanta da Nação,
Cumprindo o teu dever estoicamente
Com acrisolado fervor e devoção,
Tu qu´és dum Nobre Povo descendente
Donde a heroicidade te advém,
Espelhas honradez e integridade,
Que herdaste de teu Pai e tua Mãe.
São para ti, todas as honras e louvores,
Junto ao teu monumento, de mil flores,
Paredes meias com a Torre de Belém.

Mas se o infortúnio glorioso te tocou,
E no mármore frio lá apostado,
O teu nome a letras de ouro ali gravou,
Serás sempre um Barão assinalado,
Daqueles que Camões então cantou,
E assim, da lei da morte libertado.

Cantaremos o Hino Nacional,
Como quem reza a Deus uma oração,
Toda respeito e preito de gratidão,
Germe da alma lusa, o testemunho.
É aqui que se celebra Portugal !
É aqui, e só aqui, o Dez de Junho !


V.C. (O Poeta de Fornos de Algodres)
Lisboa, 10 de Junho de 2007

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domingo, 27 de maio de 2007

Ota. Porque ter medo de esclarecer?

O Presidente da República, Cavaco Silva, considera necessário fazer uma debate profundo sobre o novo aeroporto de Lisboa, assunto sobre o qual têm surgido grandes dúvidas nos aspectos geográfico, topográfico, orográfico, geológico, segurança de voo nas descolagens e aterragens, mas o Governo está irredutível em relação à escolha da Ota. Vá lá saber-se o porquê desta teimosia!

Essa teimosia chegou ao ponto de o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, ter dito que "jamais" o aeroporto será construído na Margem Sul, região que apelidou de "deserto faraónico". Perante esta teimosia arrogante que levanta dúvidas sobre as razões que lhe assistem e os interesses que estarão por detrás, Cavaco apressou-se a pedir imediatamente "um debate profundo" e "consenso técnico e político" sobre o novo aeroporto. Com efeito, quem tem medo de esclarecer este tão grande investimento? Porquê? Terão mesmo argumentos válidos para defenderem a Ota? Se têm, porque não os apresentam?

O Presidente merece apoio geral quando defende que o Parlamento não se deve demitir da intervenção permanente nas grandes questões da actualidade, e esta é uma delas. Os deputados não devem abdicar da sua função fiscalizadora, independentemente da sua cor política. É imperioso incutir "factores de racionalidade" na discussão sobre a localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa ao contrário da argumentação utilizada por Lino em defesa da Ota no almoço na Ordem dos Economistas.

Quanto ao colóquio previsto na AR para o dia 11, Helena Pinto, do BE, avisa que "não pode ser um espaço onde o Governo vai fazer propaganda". "O colóquio não substituiu o debate político. Não é ali que se vai chegar a um consenso alargado, como pediu o Presidente. O Governo tem que ir ao Parlamento, mas ao plenário ou à comissão", sustenta Helena Pinto.

António Carlos Monteiro, do CDS, após as declarações sobre o "deserto" da margem Sul., acusa o ministro de "arranjar desculpas para fugir ao Parlamento". "Isso é censurável", acusa, insistindo no pedido de audição parlamentar de Mário Lino.

O deputado do PCP Bruno Dias defendeu esta sexta-feira a suspensão do processo para a construção do novo aeroporto de Lisboa, exigindo novos estudos, e responsabilizou o PS pela falta de um debate aprofundado sobre o tema. O comunista defendeu que o processo seja suspenso até à realização de novos estudos que sirvam de base «a um debate aprofundado», como sugeriu o presidente da República.

Também Miguel Relvas do PSD apoia o debate na AR e diz "espero que o PS não desrespeite o presidente da República como já desrespeitou o presidente da AR, quando chumbou o pedido a universidades para fazerem estudos sobre o aeroporto".

Marques Mendes descreveu a intervenção do Presidente da República, sexta-feira, como «muito importante», ao dizer que «é urgente um debate aprofundado sobre o novo aeroporto e em torno de toda esta questão». «Julgo que o apelo do Presidente da República foi dirigido ao Governo e aos vários responsáveis políticos». «Penso que é possível e desejável todo o consenso sobre o investimento do novo aeroporto. Estamos preparados e esperamos que o senhor primeiro-ministro tenha a mesma abertura e mostre a mesma disponibilidade acima dos interesses e da teimosia». Considerou as declarações de Mário Lino acerca do deserto na margem Sul «não apenas como um delírio, mas como uma provocação e um insulto de alguém que já não está bom da cabeça».

Mas, apesar de tudo isto, José Junqueiro, do PS, em defesa da obstinação obscurantista do seu partido, alega que "o debate político com especialistas não pode ser outro que não o do colóquio do dia 11. O que vamos fazer é um debate correctíssimo", e considera que Cavaco "não pediu uma coisa político-partidária, pediu um debate no Parlamento". Uma máscara, pois todos sabemos que Cavaco ao pedir a intervenção do Parlamento, estava consciente que naquele Palácio se faz política partidária.

Qual é a dúvida de Junqueiro? Que interesses tão importantes existem para exigir tanta blindagem por parte do Governo e do Partido que o apoia? Porquê tanto medo de clarificar o processo da escolha do local do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa?

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sábado, 26 de maio de 2007

Cheque em branco por quatro anos?!!!

Mendo Castro Henriques, professor da Universidade Católica e um dos autores da obra «O Erro da Ota» escreveu uma carta aberta ao ministro Mário Lino em que, a dada altura diz : "A democracia, para si, sr. ministro, é um cheque em branco passado de quatro em quatro anos, não tanto a um Governo, mas a um partido político que selecciona esse Governo". Há quem não se fique pela figura do «cheque em branco» e chegue a afirmar que, perante a arrogância, petulância e comportamento autista de muitos governantes, o actual regime português é uma «ditadura a prazo» de quatro anos renováveis.

Sobre este caso da localização do novo aeroporto de Lisboa (NAL), em vez de transparência na explicação das razões da decisão do Governo, por forma a que o Povo, detentor da soberania, compreenda porque é que o seu dinheiro é utilizado desta e não de outra forma, o Sr. ministro atira poeira aos olhos dos eleitores, fala de deserto, argumenta com a população do Oeste esquecendo que a grande massa de utilizadores dos aviões parte de Lisboa ou ali se destina e que a geografia, a topografia, a orografia e os aspectos específicos da segurança de voo não podem ser postergados na escolha do local. E, nisso, é apoiado por uma tosca argumentação, acerca de pontes, de um seu camarada de partido, já muito desactualizado e que, pela força do hábito, se convence que em Portugal, inteligente só há um, ele, e mais nenhum.

Os argumentos do MOP, repetidos e sem carrearem nada de novo para o esclarecimento da localização do NAL estão de acordo com a sua «piada» de, sabe-se lá com que finalidade, dizer que é engenheiro civil inscrito na Ordem dos Engenheiros», ou quando de visita oficial a Espanha, onde era suposto ir defender os interesses de Portugal, ter declarado que é iberista. Não podia escolher melhor local nem oportunidade para o dizer!

Parecido com isto recorda-se a gafe de Sócrates, que deu as boas-vindas aos imigrantes que chegam a "um país cada vez mais pobre". Um acto falhado que traduz a verdade que domina o mais íntimo do seu subconsciente, e que é permanentemente reprimido por necessidade de propaganda. Recorde-se também a falha de Manuel Pinho, quando prometeu aos desempregados da cidade da Guarda empregos em postos de trabalho na mesma empresa na cidade de Castelo Branco e que a empresa veio dizer já estarem preenchidos. Esta, depois da tentativa de aliciamento de chineses por cá haver salários muito baixos e das desculpas imberbes do excesso de velocidade de 212 quilómetros à hora, é mais um caso desta «ditadura a prazo» dos oligarcas todo poderosos.

Mas, se realmente há serviços de segurança, interna ou estratégica, convém averiguar o que está por trás da indicação dada à Al-Qaeda de que seriam significativos os feitos de um acto terrorista na ponte sobre o Tejo (qual delas?). Parece estarem esquecidos de que o bom senso, a que muita gente recusa importância, é um auxiliar importante e imprescindível da gestão da vida privada e, principalmente, na pública.

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sexta-feira, 25 de maio de 2007

Convite para passeio ao deserto

Queridíssimos,

A pedido do cómico Mário Lino - entertainer de almoços e de convívios de autarcas do Oeste - estou a organizar, para um dos próximos sábados, um passeio ao Oásis Alcochete.

A concentração está prevista para a porta do Ministério das Obras Públicas - à Sé - de onde partirá a caravana de jipes 4X4 que atravessará a Ponte Vasco da Gama com destino ao Deserto a Sul do Tejo.

A primeira paragem será na Área de Serviço da Margem Sul, onde os nossos experientes motoristas necessitam baixar a pressão dos pneus, necessária à circulação nas dunas.

O trajecto até ao Oásis, onde serão servidos carapaus assados e enguias do Tejo, poderá ser feito, por escolha e conveniência dos participantes, quer continuando na caravana de jipes ou em dromedário (uma só bossa), o que torna a aventura muito mais excitante, pois tirando os beduínos tratadores e a areia, os participantes não encontrarão: "pessoas, escolas, hospitais, hotéis, indústria ou comércio"!

Reunidos os participantes será servido o almoço, em tendas, com pratos tradicionais do Oásis Alcochete. À tarde, a seguir ao pôr-do-sol no deserto - espectáculo sempre deslumbrante - será servido um chá de menta, após o que, a caravana regressa nos jipes, com paragem na área de Serviço da Ponte Vasco da Gama, para reposição da pressão dos pneus.

ALERTA: O tempo urge. Segundo as sábias e oportunas declarações do Dr. Almeida Santos, M. I. Presidente do PS as pontes são alvos dos terroristas pois podem ser dinamitadas a qualquer momento, pelo que, não se devendo construir novas, devemos aproveitar as que temos, enquanto estão de pé.

Conto convosco para esta inesquecível aventura ao Deserto a Sul do Tejo!

MUITA ATENÇÃO: A cada participante será exigida uma declaração por escrito onde se comprometem, durante toda a aventura, a não referir qualquer das seguintes palavras: diploma, curso, Independente, engenheiro, fax e inglês técnico.

Lamento informar, mas só estão disponíveis dromedários (1 bossa). Segundo o humorista Mário Lino, os camelos andam por aí à solta...

PS – ou aceitam este convite ou então, expedições ao deserto da margem sul....................”jamé”!!!

Recebi este convite e, como gostaria de me encontrar em numerosa companhia, o que facilita a orientação nas dunas, transmito-o a todos os amigos.

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Às mulheres de meia idade

Recebi por e-mail de uma amiga que completou a bonita idade de 45 anos. Quis publicar aqui, como homenagem às minhas visitantes que se encontram na quarta década de vida, mais ou menos, mas senti que o título não se adequa ao meu caso e tenho que fazer o esforço de me imaginar na idade dos meus filhos. Aliás não é difícil pois, mentalmente, não me considero mais idoso, até, por vezes, sou perigosamente mais adolescente!

AS MULHERES DA MINHA GERAÇÃO

Hoje têm quarenta e muitos anos, inclusive cinquenta e tal, e são belas, muito belas, porém também serenas, compreensivas, sensatas e sobretudo diabolicamente sedutoras, isto, apesar dos seus incipientes pés-de-galinha ou desta afectuosa celulite que capitoneam as suas coxas, mas que as fazem tão humanas, tão reais.

Formosamente reais. Quase todas, hoje, estão casadas ou divorciadas, ou divorciadas e casadas, com a intenção de não se equivocar no segundo intento, que às vezes é um modo de acercar-se do terceiro e do quarto intento. Que importa?

Outras, ainda que poucas, mantêm um pertinaz celibatarismo, protegendo-o como uma fortaleza sitiada que, de qualquer modo, de vez em quando abre as suas portas a algum visitante.

Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!

Nascidas sob a era de Aquário, com influência da música dos Beatles, de Bob Dylan, de Lou Reed, do melhor cinema de Kubrick e do início do boom latino-americano, são seres excepcionais.

Herdeiras da revolução sexual da década de 60 e das correntes feministas, elas souberam combinar liberdade com coqueteria, emancipação com paixão, reivindicação com sedução.
Jamais viram no homem um inimigo, apesar de lhe cantarem algumas verdades, pois compreenderam que a sua emancipação era algo mais do que pôr o homem a lavar a louça ou a trocar o rolo do papel higiénico quando este tragicamente se acaba.

São maravilhosas e têm estilo, mesmo quando nos fazem sofrer, quando nos enganam ou nos deixam.

Usaram saias indianas aos 18 anos, enfeitaram-se com colares andinos, cobriram-se com suéteres de lã e perderam a sua parecença com Maria, a Virgem, numa noite de sexta-feira ou de sábado, depois de dançar El Raton com algum amigo que lhes falou de Kafka, de Neruda e do cinema de Bergman.

No fundo das suas mochilas traziam pacotes de rouge, livros de Simone de Beauvoir e fitas de Victor Jara, e, ao deixar-nos, quando não havia mais remédio senão deixar-nos, dedicavam-nos aquela canção, que é ao mesmo tempo um clássico do jornalismo e do despeito, que se chama "Teu amor é um jornal de ontem".

Falaram com paixão de política e quiseram mudar o mundo, beberam rum cubano e aprenderam de cor as canções de Sílvio Rodriguez e de Pablo Milanez, conhecerem os sítios arqueológicos, foram com seus namorados às praias, dormindo em barracas e deixando-se picar pelos mosquitos, porque adoravam a liberdade e, sobretudo, juraram amar-nos por toda a vida, algo que sem dúvida fizeram e que hoje continuam a fazer na sua formosa e sedutora madureza.

Souberam ser, apesar de sua beleza, rainhas bem educadas, pouco caprichosas ou egoístas. Deusas com sangue humano. O tipo de mulher que, quando lhe abrem a porta do carro para que suba, se inclina sobre o assento e, por sua vez, abre a do seu companheiro por dentro.
A que recebe um amigo que sofre às quatro da manhã, ainda que seja seu ex-noivo, porque são maravilhosas e têm estilo, ainda que nos façam sofrer, quando nos enganam, ou nos deixam, pois o seu sangue não é suficientemente gelado para não nos escutar nessa salvadora e última noite, na qual estão dispostas a servir-nos o oitavo uísque e a colocar, pela sexta vez, aquela melodia de Santana.

Por isso, para os que nascemos entre as décadas de 40 e 60, o dia da mulher é, na verdade, todos os dias do ano, cada um dos dias com suas noites e seus amanheceres, que são mais belos, como diz o bolero, “quando está você”.

Que belas são, por Deus, as mulheres da minha geração!
(escrito por Santiago Gambôa, escritor Colombiano)

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Um grito de alerta, urgente

INCOMPETÊNCIA PREMIADA
por Mário Relvas, em Aromas de Portugal

Neste momento em que os nossos bravos soldados, se encontram ausentes no estrangeiro para combater "moinhos de vento", entenda-se opções pouco justificadas para um País pobre como Portugal, gastando rios de dinheiro, correndo riscos de vida, aqui no pequeno rectângulo, assistimos a cenas gratuitas de incompetência, de ministros, de autarcas com trinta anos de sucessivos erros e aberrações.

Pergunto, quando os nossos camaradas Comandos regressarem já terão as condições necessárias no seu quartel? Ou melhor, já terão uma unidade própria como destino final? Depois de andarem constantemente aos saltos... Terão direito a terem na sua unidade os nossos mortos, simbolizados no Monumento ao Esforço Comando, esquecido conjuntamente com o Museu Comando, no ex Regimento de Comandos da Amadora, que cai de podre? Já terão os meios materiais adequados ás missões? Os Pára-Quedistas e os Fuzileiros, queixam-se publicamente. Então, se não há dinheiro para umas coisas, há para a OTA? Sim, os estimados senhores dizem que, esta se paga sozinha e ainda sobra dinheiro...

As reformas das forças de segurança e, da administração pública são conversas mal contadas, convidando-os a conhecerem a realidade, contactando com quem as sente na pele.

As reformas da educação, dos serviços de saúde, outras aberrações sem nexo, que ninguém entende.

Ouvimos falar num possível pagamento de taxas de €1,50, nos levantamentos de multibanco... Ninguém responde com verdade a isto? Depois de os bancos terem despedido pessoal, automatizando quase tudo, diminuindo os seus custos, ainda querem mais xixa? Façamos uma paragem nos pagamentos e levantamentos de multibanco, inundemos os bancos com cheques e levantamentos/depósitos ao balcão e, eles ou contratam de novo mais pessoal, diminuindo os seus fabulosos lucros, ou entopem burocraticamente.

Quando não há dinheiro nas polícias, realizam-se cerimónias de aniversário de comandos de polícia, com almoçaradas, ofertas de relógios a membros do governo?

Senhor Presidente da República, está na altura de tomar uma decisão séria, o povo está saturado de tanta conversa, de tantas gaffes. Quem não recorda a era "Sampaio v/s Santana Lopes", que foi demitido por um ministro abandonar o governo?

Porque levamos nós com Mário Lino, com Manuel Pinho, com Alberto Costa, com Correia de Campos, com Maria de Lurdes Rodrigues...etc? António Costa já saiu por motivos "válidos", a CM de Lisboa, ou como já é conhecido o filme, a fuga do MEAI!...
Este é o País da incompetência premiada e da inércia governativa...Onde se fala, fala e se faz nada, para além de afundar cada vez mais o barco!

Sabemos que Portugal está em crise, mas é só para alguns? Sim, para os mesmos de sempre - os contribuintes, os cidadãos que, constantemente são enganados nas vésperas das eleições.

Sabemos que vai haver uma presidência europeia, mas entretanto Portugal afunda-se.
Já basta, senhor Presidente da República, salvemos o que resta de Portugal!

Publicada por MRelvas

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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Cartão multibanco explora o cidadão

Conheço algumas pessoas que têm embarcado em decisões, sem reflexão séria e aprofundada, quando lhes telefonam para casa a aliciar com promoções, ou quando vão aos bancos e lhes impingem novos «produtos muito vantajosos». Ilusão! Ninguém (a não ser os amigos certos) nos telefonam para nosso interesse. O interesse é deles, isto é, da empresa que servem.

Há mais de duas dezenas de anos, os bancos a fim de reduzirem o número de empregados para menos de metade e, assim, aumentarem os lucros, ofereceram-nos, quase á força, o cartão multibanco, sem anuidade e sem qualquer taxa. As pessoas, relativamente depressa, aderiram a este meio de pagamento e inventaram imensos truques para memorizar o código. Numa progressiva aplicação de métodos científicos, passado algum tempo, quando as pessoas já estavam viciadas, dependentes do cartão, os bancos obrigaram ao pagamento da anuidade. E as pessoas, dependentes como já estavam, submeteram-se a essa extorsão. Entretanto, os bancos tinham reduzido o pessoal e fraccionaram-se em agências de dois ou três empregados por todas as ruas de cidades e vilas e obtiveram lucros cada ano mais elevados, apesar da crise do País.

Agora, depois de terem aumentado o custo dos cheques, propõem-se cobrar uma taxa por cada utilização do cartão. O recente aumento do custo dos cheques não foi por acaso, pois serve para dissuadir muita gente a regressar a esse modo de pagamento, já pouco usado, sendo obrigada a aceitar o ónus do cartão.

Mas, senhores utentes, não se esqueçam que se torna mais prático e vantajoso regressar ao modo de pagamento antigo, através de dinheiro, em notas e moedas. Vale a pena experimentar e, quando chegarem à conclusão de que é prático e económico, porque não transferem parte das vossas poupanças para os bolsos do administrador bancário para quem não há crise, irão continuar essa independência dos cheques e do cartão. E, se muitos seguirem esta sugestão, obrigarão os bancos a admitir mais pessoal, reduzindo o desemprego que grassa no País, e a tratarem os clientes como pessoas.

Está nas nossas mãos um poder não negligível que devemos utilizar para evitarmos sermos explorados descaradamente. Bastam os políticos, para nos secar os bolsos!!!

O facto de os bancos estarem conluiados com os restantes da União Europeia, em nada invalida a reflexão atrás exposta. Tudo é concertado entre eles contra os cidadãos desprotegidos.

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Ota. Justificação mal contada

São frequentes, na Comunicação Social e na Internet referências a interesses obscuros na defesa do NAL (novo aeroporto de Lisboa) vir a ser localizado na Ota. Há quem critique azedamente o emprego do adjectivo «obscuro». Mas, perante tão vultoso investimento e argumentos tão convincentes nos aspectos negativos de construção, de segurança nas fases inicial e final dos voos e na distância a Lisboa, ninguém tem dúvidas de que, forçosamente, terá de haver grandes interesses. Quanto à sua obscuridade, esta vai sendo clarificada com o tempo, mas talvez não ficando totalmente transparente em data útil.

Efectivamente, já vieram a lume os interesses de empresas e autarquias da região, incluindo mesmo autarcas de partidos da oposição, e bem evidenciados pelos delineados investimentos na área do turismo. Num futuro relativamente próximo, os turistas em vez de virem a Portugal visitar os Jerónimos irão ver a capela de Ponde do Rol.

Quanto aos interesses ainda ocultos e embiocados, o véu começa a mexer-se deixando entrever indícios significativos. Ontem ouvi na TV o inefável, ofuscante, imperscrutável, insondável, Dr. Almeida Santos opor-se à construção do NAL na margem Sul do Tejo visto que «a OTA é uma boa opção porque não há pontes e, no caso de atentados ficava-se com um aeroporto isolado na margem sul, se fosse ali construindo». Enfim, uma indicação de alvo remunerador aos terroristas e nada mais de válido. Tão inteligente que ele era ! e como está agora tão diminuído pela idade! Mesmo que uma ponte fosse destruída, Lisboa não ficaria isolada do seu aeroporto na outra margem porque a ele está ligada por várias pontes ( e estão previstas outras) e há sempre a possibilidade da travessia por barco.

E, se o Sr. Dr. actualizasse as dioptrias dos seus óculos, talvez conseguisse vislumbrar que entre Lisboa e a Ota passa-se por, não uma mas, entre grandes e pequenas, dezenas de pontes todas vulneráveis a actos terroristas. Além de que a pista do NAL na Ota terá de ser construída sobre várias pontes dado que irá ser colocada sobre, pelo menos, três ribeiras importantes, além de outras linhas de água criando vãos menores.

Mas além deste ilustre causídico e político nos querer lançar poeira aos olhos para não vermos os seus interesses, o «engenheiro civil inscrito na Ordem», ministro das Obras Públicas, iberista e sabendo umas palavras de francês, argumentou de forma muito «elucidativa» que o aeroporto não devia ser construído na margem Sul por aquelas paragens serem um deserto sem população, escolas, hotéis, etc. Ora o Sr. ministro, a quem não atribuo adjectivos para não ser perseguido como o Dr. Fernando Charrua, para evitar o deserto, podia manter o aeroporto na Portela, em Lisboa, bastando demolir alguns prédios para a sua ampliação. E, para o instalar em local ainda menos deserto, podia situá-lo no centro de Lisboa, em que Avenida da Liberdade, após alguns trabalhos de engenharia, mais baratos que os da Ota, dava uma bela pista. E a Fontes Pereira de Melo dava outra pista para ventos de direcção diferente. Afinal, ao querer sair-se de Lisboa, não se pretende sair de uma área densamente povoada?!!! Onde está a lógica Sr. ministro?

Se os interesses das gentes o Oeste são claramente visíveis, os destes políticos, argumentados de maneira tão infantil e incomprensível, têm de ser classificados de «ocultos». Se alguém achar que estou errado, agradeço que me ajude a compreender que neste caso estão em jogo verdadeiros interesses nacionais, integrados numa estratégia patriótica consistente. Sem essa explicação continuo confuso, cheio de dúvidas e considerando tudo isto muito pouco transparente.

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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Morte aos que não adoram Sócrates !!!

Extraído do Portugal Club

Que mil virgens...

... se arrojem a vossos pés todas as noites ansiando por vós serem possuídas!
Que mil estrelas estiolem de inveja face ao vosso brilho!
Que mil pétalas cubram os lugares onde vossos pés passaram!
Que mil Otas sejam construídas para vos glorificar!
Que mil estátuas cobertas de ouro vos sejam erigidas para que todos vos possam admirar!
Tudo e tudo por vós Grande Arquitecto do Universo! (ou melhor Grande Engenheiro do Universo)
Tudo por vós JOSÉ SÓCRATES!!! Verdadeiro Farol de Alexandria que iluminas as nossas vidas!
Pois eu estou danado! Danadíssimo!
Como é que aquela vossa admiradora do Porto tratou com tanta brandura aquele facínora, aquele bandido que ousou dizer uma "graçola" sobre vós. Sim só lhe pôs um processo disciplinar, queixou-se ao Ministério Público, mandou-o embora (escorraçou-o) para a Escola. Que brandura meu Deus!
Sinto-me possuído da raiva vingadora do Marquês de Pombal contra os Távoras. Sinto-me possuído pela crueza de Pedro quando arrancou o coração dos assassinos da bela Inês!. Como os invejo. Aqueles sim sabiam tratar dos incréus! Não não precisavam da polícia, dos processos disciplinares. Faziam justiça e pelas próprias mão.
Eles não perceberam ainda as magníficas palavras dos vossos mais devotos servidores:
"Quem se mete com o PS leva!"
"Habituem-se"!!! jota - Moscavide – Lisboa, in Portugal Club

Algumas achegas:
1. Diz a Directora Regional que "o sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal" (in "Público", de 19 de Maio). Digo eu: haverá melhor prova da subserviência da dirigente que prefere o "bufo" ao trabalhador?! Para dizer uma evidência, usa duas vezes o cargo e ainda faz a vénia acrescentando "senhor"... Eu diria mais: «Faz ela muito bem, para conservar o tacho e ter boa avaliação do desempenho. Se das próximas eleições sair um PM de outro partido ela manterá a sua fidelidade canina ao novo ocupante da cadeira. Isto é saber gerir bem a carreira!»

2. Pinho Cardão, deputado do PSD disse dele: "Entre parêntesis, gostaria de dizer que conheci o dr. Fernando Charrua na Assembleia da República, nos pouco mais de dois anos que por lá passei, e muito gostei da qualidade do seu trabalho, do seu empenho em bem fazer, acompanhado de um constante ar jovial." Eu diria ainda: «Os malandros apoiam-se. O Charrua, um facínora, não merece que alguém esteja do seu lado contra a Directora Regional e o sacratíssimo patrão de S. Bento que ela adora». Morte aos infiéis, incrédulos, sacrílegos, iconoclastas, ateus que não adoram o grande ‘inginheiro’ do Universo!»

3. do blog O Sino da Aldeia: «A senhora directora, cuidando que ia agradar ao seu primeiro-ministro, acabará nesta história muito pior do que o "seu funcionário". Esta é a minha previsão.
E porquê, perguntarão?

O senhor primeiro-ministro não terá gostado mesmo nada do que sucedeu, sobretudo pela onda de revolta que gerou. Na actual conjuntura, convirá muito mais ao senhor primeiro-ministro convencer os portugueses de que é um democrata e de que consegue conviver com uma brincadeira em relação à sua pessoa.

A censura só existe quando os governos e os governantes são prepotentes, fracos ou têm uma débil base de sustentação.

Poderá, então, o senhor PM agir de outra forma que não seja "desculpar" o atrevimento de um e "punir" o excesso de zelo da "sua funcionária" directora geral'?

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Assessores em excesso?

Extraído do «Democracia em Portugal»

C. M. LISBOA – Sá Fernandes - O PALADINO DA VERDADE TAMBÉM TINHA 11 ASSESSORES
por Manuel Abrantes

Cuspiu para o ar e o cuspo caiu-lhe em cima.
Quem não viu e não ouviu o vereador do Bloco do Esquerda na Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, gesticular e berrar contra o compadrio provocado pelo pelotão de assessores nomeados pelo, agora, ex-presidente Carmona Rodrigues?
Pois é…
Segundo o jornal “Correio da Manhã” o gabinete de José Sá Fernandes custava ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20.880 euros por mês. Com 11 pessoas, das quais nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, auferindo salários mensais entre 1530 euros e 2500 euros.
Segundo o matutino, o bloquista Carlos Marques e deputado municipal, confirma os onze nomes referidos na lista de assessores do vereador do BE, a que o CM teve acesso, e frisa que, desse total de pessoas, “nove são assessores contratados, três a tempo inteiro e seis a tempo parcial”, entre os quais ele próprio. Como “as propostas que são discutidas na Câmara são as mesmas para todos os partidos”, este responsável do BE considera que “está certo que tem que haver assessores, o que não está certo é que isto seja um regabofe”.
Claro “ o regabofe” é só para os outros. Os compadres bloquistas – esses – são necessários.
Desculpem lá! Mas 11 assessores para um único vereador. Mas para fazerem o quê?
Que trabalho tem um vereador para possuir 11 assessores por ele nomeados ? Isto para além dos funcionários camarários já indigitados para apoio.
Afinal o arauto “das verdades” também fazia o mesmo. Falou, falou mas também tinha 11 assessores.
Deixem-se de fitas “ Este senhor, que se não me engano exercia a sua profissão como advogado, também tinha 11 assessores no seu escritório de advocacia ?
Ou será como o seu amigo comunista e camarada vereador, Ruben de Carvalho do PCP que, segundo se consta, tinham a seu cargo três tradutores de russo?
E, já agora, também gostava de saber quantos assessores tinha para além dos tradutores…
Bem, isto não foi uma gestão autárquica. Foi uma agência de empregos para os confrades do partido. E não foi só o Carmona Rodrigues. Foram todos!!!
Estão todos entalados até aos ossos.
E como dizia o cartaz na campanha bloquista: Lisboa é gente.
Pois! Só que há uns mais “gente” do que outros…
Manuel Abrantes
Postado por Tiago Carneiro

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Forças de Segurança e seus sindicalistas

EXCESSOS...

O conhecido sindicalista da GNR, José Manageiro, ao ser reeleito no cargo, disse pugnar pelo fim do comando-geral da guarda, em favor de uma direcção nacional chefiada por um magistrado.
Mas pergunto, o que faz correr estes sindicalistas, sem olharem os verdadeiros problemas das polícias?
Sou dos que acham que, os magistrados prestariam excelso serviço a Portugal se, cumprissem com eficácia com a sua nobre missão na justiça, também esta muito carenciada.
Será que a alteração da denominação de comando-geral na PSP, para direcção nacional melhorou algo?Ou resolveu os problemas da polícia?
Certo que algo poderá melhorar sempre, mas porque embirram com os militares? Porque não caem nos contos de fada, zelando pela coerência de uma instituição com os nobres pergaminhos como é a GNR?
Seria bom que se revisse a lei dos sindicalistas que enxameiam as corporações, onde usam de direitos sindicais para gozarem folgas, prolongando os fins de semana. Ora metem o dia para "actividades sindicais", à sexta-feira, ora à segunda-feira, não apresentando qualquer justificativo de qualquer actividade sindical. A lei diz que para exercerem a sua actividade sindical têm direito a um dia por semana, sem perda de regalias, no entanto, qual a actividade sindical por eles desenvolvida? É isto justo? Apenas devem gozar esse direito quando efectivamente desenvolverem trabalho sindical, devidamente comprovado.
Por isso a criação de muitos, demasiados sindicatos nas policias, nomeadamente na PSP, pelo menos "uma dúzia". Se cada sindicato tiver delegados espalhados pelo país,que os tem, vejam quantos metem folga para prolongamento do fim de semana, em detrimento dos colegas que dizem defender, em detrimento da segurança dos portugueses.
Assim se entende o sindicalismo em Portugal nas forças de segurança, por isso tanta moralidade para fazerem afirmações como a extinção do comando-geral da guarda!
Estas instituições associativas devem estar acima de ambições pessoais e distanciadas de partidos, ou simpatias políticas, o que parece ser utópico nas actuais entidades sindicais.
Este texto foi por mim escrito, no dia 17MAI07, por lapso não estava visível, motivo porque o republico.
MR

Publicada por MRelvas, in Aromas de Portugal

NOTA: M Relvas fala do que sabe. Mas acho que não foi devidamente enfatizado que qualquer mexida na organização das FS deve ter em atenção a sua missão perante os cidadãos, deve ser procurado obter mais segurança para estes. Está errado qualquer passo que reduza a percentagem daqueles que andam na rua e nos campos, em benefício de «sindicalistas» e burocratas dos serviços administrativos e logísticos.
. Parece quererem copiar exemplos alemães, mas é preciso pensar bem se eles se adequam ao nosso povo. Cada caso é seu caso.

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terça-feira, 22 de maio de 2007

CCaç 426 em convívio em 16 de Junho

Como não tem sido possível contactar vários companheiros o Josué e o Cavacas pedem para se levar o mais longe possível o anúncio do convívio

O nosso regresso foi há 42 anos.

Caros amigos da Companhia de Caçadores 426 (Angola, 1963-1965),
É com prazer que vos informamos do nosso convívio deste ano que terá lugar em FÁTIMA no próximo dia 16 de Junho de 2007 (Sábado).

Esperamos a vossa participação como têm feito até aqui. Pensamos que é sempre um prazer revermos amigos e companheiros de longa data, convivermos um dia em sã camaradagem, dando uns aos outros um pouco de estímulo para que possamos resistir mais um ano e poder dizer presente em mais uma iniciativa que afinal é de todos nós que participamos, que colaboramos, não esquecendo nunca os que nos vão deixando, os que nunca conseguimos contactar e os que, por razões de saúde ou outras, embora fosse seu desejo, não podem estar presentes. Para eles, aqui fica um gesto de apreço e compreensão pois não devemos esquecer que também foram nossos companheiros.

Fátima vai-nos acolher para a comemoração do 42º aniversário da nossa chegada. É um lugar privilegiado, um lugar de culto onde nos sentimos bem e em paz.
Nunca será demais lembrar que estaremos ao dispor (Josué e Cavacas) para colaborar com algum companheiro que queira organizar um convívio na sua região. Portugal tem lindos lugares e pode-se muito bem optar por visitar outras paragens.

PROGRAMA
09h00 – Concentração no recinto, nas escadas ao lado da Capela das Aparições.
11h00 – Missa no exterior onde será feita uma pequena alusão à nossa presença e da nossa Companhia. Foi-nos pedido para que nos saudássemos antes de começar a missa, pois, embora seja no exterior, a mesma requer o maior silêncio possível.
13h00 – Almoço no Restaurante Pastilhas 2 km depois da rotunda norte na estrada para a Batalha, findo o qual será servido o tradicional bolo de aniversário da Companhia e Espumante.

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Economia caseira

Não se fica rico a ganhar dinheiro, mas a poupar!
José Travassos Valdez- Nisa, in «Portugal Club»

Já aqui abordámos a forma simples e exequível de acesso à propriedade, à posse de algo, uma transferência de poder e de distribuição de riqueza. Mas tal não chega para garantir nem a felicidade a que todos têm direito, nem a riqueza, nem o bem-estar é apenas um princípio.
Diz o ditado “que de médico, de sábio e de louco todos temos um pouco” se fizermos uma análise de onde se escoa a maior fatia do rendimento de uma família, temos em primeiro lugar a casa, depois a alimentação, transportes, saúde, educação, etc.
Se analisamos onde é que o estado gasta a maior fatia do orçamento descobrimos que é nas despesas de saúde.
Apesar disto a saúde das populações em geral está muito pior e degrada-se de dia para dia. Um dos principais motivos deve-se ao facto de o estado, ao longo dos anos, ter negligenciado um conjunto de medidas educativas e profiláticas deixando-se ir na onda da indústria farmacêutica cujo único móbil é vender.
De forma ao estado e ás famílias reduzirem os custos nas despesas de saúde e ao mesmo tempo obterem melhores resultados, temos de cortar o mal pela raiz e isso significa, sem duvida alguma, ter a coragem de tomar as decisões certas.
Uma nação não pode assistir indiferente, por exemplo, à questão da obesidade infantil, são milhares de jovens que estão a ficar com a sua saúde e futuro empenhados e estes vão ser também uma sobrecarga para o Sistema Nacional de Saúde.
No meu entender, a tomada de decisões certas implica a criação de disciplinas obrigatórias no curriculum escolar onde as crianças aprendam, desde a mais tenra idade, o básico sobre a saúde, a alimentação e até formas de terapia simples que possam em sistema de auto tratamento resolver inúmeras patologias em casa, sem as idas constantes ao médico e aos hospitais.
Falando na base de tudo, a alimentação, todos temos consciência de que o ambiente está contaminado e, em grande parte, isso deve-se aos agro tóxicos, fertilizantes e pesticidas. Mas então antigamente as coisas não se criavam na mesma sem estes venenos? Obviamente que a resposta é sim. Com estes venenos obtém-se frutas e legumes de maior tamanho mas, para além de encherem o olho comparativamente aos produtos de antigamente, nada valem e são mesmo um perigo para a saúde.
A fruta é mesmo uma desgraça; não dura nada, e não cheira a nada, se tivermos a oportunidade de sentir o cheiro da fruta biológica na natureza, nada há de mais agradável que essa sensação. Ainda no ano passado tive uns pêssegos que lhes sentia o cheiro a 200m e arrancados da árvore fiz uma experiência com 2 pêssegos para ver quanto tempo duravam sem apodrecer, para meu espanto secaram e mirraram e não apodreceram. Com as maçãs é o mesmo. Alguém consegue ter fruta do supermercado 3 dias sem começar a apodrecer?
Do ponto de vista nutritivo, inúmeros estudos já o demonstraram claramente, os produtos biológicos são ricos em oligoelementos, minerais raros, essenciais para o metabolismo celular, em resumo essenciais para a saúde.
Para resolver este problema e tornar a agricultura biológica predominante actuaria com a arma dos impostos, onde os produtos biológicos não pagariam nada ou muito pouco e os de agricultura química seriam taxados a 30% e ainda com uma taxa suplementar de 20% destinada à protecção ambiental. Isto faria com que os agricultores e consumidores se voltassem para o que é bom, o biológico!
Na questão pecuária teremos de actuar no mesmo sentido, da produção biológica, ao mesmo tempo que tem de haver uma reeducação sobre a quantidade de proteína animal que o nosso organismo suporta sem se intoxicar que corresponde a 1/7 do que comemos.
A consciencialização desta realidade faz com que se perceba que não só não precisamos de produzir as toneladas actuais de carne, como também com racionalização não é preciso recorrer à importação de carne.
Ao mesmo tempo os produtores podem valorizar o seu produto na qualidade (biológico) e depois no preço, vendendo mais caro. Para o consumidor não altera grandemente as coisas uma vez que vai comer de melhor qualidade, menos quantidade, mais caro é certo, mas o que gastará em carne por mês devido à redução da quantidade, kg per capita, vai ficar com dinheiro no bolso e melhor saúde. Melhor saúde porque a carne em excesso é prejudicial e melhor saúde porque comendo uma carne com certificação biológica não ingere as quantidades de hormonas e, mais grave, antibióticos que destroem o sistema imunitário.
O segundo ponto onde é preciso atacar é o açúcar, está mais que estudado que o açúcar branco retira minerais do organismo durante o processo de digestão, o açúcar de cana integral não provoca estes malefícios. Por que é mais caro um kg de açúcar de cana natural do que um de açúcar refinado? Não se entende a não ser que por detrás disto esteja um interesse sombrio de que as pessoas fiquem doentes, já se sabe desde há muito que o açúcar branco é um dos principais responsáveis pelas depressões nervosas.
Outro alimento altamente prejudicial é o leite de vaca, já pensaram se existe algum animal na natureza que beba leite depois de desmamado? Eu não conheço, só os estúpidos dos humanos que não sabem olhar para a natureza. Beba-se leite vegetal, soja, arroz, amêndoa, avelã, etc. feito em casa fica a menos de 20 cêntimos o litro e é muito nutritivo e saboroso.
Para finalizar deve ser dirigido um ataque sobre a forma de imposto para toda a comida artificial, desde os enlatados, refrigerantes ao fast food. Taxar estes alimentos a ponto que se torne pouco apetecível o seu consumo.
As crianças devem ser educadas e reorientadas na escola e a própria escola deve dar o exemplo nomeadamente nos refeitórios e inclusive organizando cursos de cozinha racional para os pais, reeducando-os.
Ainda no campo da saúde, as crianças devem ser treinadas, desde a mais tenra idade, a saber um conjunto de técnicas simples mas eficientes e deter conhecimentos para auto tratamento e os pais devem também, numa primeira fase, ser reeducados.
Por exemplo, hoje em dia, uma criança tem um bocadinho de febre e os pais correm logo para o hospital, sem perceberem que a febre é, antes de tudo, um mecanismo de auto cura onde o organismo através da elevação da temperatura se procura libertar dos agentes infecciosos. Até 39º não há crise o velho truque da avozinha de colocar a criança num banho tépido funciona, porque encharcar a criança de antibiótico diminuindo as defesas imunitárias se com uma banheira de água tépida se obtém o mesmo resultado?
Estas noções deveriam ser dadas e aprendidas na escola. Para além disso, eu iria mais longe e penso que as crianças poderiam perfeitamente aprender técnicas de massagem e até algumas técnicas de acupunctura mais simples como a auricular, estes ensinamentos nas mãos da população permitem aliviar o Sistema Nacional de Saúde e responsabilizar a sociedade pela defesa desse bem impagável que é a saúde. Ao cidadão, a primeira responsabilidade pelo tratamento do seu corpo!
Com a aplicação de medidas do tipo das anunciadas anteriormente, os cidadãos mais saudáveis tornam-se mais felizes, logo, mais produtivos. Ao mesmo tempo, economizam nas despesas pessoais de saúde e com isto fazem o estado poupar milhões que podem e devem ser desviados dos chorudos e imorais lucros das farmacêuticas para benfeitorias públicas como por exemplo melhor protecção ás crianças e idosos.
É preciso governos com coragem para quebrarem a cadeia de lucro da indústria química/ farmacêutica. Primeiro vendem os agro tóxicos, as hormonas de crescimento rápido, os antibióticos para animais, etc. e depois de nos porem doentes, lá vêm vender o medicamento… grandes espertalhões… mas então andamos todos a dormir ou já não há tipos com coragem.

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Palavras de Portugal para portugueses

Quando há alguém que enche os blogues com literatura grega que não está ao alcance da quase totalidade dos visitantes, sabe bem transcrever este soneto patriótico do emigrante José Verdasca


NOBRE FALA

Nobre fala, veneranda e bela
Fruto de várias civilizações
Que aportou a todos os rincões
Com a Lusitana Caravela

Idioma sublime em que Camões
Se consagrou poeta imortal
E Vieira, orador sem igual,
Se eternizou com os seus sermões

Ouvida nos cinco continentes
Por todos os povos deste Mundo
É por isso uma Língua Universal

Elo d’ união entre viventes
Nasceu com um ideal profundo
Onde ela aporta, AÍ É PORTUGAL

JVerdasca

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Governo quer controlo total dos cidadãos

Um despacho contra o direito à greve

Na actual fase deste campeonato político em que – mistério!... - todos os clubes ganham, embora só o governo some mais vitórias, ainda há situações que, pelo seu incrível, me continuam a espantar, não só como anarquista que me prezo de ser, mas também como cidadão de um “suposto” Estado democrático de tipo ocidental. Para que melhor possam compreender aquilo a que me refiro, sugiro que leiam esta notícia, que acabo de publicar hoje no meu Contra Corrente.

O Teixeira dos Santos, sim, o ministro das Finanças, publicou um despacho na página de internet da Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) que cria junto deste organismo uma base de dados, na qual os serviços da administração directa e indirecta do Estado – ou seja, todos os serviços do Estado – têm de passar a inscrever “dados sobre o número total de trabalhadores e o número total de trabalhadores ausentes por motivo de greve”. Espantoso, não é?

Nem vale a pena mencionar a indignação que esta medida arbitrária causou junto dos sindicatos e organizações sindicais. Directamente e sem qualquer vergonha democrática, o governo faz passar por “via administrativa”, aquilo que eu qualificaria da mais fascizante tentativa de controlo sobre o direito à greve a que assisti nestes últimos 33 anos de democracia! Vendo aproximar-se o dia 30 de Junho, para o qual está prevista a greve geral da Administração Pública - que contará com a adesão da esmagadora maioria dos sindicatos e organizações sindicais do sector - o governo pensa, desta forma, assustar, desmobilizar, acobardar, os trabalhadores através de um despacho. Um despacho, como aqueles que o Salazar adorava assinar.

(Publicado originalmente em
O Anarquista, a 18 de Maio de 2007)

posted by Savonarola
NOTA: Amigo Savonarola, actualmente, existe uma tendência para tudo controlar, amordaçando a população, em prejuízo do esforço que devia ser feito para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Assim, em vez de sairmos da crise, iremos continuar a chapinhar na lama até sempre.

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Os novos presos políticos

Extraído do blog «Portugal Club»

Os novos presos políticos

Trabalhava há quase 20 anos na DREN
Professor de Inglês suspenso de funções por ter comentado licenciatura de Sócrates

.Em causa está um comentário jocoso sobre a polémica em volta da licenciatura do primeiro-ministro na Universidade Independente ...

Um professor de Inglês, que trabalhava há quase 20 anos na Direcção Regional de Educação do Norte (DREN), foi suspenso de funções por ter feito um comentário – que a directora regional, Margarida Moreira, apelida de insulto – à licenciatura do primeiro-ministro, José Sócrates.

A directora regional não precisa as circunstâncias do comentário, dizendo apenas que se tratou de um "insulto feito no interior da DREN, durante o horário de trabalho". Perante aquilo que considera uma situação "extremamente grave e inaceitável", Margarida Moreira instaurou um processo disciplinar ao professor Fernando Charrua e decretou a sua suspensão. "Os funcionários públicos, que prestam serviços públicos, têm de estar acima de muitas coisas. O sr. primeiro-ministro é o primeiro-ministro de Portugal", disse a directora regional, que evitou pormenores por o processo se encontrar em segredo disciplinar. Numa carta enviada a diversas escolas, Fernando Charrua agradece "a compreensão, simpatia e amizade" dos profissionais com quem lidou ao longo de 19 anos de serviço na DREN (interrompidos apenas por um mandato de deputado do PSD na Assembleia da República).

No texto, conta também o seu afastamento. "Transcreve-se um comentário jocoso feito por mim, dentro de um gabinete a um "colega" e retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente, pinta-se, maldosamente de insulto, leva-se à directora regional de Educação do Norte, bloqueia-se devidamente o computador pessoal do serviço e, em fogo vivo, e a seco, surge o resultado: "Suspendo-o preventivamente, instauro-lhe processo disciplinar, participo ao Ministério Público"", escreve.

A directora confirma o despacho, mas insiste no insulto. "Uma coisa é um comentário ou uma anedota outra coisa é um insulto", sustenta Margarida Moreira. Sobre a adequação da suspensão, a directora regional diz que se justificou por "poder haver perturbação do funcionamento do serviço". "Não tomei a decisão de ânimo leve, foi ponderada", sublinha. E garante: "O inquérito será justo, não aceitarei pressões de ninguém. Se o professor estiver inocente e tiver que ser ressarcido, será."

Neste momento, Fernando Charrua já não está suspenso. Depois da interposição de uma providência cautelar para anular a suspensão preventiva e antes da decisão do tribunal, o ministério decidiu pôr fim à sua requisição na DREN. Como o professor, que trabalhava actualmente nos recursos humanos, já não se encontrava na instituição, a suspensão foi interrompida. O professor voltou assim à Escola Secundária Carolina Michäelis, no Porto. O PÚBLICO tentou ontem contactá-lo, sem sucesso. No entanto, na carta, o professor faz os seus comentários sobre a situação. "Se a moda pega, instigada que está a delação, poderemos ter, a breve trecho, uns milhares de docentes presos políticos e outros tantos de boca calada e de consciência aprisionada, a tentar ensinar aos nossos alunos os valores da democracia, da tolerância, do pluralismo, dos direitos, liberdade e garantias e de outras coisas que, de tão remotas, já nem sabemos o real significado, perante a prática que nos rodeia."
João Cortesão Gomes. "Publico"

PORTUGAL vive Hoje um Sistema POLÍTICO de Ditadura Fascista Comunista. Presos políticos existem, Muitos, na Qualidade de criminosos comuns.
Casimiro

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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Portugal doente?

Artigo de EPC seguido de comentário por LSC

Eduardo Prado Coelho - in Público

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo.

Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para lhe não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes. Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.·

Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte.·

Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria-prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?·

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!·

É muito bom ser português. Mas quando essa Portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda. Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.· AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.·
E você, o que pensa?.... MEDITE!·

EDUARDO PRADO COELHO


Este artigo é interessante porque revela o que há muito se sentia mas não havia coragem de dizer quanto mais de escrever. E mais importante ainda por ser feito por quem foi! E já não é o primeiro...
No entanto peca por defeito, pois só fala de 2 ou 3 políticos quando há outros bem mais importantes e responsáveis pelo que está a acontecer e que nem sequer foram referidos...
Realmente não será necessário aparecer um MESSIAS para endireitar o que está torto e bem torto. O que aconteceu foi que em 26 de Abril de 1974 abriram as portas à libertinagem, que por razões de todos conhecidas, impuzeram à partida regras de jogo que, aliadas a uma "dita Descolonização exemplar", desvirtuaram por completo a nossa maneira de viver e de pensar permitindo o agravamento dos defeitos já existentes na nossa Sociedade. Em vez de minimizarmos tais defeitos agravámo-los por tal forma chegando agora a este caos que levará muitos muitos anos para podermos voltar a ser Portugueses de
primeira!
Não nos podemos esquecer que somos uma mescla de povos onde sobressaiem árabes, judeus e ciganos muito dados ao comércio... e não só!

À Consideração Superior.

Com um abraço do

Luís Soares da Cunha

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domingo, 20 de maio de 2007

Ricos e pobres. Origem da fortuna

Esta análise, se não é exaustiva, é profunda, clarifica muitas dúvidas e estimula a reflexão.

Fortunas e origem das desigualdades
José Travassos Valdez- Nisa, in «Portugal Club»

É um facto real que todos os poderes se submetem directa ou indirectamente a um poder maior, o poder económico. É fácil entender que a riqueza gera poder.
Mas de onde vem então a riqueza?
Diz o povo na sua sabedoria popular “quem não rouba nem herda, não tem uma m….”, “Quem rouba um pão é um ladrão, quem rouba um milhão é um Barão e quem não rouba nada um grande parvalhão”.
Podemos dizer, salvo raras excepções, que na origem de uma grande fortuna há sempre uma história desonesta, de furto, de venda ilícita, de fuga a impostos, de burla, de usura, etc.
Mesmo quando a origem da fortuna é honesta, por exemplo se baseada numa grande invenção, o seu crescimento e manutenção nunca se faz sem que pelo caminho se deixem algumas vitimas.
Quando a fortuna se inicia de uma forma desonesta, o pioneiro da fortuna prepara o terreno para que os seus herdeiros, possam dar continuidade à geração de riqueza, mas já em negócios lícitos. É hoje comum vermos os filhos e os netos dos traficantes Colombianos transformados em respeitáveis homens de negócios.
Também temos a bem conhecida história da grande empresa alentejana que começou com o contrabando de café e é hoje uma respeitável empresa do mesmo ramo, com ramificações para outras áreas de negócio.
Lembro-me de uma história de um indivíduo que fazia contrabando de luvas e sapatos para Espanha, contrabandeava por remessa só um lado, a luva ou o sapato do lado esquerdo, e dias depois o outro lado. Quando as mercadorias eram apreendidas ocasionalmente ou às vezes propositadamente, eram levadas a leilão, obviamente ninguém as queria pois não havia o respectivo par, assim o contrabandista arrematava o material a preços irrisórios, muito abaixo das taxas alfandegárias e assim já podia vender livremente, uma vez que a mercadoria havia entrado por uma via legal, o leilão do Estado. Como é óbvio, fazia completar a remessa com o lado do par em falta.
Podemos então afirmar que só se chega à riqueza através de uma actividade desonesta (no inicio da construção da fortuna), através da herança (os herdeiros de 1ª ou 2ª e seguintes gerações dessa fortuna inicial), através do casamento com um destes herdeiros, ou mais raramente através de uma patente de uma ideia genial.
Mesmo no tempo medieval, os nobres eram uma casta guerreira, que começaram por ser os mais fortes do grupo, e assim sendo tinham o privilégio do saque e da ocupação de terras, obtendo dessa forma a sua riqueza.
Ocasionalmente também se pode chegar à riqueza, através de um golpe de sorte, o Euro milhões, um achado ocasional (encontrar um grande diamante ou uma mina de ouro).
Portanto os caminhos para a grande fortuna são escassos.
A média fortuna pode ser gerada através das transacções comerciais e produção industrial onde o agente económico terá de obter lucros. Existem duas formas básicas de lucrar, comprar a baixo custo ou reduzir custos de produção e vender pelo valor real de mercado em sistema de grande rotatividade do produto.
É a velha máxima “ o segredo do negócio não está na venda, está na compra”.
A outra forma de se obter lucro é sobrevalorizar o produto por exemplo, vai haver um jogo muito importante, compra 200 bilhetes a 5 euros, uns dias antes do espectáculo, as bilheteiras esgotam, adeptos ávidos querem mesmo ir ao jogo e estão dispostos a pagar, logo se vender esses bilhetes a 50 euros em milhares que andam em busca do produto, vai encontrar por certo 200 doidos que estejam dispostos a pagar a exorbitância só para não perderem o espectáculo.
Outro exemplo, se tiver uma oficina e um cliente quiser uma peça única, também pode introduzir um valor adicional ao trabalho, etc.
A geração de riqueza obriga pois na generalidade dos casos à transacção, ou seja para se gerar lucro é preciso que os bens passem de mãos.
O poder pós revolução industrial caiu pois nas mãos do grande capital e dos detentores do poder económico.
Nos dias de hoje assistimos a uma tomada desenfreada da nossa economia, pelos Espanhóis, também os Estados Unidos, que venceram o Japão na guerra, estão hoje nas mãos dos japoneses que adquiriram, a troco de dinheiro, empresas símbolo da economia americana. Os estrategas militares foram substituídos pelos estrategas da economia internacional, da globalização.
A guerra foi transportada para o terreno da economia e hoje assistimos a empresas de dimensão multinacional, fazerem vergar estados “soberanos” ao peso dos seus interesses e ditames, mas por detrás dessas empresas ainda estão outros, outros que se movem na sombra e que são efectivamente quem dita as regras do jogo.
Estes mestres do poder que vivem nas sombras, têm sem duvida o objectivo claro de submeter o mundo inteiro a uma ditadura subordinada ao deus cifrão, e procuram a todo o custo a destruição das formas nacionais de cultura e a sua substituição pelo fast food e a cultura de elogio da estupidez.
A força da lei anti-natural, o despotismo do capital a confusão político social, a criação da discórdia social, o terrorismo como arma de manipulação, a removibilidade dos representantes do povo, são entre outras armas que o poder oculto se serve para manipular os povos e retirar-lhes a verdadeira e efectiva liberdade.
Algumas formas mais avançadas e descaradas desta ditadura, vão sendo ensaiadas em alguns países. São entregues sementes manipuladas geneticamente que, para crescerem, têm de ser adubadas e tratadas com produtos da companhia X, que só por mero acaso é dos mesmos que venderam as sementes, no final o produtor tem de lhes vender o produto produzido, que depois de entrar nos circuitos de venda, por ser um produto geneticamente manipulado, pode dar origem a contaminações e doenças, que têm de ser tratadas com os produtos A ou B da companhia Y que só por acaso é irmã da companhia X. Estas forças ocultas procuram robotizar a sociedade e transformar a humanidade nuns comedores de pílulas, tornando a população dependente de meia dúzia de vampiros planetários.
Voltando às questões da grande riqueza, nos dias de hoje já é quase impossível, nos países ocidentais, gerar uma grande fortuna sozinho, como os velhos patriarcas do passado. Os estados, ávidos de impostos e atentos aos sinais exteriores de riqueza, têm hoje poderes de fiscalização sobre situações duvidosas. Por esse motivo, para se conseguir esses golpes de fortuna é preciso muitas vezes ir para países onde a corrupção seja ainda moeda de troca.
Como é fácil de entender a acumulação de riqueza (licita ou ilícita) aumenta-se através do mecanismo “o dinheiro chama o dinheiro” e prolonga-se no tempo através da herança.
A riqueza, qualquer que seja a sua origem, é o factor principal de desigualdade social e da sua perpetuação.
Pese embora o facto de nos dias de hoje nos países ocidentais a educação ser um bem colocado há disposição dos cidadãos, o acesso a esta continua a ser limitado pelas condições de riqueza da família onde a criança se encontra inserida.
Uma criança nascida numa família rica poderá frequentar os melhores colégios até particulares, ter explicações, ter uma alimentação mais adequada, praticar actividades extra curriculares ter acesso à aquisição de cultura (livros, cinema, viagens, etc.) e acima de tudo ter acesso a um meio social onde poderá futuramente continuar o desenvolvimento da sua riqueza.
O pobre pode através da sua capacidade intelectual ascender socialmente através da conquista de um diploma e de uma carreira profissional, mas terá sempre muito mais dificuldades para singrar na vida. O rico pode no momento em que termina a sua formação ter acesso à sua independência por exemplo quando os pais lhe facilitam o dinheiro para se estabelecer num determinado negócio. O pobre terá sempre de começar por vender o seu trabalho, ter nome e fama de honesto na praça e depois recorrer a empréstimos na banca, para se poder lançar na conquista da riqueza. Ou então só consegue a riqueza por meios ilícitos.
Para que se perceba até o peso social destas questões ($$$ e Dr. no fundo status) recordo aqui duas histórias que vivi:
Aqui há uns anos, tive umas éguas e tinha de tratar do subsídio, como não entendia nada dessas coisas, pedi a um vizinho que tinha de ir à Zona Agrária e ele lá falou de mim e ficou combinado que num determinado dia eu lá passava para resolver a situação.
No dia combinado entrei e vi que estava uma fila à minha frente, como tinha agendado hora, pedi para me anunciarem e fiquei na fila ocupando o meu lugar. Qual não é o meu espanto quando o Eng. responsável me vem buscar, as pessoas que estavam na bicha à minha frente reclamaram e eu próprio não me sentindo bem, disse que esperava. Fui agarrado por um braço e enfiando dentro de uma sala, enquanto que o Eng. dizia para as pessoas, façam favor de estar calados que estou a atender o Sr. Doutor. Ainda reclamei para o Eng. dentro da sala mas foi em vão, ele disse que “o povo era povo e tinha de esperar” quando de lá sai extremamente incomodado, tentei fingir que era uma visita particular e assim disfarcei o incómodo da situação.
Há pouco tempo tive de ir a um edifício público em Lisboa, onde os Dr. passavam calmamente mesmo que levassem consigo uma bomba, enquanto que o “Povo” era revistado e interrogado pelos porteiros, curioso é o facto dos porteiros serem da classe que mais mal tratavam… o povo desconfia de si próprio e faz vénia ao dinheiro e aos títulos.
Em resumo podemos afirmar que a origem das desigualdades, está na fortuna e riqueza que o indivíduo dispõe à nascença, podem as circunstancias mudar, mas é claro que a percentagem de casos de sucesso em que o pobre vira rico é diminuta e quase sem expressão.
De acordo com a expressão popular, “nascer em berço que ouro” ou “com o c… voltado para a Lua” é sinónimo de que a condição de nascença ajudará e influenciará o futuro dessa criança.
Se nasce em berço de palha, mesmo que seja o filho de Deus e o salvador do mundo é crucificado…

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A marca «Serra da Estrela»

Belos exemplares do "Cao Serra da Estrela". Ate aqui se pode ver a "nossa diferença"!

Tenho lido que pelas bandas da Covilhã, anda um senhor Patrão preocupado com o facto, de quererem acabar a marca turística "Serra da Estrela"!

De facto esta "marca" por si só tem vendido e poderá vender muito mais, se for bem divulgada e gerida, e provavelmente perdera algo, se for englobada numa marca "Centro" que pretendem criar. (Que falta de criatividade, terem que usar um termo geográfico que ate nem reflecte a realidade!)

A região da Serra da Estrela, e uma região com um tamanho razoável, (quase tão grande como o Algarve) para merecer ser considerada sozinha, e tem motivos mais que suficientes para se afirmar por si só.

Mas o que me quis parecer nas afirmações do senhor Patrão, foi um receio de poder perder o poleirito, que ate considero não merecer.

A região de turismo da Serra da Estrela, em meu ver tem-se praticamente virado quase em exclusividade para a encosta sul da "Serra", será talvez por isso que os autarcas do norte dela, possam ver vantagens numa região mais abrangente.

Eu sou a favor de uma região turística da "Serra da Estrela", mas gostaria que fosse com uma visão global de toda a serra e sua abrangência, aproveitando a potencialidades do seu todo. Sou também a favor de terminarem com ideias de projectos como; Casinos, aldeias de montanha, e turismo de neve, quando neve cada vez há menos. Sou muito mais a favor de um turismo de natureza, cultural, gastronómico, monumental e paisagístico, etc. Ai sim, "somos diferentes e por isso podemos ser referencia"!

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Um texto de Guerra Junqueiro

Texto de Guerra Junqueiro - Pátria - 1896

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
[.] Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."

Guerra Junqueiro, "Pátria", 1896.

NOTA: Repare-se bem na data. Embora não pareça, isto referia-se à situação de 1896 !!!

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Três estudantes portugueses premiados nos USA

Uma agradável notícia diz-nos que, de entre 1512 estudantes de 50 países, três portugueses, a Rita Silva, a Estela e o Eduardo Guerreiro, todos com 18 anos, alunos do 12º ano da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, de Odemira, ganharam o 3º prémio no Intel ISEF 2007 (Intel International Science and Engineering Fair 2007), atribuído pela "The American Phytopathological Society".

Estes jovens investigadores, apresentaram um trabalho na área da biologia, intitulado "O declínio do montado, o caso do sobreiro e da azinheira", que teve origem no clube de ciências da escola secundária, orientado pela professora Paula Canha.

Com este estudo procuravam aplicar os ensinamentos obtidos nas aulas numa finalidade prática e útil para os interesses do País, em determinar as causas do declínio dos montados de sobro e azinho, "ecossistemas únicos e valiosos, e que são um recurso indispensável na economia do Alentejo, fazendo ainda parte do património cultural da região e de Portugal".

Além da utilidade prática, teve o mérito de treinar métodos de trabalho em investigação que lhes vão ser úteis na vida profissional que seguirem e, nisso, obtiveram o reconhecimento mundial do seu valor.

Portugal está de parabéns por esta demonstração bem visível de que, ao contrário do que muitos pensam, há na nossa juventude muita capacidade de progresso com que se pode contar para o futuro do País. Nem todos os jovens escondem a sua incapacidade encostando-se a padrinhos da política, procurando ganhar muito sem esforço.

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Como se cozia o pão na aldeia

CHAVEIRA de CARDIGOS
Vou recordar como era antigamente o Forno De Cozer O Pão na nossa Aldeia.
Casy Marques – Canadá, in «Portugal Club»

Recuando uns anitos, melhor uns trinta a quarenta e poucos, para ser mais preciso, vou recordar o que era o forno da aldeia, o cozer da broa. Era uma pequena festa e também um sinónimo de ajuda e de partilha.
Logo na cedência do fermento era feito, uma cadeia, pois tinha-se o cuidado de ter a malguinha de enzima para ceder a quem iria cozer. Curioso que cozia-se o pão em grandes quantidades e " emprestava-se ". Assim, tinha-se para dar e restituir o que já havia sido pedido. Era uma forma de se ter sempre pão fresco, sem dúvida, um sinal de uma partilha e ajuda muito grande.

Com a chegada dos " trigos ", o cozer o pão de milho, foi caindo em desuso. Foi-se perdendo a tradição, apesar de que nos dias de hoje, todas as padarias mantêm o pão de milho, nas suas bancas.
Actualmente, são muito poucas as famílias que utilizam o forno comunitário. É que não é só cozer o pão! É preciso aquecer o forno (com bastante lenha) e previamente há que amassar o pão, deixar fintar, tender... e esperar que a saborosa broa fique cozida. Tudo isto, de uma forma ainda muito artesanal, muito demorada. A vida de hoje não nos possibilita esta morosidade! Além do mais, temos o padeiro, logo pela manhã!
Para quem cresceu a partilhar este sítio e tudo o que envolvia o cozer da broa de milho, fica sempre com os sabores e cheiros desse tempo, sendo por isso, este lugar recordado com carinho, mesmo apesar de ser pouco utilizado.
Quem não se lembra das bolas de sardinha, bacalhau, e carne na massa de milho, que ainda hoje são um petisco invejável?

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sábado, 19 de maio de 2007

Pensamentos construtivos

Pensamentos construtivos dedicados a uma Amiga em meditação

Bom dia! Hoje é hoje. Chegou esta manhã preparado por muita escuridão: não sabemos se ainda é claro este mundo que acaba de ser inaugurado; vamos clareá-lo, escurecê-lo até que seja dourado e queimado como os duros grãos de milho...
(Pablo Neruda)

Receba cada dia como uma nova oportunidade para mudar aquilo de que você não gosta,
para tomar outro caminho, para conhecer novas pessoas, para atrever-se a ser mais feliz...
(Lin Yutang)

O sol se eleva lentamente. A profundidade sussurra em muitas vozes, a natureza inteira faz festa.
Venham amigos, não é tarde demais para erguer um novo mundo.
(Lord Tennyson)

Atreva-se a voar por si mesmo e descubra a verdade que só reside nas alturas.
(Bonifácio VII)

Só as pessoas que se atrevem a ir longe demais, podem descobrir até onde podem ir.
(T.S. Eliot)

Só a semente que rompe sua casca é capaz de se atrever à aventura da vida.
(Khalil Gibran)

Eu me multiplico incansavelmente. Estreio mãos e bocas todos os dias, mudo de pele, de olhos e de língua, e visto uma nova alma cada vez que for preciso.
(Jaime Sabines)

Quem algum dia aprender a voar, deve aprender antes a ficar de pé, a caminhar, a correr, a subir, a dançar...
(Friedrich Nietzsche)

A solidão do ser humano não é outra coisa senão o seu medo de viver.
(Eugene O’Neill)

Não descobriremos novas terras enquanto não nos atrevermos a perder de vista a margem por algum tempo.
(André Gide)

Aja espontaneamente como uma criança. Abandone-se absolutamente ao momento e você verá que a cada dia se abrem novas coisas, novas percepções, nova luz.
(Osho)

Faça o melhor uso do momento presente para se tornar consciente da Divindade latente em tudo.
Quando morrer, você não deve morrer como um animal ou um verme, mas como um homem que percebeu que é um Deus.
(Sai Baba)

Nada neste mundo faz sentido se não tocamos o coração das pessoas. Se a gente cresce com os
golpes duros da vida, também pode crescer com os toques suaves na alma.
(Jane Mary Abreu)

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Reformas chorudas. Um caso vivo

Transcrição de «Potugal Club»

- Actualmente, Aníbal Cavaco Silva recebe três pensões pagas pelo Estado
-4.152 ,00 do Banco de Portugal.
-2.328,00 da Universidade Nova de Lisboa
-2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro. Podendo acumulá-las com o vencimento de Presidente da Republica
Porque será que, o Expresso, o Público, o Correio da Manhã, o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias, não abordaram este caso, mas trataram os outros conhecidos, elevando-os quase à categoria de escândalos?
Será que vão fazer o mesmo que fizeram com os outros?
Não serão estes os motivos que mais contribuem para a falência da Segurança Social?

Comentário:

Por acaso, foi este senhor que, nos anos 80, pôs os funcionários públicos a pagar impostos.
Mas isto é só um pormenor... O que eu gostava de saber é de quanto é (ou são) a(s) reforma(s), para além dos tachos que têm, de:
Jorge Sampaio, Mário Soares, Victor Constâncio, Fernando Gomes, António Guterres, Almeida Santos, Pina Moura, Freitas do Amaral, Ramalho Eanes e tantos outros ex-politicos espalhados pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos, Galp e Banco de Portugal (só para mencionar alguns coitos), todos eles eminências pardas a quem nós, simples ralé, paga as chorudas reformas.... Portanto, meus amigos, não se admirem da Caixa Geral de Pensões estar falida...!!!
Zé da Fisga

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Estado com obesidade inútil?

Da leitura do artigo «Desemprego sobe para nível inédito», e deste e deste, fica a saber-se que o Instituto Nacional de Estatística (INE), contrariando uma série de outros indicadores económicos, apurou que a escalada do desemprego em Portugal não pára e que este flagelo atingiu no primeiro trimestre deste ano 8,4% da população que se encontra disponível para trabalhar, contra 8,2% no trimestre anterior. Segundo as suas estimativas, são 469,9 mil desempregados, mais 11 mil do que no trimestre anterior e mais 40 mil do que no mesmo período do ano passado. Seria preciso recuar a 1986 para encontrar níveis de desemprego semelhantes.

Desde 2000 até agora, a população que está disponível para trabalhar aumentou em 379 mil, enquanto o número de empregados subiu apenas em 115 mil. Resultado? A população desempregada disparou 128%, com mais 264 mil pessoas sem emprego. Foi precisamente isto que se passou nos primeiros três meses deste ano. Dos 49 mil novos "activos", apenas nove mil estão empregados, enquanto os restantes 40 mil se juntaram ao longo rol de desempregados que agora ascende a 469,9 mil. Alguns partidos consideram tratar-se de "uma catástrofe", que prova a "governação falhada" de Sócrates.

Os números revelados foram alvo de críticas e de incompreensão, pelo Governo que, desta forma, colocou em dúvida a credibilidade do INE. Vieira da Silva, ministro do Trabalho, disse à Lusa partilhar da preocupação geral com o desemprego, mas desfiou números "que mostram um sentido contrário". Perante esta e outras faltas de confiança neste organismo público, pergunta-se porque não o eliminam, contribuindo assim para a luta contra a obesidade inútil do Estado? Poupavam-se os custos do seu funcionamento e o desgaste nestas polémicas degradantes da imagem do Estado.

Igual estupefacção conduz à incompreensão da não eliminação do Tribunal de Contas que gerou controvérsia acerca do número de contratos de assessores do Governo, calculado com base em números apresentados por este, mas que este contestou lesando a boa reputação de um órgão que deve ser prestigiado. O mesmo se passou em relação ao serviço de informática do ministério da Justiça que se mostrou incapaz de gerir o «site» do ministério, o que obrigou o ministro a contratar os serviços da licenciada Susana Dutra para essa tarefa! Porque não se eliminam os serviços que são ineficazes? Que só lançam confusões? que criam dificuldades aos governantes?

Não estará longe a data em que os governantes matam o mensageiro de más notícias, e destroem os serviços que são rigorosos, substituindo-os por amadores «fiéis à voz do dono» recrutados de entre familiares, amigos e confrades dos paridos do Poder. E depois passaremos a ser elementos do terceiro mundo, sem qualquer subterfúgio, dúvida ou ilusão

Mas, a realidade parece ser outra, existindo obesidade verdadeiramente inútil e nefasta não nestes organismos, nas sim nas volumosas assessorias, caras ao erário e que apenas têm a vantagem da luta contra o desemprego de protegidos que, sem essa protecção de familiares, de amigos e dos partidos, se arriscariam a vegetar como derrotados persistentes no mercado de trabalho.

Leituras sobre o tema:
Desemprego sobe para nível inédito
Desemprego ao nível mais alto da década
Cenário melhora no Norte e Lisboa

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CGD explora como qualquer banco

Embora custe a ACREDITAR nesta notícia, que já tinha recebido há tempos, ela torna-se credível depois de saber que os custos dos serviços da CGD (alguns eram gratuitos) subiram para o nível dos bancos privados, transcreve-se este e-mail recebido, seguido de comentário do remetente:

Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços», incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem».
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas», o «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que, para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras» associadas à respectiva conta.
Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.
É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.
Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso .

Medite e divulgue . . .
Cidadania é fazê-lo, é denunciar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.

NOTA do Amigo Faria
Conforme me foi solicitado, aqui vai, mas na minha opinião a Segurança Social não tem nem pode exigir o difícil se não impossível para estes casos.
O que deve fazer é enviar cheque ou vale do correio com o valor mensal respectivo para o beneficiário cidadão em causa.
Eu bateria a todas as portas: 1.º Exposição à segurança Social a solicitar o envio pelo correio e sobre a desnecessária e impossibilidade de abrir conta.
Se insistissem solicitaria o livro de reclamações e aguardaria a resposta.
E se esta não fosse compatível com o pretendido escreveria para o Ministério da Segurança Social, ao Ministro, ao Secretário...
Só continuamos a ser "comidos" porque não nos damos ao trabalho de exigir, de informar, de comunicar, de protestar, com coerência, realismo e cidadania!!!
Era assim que eu faria, ou não fosse FARIA!

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