quarta-feira, 20 de junho de 2007

Acabar com mortes na estrada

Todos os anos grande inúmeros portugueses perdem a vida nas estradas, principalmente em momentos em que se dirigem para lugares de prazer em família ou em grupo ou deles regressam, no fins de semana e nas férias. Em lugar da alegria vem o luto e o sofrimento de todos os géneros. Pessoas que sobreviveram mas ficaram deficientes profundos na dependência da família enquanto esta puder apoiar. Situações só compreendidas por quem com elas convive.

As sucessivas medidas dos governos, devido ao desconhecimento das causas primárias do problema e à ganância do dinheiro, resultam apenas em maiores coimas e multas, mas deixam intacta a tragédia que continua incólume, apesar de muitas sugestões piedosas para a melhoria do civismo cuja ausência está na base da maior parte dos acidentes.

No Jornal de Notícias de hoje, 7 de Junho, vem a notícia de que o Vaticano quer que esta tragédia acabe, dado que ela tem persistido por todo o mundo. Oxalá esta posição seja orquestrada em todas as paróquias, com persistência, e que obtenha o efeito desejado.

Numa altura em que os acidentes causam anualmente 1,2 milhões de mortos em todo o Mundo, o Vaticano apresentou, ontem, os "10 Mandamentos da Estrada", o "Decálogo dos Condutores", que pretende promover a segurança rodoviária através da "virtude cristã". Este documento foi elaborado pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes (CPPMI), cujo presidente, cardeal Renato Martino, afirmou que a actual situação de insegurança nas estradas é "um grande desafio para a sociedade e para a Igreja". Segundo o CPPMI, ao longo do século passado, morreram 35 milhões de pessoas em acidentes rodoviários, de que resultaram, ainda, mais de mil milhões de feridos.

Deste decálogo, o jornal cita os seguintes «mandamentos:
"Não matarás",
"A estrada seja para ti um instrumento de comunhão, não de danos mortais" ,
"Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão"
"Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade, especialmente se for vítima de um acidente",
"O automóvel não seja para ti expressão de poder, de domínio e ocasião de pecado",
"Convence os jovens e os menos jovens a não conduzir quando não estão em condições de o fazer",
"Apoia as famílias das vítimas dos acidentes",
"Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão".

Todos os esforços para parar esta tragédia são bem vindos. Sigamos estes conselhos com a convicção de que estamos a contribuir para que a segurança nas estradas melhorará em benefício de todos nós.

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