terça-feira, 12 de junho de 2007

Alentejanos nascidos em Badajoz já são 270

Desde o encerramento da sala de partos do Hospital de Elvas, a 12 de Junho de 2006 (há um ano), já nasceram em Badajoz, segundo dados das autoridades espanholas, 270 bebés portugueses.

Ao abrigo do acordo celebrado em 2006 entre as autoridades portuguesas e da Extremadura (Espanha), o Hospital de Badajoz atendeu no último ano mais de 800 grávidas portuguesas, das quais 480 já necessitaram de hospitalização durante a gravidez.

Desde o encerramento em Elvas as grávidas dos concelhos alentejanos de Elvas e Campo Maior podem optar entre a unidade de Badajoz (a cerca de 12 quilómetros) ou os hospitais de Portalegre (cerca de 60) e de Évora (a mais de 80 quilómetros), sendo lógico concluir onde recai a escolha.

E como, segundo um comunicado do Hospital de Elvas, enviado à agência Lusa, «da auscultação realizada, até ao momento, se percebe que o índice de satisfação das mulheres assistidas no Hospital Materno-Infantil de Badajoz é elevado», é previsível que muitas grávidas declarem que vivem naqueles concelhos, a fim de poderem ser bem assistidas do outro lado da fronteira, o que cá nem sempre acontece.

Aqueles adultos daqui a uns anos dizem que são de onde? De Portugal ou de Badajoz? E, apesar destas «inteligentes e patrióticas» medidas dos governantes, ainda há quem tenha esperança em Portugal recuperar Olivença! Os nossos políticos não têm noção de soberania num território com uma população identificada com o País. É certo que já não estamos na época das sucessivas guerras entre os dois países, mas cair assim de repente no extremo oposto, custa a compreender. Se, ao menos, fizessem um acordo para eles nos governarem como eles têm mostrado saber e desenvolverem a qualidade de vida da população... Experimente consultar este link.

4 comentários:

Bernardo Kolbl disse...

É o simplex, Kamarada.

Al Cardoso disse...

O "Iberismo" deste (des)governo no seu melhor!!!

A. João Soares disse...

Caros O Pintas e Al Cardoso,
Há tempos li algures que para ser governante devia ser obrigatório ter uma licenciatura específica (não obtida à presa na UnI). Com efeito, é triste e ofensiva para os portugueses a falta de lógica, de estratégia, de uma directriz que ligue cada acto dos governantes aos objectivos nacionais, aos supremos interesses de Portugal. Não se percebe o que pensam nem o que pretendem, além do enriquecimento fácil e rápido dos compadres da oligarquia. O povo, em geral, que se lixe. E o povo, ingénuo continua a pagar e calar,
Isto não pode durar muito mais e os apupos de Setúbal bem poderão ser um sinal de arranque para uma nova era. Oxalá não descambe para a violência que vitime inocentes. Se forem usadas armas que sejam bem apontadas!!!
Abraços

A. João Soares disse...

Recebi por e-mail de um correspondente ientificado

REVISTA "FOCUS", 13-Junho-2007 (este texto está a ser um sucesso...ainda que "retocado" e "retitulado"...) (cartas dos leitores)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A falta de perspectiva estratégica evidenciada por muitos daqueles que ocupam lugares de decisão na administração pública, nomeadamente nos níveis regional e local, acompanhada, habitualmente, de inabilidade e ignorância políticas, implica o desconhecimento do interesse nacional e acarreta a este, frequentemente, prejuízos de monta.
Infelizmente, na ausência de um pensamento político-estratégico elaborado, conhecido e respeitado por tais decisores, multiplicam-se os casos em que se enfraquece, quando não se abandona, a defesa do bem comum dos portugueses.
É já banal o modo como os meios políticos da Extremadura espanhola têm conseguído encantar e cativar alguns autarcas e outros responsáveis políticos do Alentejo raiano, os quais, aliciados com o novo «Eldorado» da «cooperação transfronteiriça» aceitam - com aparente prazer - colaborar na erecção de uma «Grã-Extremadura», cujo «epicentro» se situa em Badajoz. (...)Tudo isto, claro, ainda no pressuposto de que os referidos decisores não estarão, imaginando don Miguel Celdrán como um novo Godoy, conquistados para a ideia de fazerem do Alentejo uma grande Olivença.