terça-feira, 10 de julho de 2007

Carta do Gen Brasileiro Torres de Melo

Este texto, com adaptações muito ligeiras, aplica-se a Portugal, pelo que aqui o publico. Recebi-o em Power-Point com bonita formatação, e posso enviá-lo por e-mail a quem o desejar. Ao ler esta carta tive no pensamento os textos publicados pelo dono do Blog do Leão Pelado que, em estilo diferente, diz repetidas vezes estas verdades.

Carta do General Torres de Melo aos responsáveis pela República Federativa do Brasil

Aos Excelentíssimos Senhores:
Presidente da República, Senadores, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores, Ministros do STF e dos demais Tribunais Superiores, Ministros de Estado, Juízes, Procuradores e demais autoridade.

Mais um Dom Quixote aparece na história do Brasil. Neste País, todo aquele que sonha, por um Brasil mais ou menos sério, é considerado, no mínimo, um bobo da corte, quando não o alcunham de outros termos mais vulgares. Tal é a degradação existente no Estado Brasileiro que a busca do conhecimento da Verdade passa por ser considerada um ato de hipocrisia por quem deseja conhecê-la. Vivemos a inversão de valores e tudo passa a ser permissível.

Esse Dom Quixote escreve para todos. Não podemos mais concorrer com Vossas Excelências, pela idade. Tenho 82 anos e correndo para 83. Podem ficar tranquilos. Não estou interessado em direita, esquerda ou centro, nem em qual partido Vossas Excelências se encontram ou no cargo. Estou pensando em ajudar a salvar a Nação que se encontra ameaçada de uma grande ruptura social. Cada um de Vossas Excelências é responsável pelo que poderá acontecer no futuro próximo.

O que estamos vivendo? Uma tragédia. Somos todos responsáveis. A sociedade por calar, e Vossas Excelências, em maioria nos diversos campos de actuação, por ficarem silentes, aceitando o crime ou sendo coniventes com o crime. No livro «A Marcha da Insensatez», de Bárbara W. Tuchman, onde se aborda o excesso do poder na base da insensatez política, pode-se vislumbrar o nosso destino, pois todos os casos analisados no livro levam aos grandes desastres da humanidade.

Há crime maior de Insensatez do que a Inquisição e o Papa vestindo-se de general para manter o Poder, a todo custo? Não é o que estamos vivendo no nosso País? Tudo ao Poder, vendendo-se até a Honra, é o que se presencia no Brasil de hoje. Vamos aos factos.

Será que os títulos de Vossas Excelências, Meritíssimos, Digníssimos, que os colocam entre os mais altos, acima de tudo, ou no vulgar, habitam o andar de cima, podem conviver com pessoas que praticam o crime, até alguns réus confessos? Ou crime só para os humildes da vida?

Não representa isso a promiscuidade que vai degradando o sistema político e jurídico? Será que não temos mecanismos para colocar na cadeia quem conduz dólar na cueca, em mala, mente, suborna, usa o Poder em benefício próprio, declara que falsificou a Constituição, compra consciências etc.?

Estamos cheios de processos que se arrastam nos meandros das filigranas jurídicas e, de repente, são presos desembargadores, procuradores, bicheiros e outras autoridades envolvidas nos porões da criminalidade. Estamos vivendo a época dos Al-Capones ou, talvez, pior, e parece-nos que isso não é mais do que a consequência da impunidade.

Será que Vossas Excelências não sentem no pulsar do coração, o que o povo sente? O povo esclarecido experimenta nojo, náusea, enjoo, repugnância e asco com esses criminosos, enquanto Vossas Excelências, muitas vezes, permitem que eles estejam frequentando o Congresso, os Palácios, as reuniões sociais.

Chegou-se ao ponto de degradação social em que, muitas vezes, aqueles que não souberam honrar seus mandatos ou posições conquistadas merecem elogios de autoridades, que fingem esquecer um passado que degradou a sociedade brasileira, para se manterem a qualquer custo no Poder.

Será que Vossas Excelências não sabem que gostamos de modismo? Agora vivemos na época dos “apagãos”. “Apagão” eléctrico, “apagão” aéreo e não se fala no mais grave deles que são os “apagãos” ético e moral”.

Vossas Excelências estão esquecidos que o fundamental do homem público é o exemplo? O melhor exemplo é pregar a Verdade, ser Ético e ser um exemplo de Dignidade.. Não se pode esquecer que “discursos sobre ética nada valem se a prática é outra”. A falta da prática de Ética está degradando o país.

Será que Vossas Excelências não sabem que nossa juventude se degrada no álcool e nas outras drogas? Será que não sabem que ela está sem esperança no futuro? Será que não sabem que “a juventude é algo que se conquista. E sem um ideal, a conquista da juventude é impossível”?

Qual é o Ideal que Vossas Excelências estão transmitindo aos jovens do nosso País? Qual o exemplo que estão mostrando? Temos que ser sinceros. O que promovem nos indica a prática da degradação moral, onde o fácil, o apadrinhamento e o golpe servem de exemplos.

Chegou-se ao fim de uma linha, pois somos governados, em princípio, por medíocres. Num opúsculo, escrito aos jovens pelo autor destas linhas, encontramos: O medíocre é capaz de não se indignar ante uma ofensa, pois não tem honra. Bóvio pintou o «homem medíocre» em maravilhosas letras incandescentes: “é dócil, é acomodado a todas as pequenas oportunidades, adaptadíssimo a todas as temperaturas de um dia variável para todos os negócios”. Nós, autor destas linhas, afirmamos que o medíocre é escorregadiço, sem forma, sem ideias, sem carácter, se ajusta de acordo com suas conveniências e não tem o mínimo de personalidade. Afirmar é fácil, mas é preciso que se mostre o que acontece.

Será que mudanças de Partido, políticos que da oposição passa a ser governo num piscar de olhos, ladrões chamados ontem, santos hoje, a luta para encobrir apuração da verdade seja qual for a verdade nos parecem indícios graves da presença da mediocridade nos meandros do Poder. Poderia até parar por aqui, mas há dois pontos que penso serem fundamentais: As publicações das revistas semanais e a nossa Receita federal.

As revistas semanais, com o sistema investigativo, publicam reportagens que deveriam abalar toda a sociedade brasileira. Ou as publicações são mentirosas e as Revistas deveriam ser processadas pelos que estão envolvidos ou são verdades ditas que deveriam ser apuradas pelos órgãos oficiais do governo. O comum é nada acontecer e vamos vivendo a vida de uma sociedade que aceita o fácil.

Assim, marchou-se para a destruição de Roma, para as sangrentas revoluções francesa, inglesa e russa e outras que trouxeram a morte de milhões de inocentes. Tudo continua no melhor dos mundos. Até quando precisamos, urgentemente, de um Cícero para repetir: “os homens sem lei são animais e, sem ela, as nações caem na anarquia”.

Quanto à nossa receita federal? Não podemos esquecer que ela é o grande trunfo que podemos ter para restabelecer a Verdade da Lei. Ela poderá ser a chave que descobrirá as grandes fortunas que aparecem do nada. O Brasil aguarda que a Justiça seja feita.

Não queremos a perseguição e sim o cumprimento da lei. Todo cidadão brasileiro pode ficar rico, mas não pode passar por cima da sociedade e da lei para assim chegar ao dinheiro podre e às vezes ao Poder. Como pode o cidadão que foi ou é funcionário público e político se tornar da noite para o dia dono de grande fortuna?

Chegou a hora de parar. Iremos copiar dois pensamentos que expressam todo um sentimento da Nação brasileira. Palavras de Cévola, o canhoto:
“quando uma nação se torna corrupta e cínica, preferindo o governo dos homens e não o governo da lei, é que começou a sua destruição”.

Vamos destruir o Brasil ou escrever em letras de forma o que os defensores das Termópilas inscreveram: “à Esparta, que aqui morremos em obediência às suas santas leis."

Leis as temos. Precisamos de aplicá-las com rigor!

Não esqueçam do que afirmou o grande Augustus:
“A Liberdade só é uma coisa boa quando se obedece à lei”.

Não queiram perder a santa liberdade!

Fortaleza, 16 Abr 2007
Gen Div Ref Francisco Batista Torres de Melo, Coordenador Geral do Grupo Guararapes.

4 comentários:

PintoRibeiro disse...

Deixei-te lá um link...lololol...
Abraço.

Anónimo disse...

Caro Fraga,
esta manhã dei com este texto recebido por e-mail de um portal brasileiro. Achei-o muito interessante e logo o transcrevi para o blog. Agora, que o vejo aqui, quero informá-lo desta usurpação que, no entanto, ficou devidamente identificada quando ao autor.
Como o poder reside nas mãos dos detentores do dinheiro, assistimos ao esvaziamento da soberania nacional, sem nada o poder evitar. É a TVI, a discográfica, agora as editoras. Entretanto são as indústrias ligadas à construção civil, algumas matérias primas, habitação, ruas de Lisboa a passarem de mão, abastecimentos de hortaliças, e não só, nascimentos de portugueses em Badajoz, etc.
Quando o Poder abrir os olhos já será tarde.
Abraço www.portugalclub.org

A. João Soares disse...

O Portugalclub tem assumido atitudes que o tornam obrigado a um rigor acima de suspeitas. Mas neste comentário há três coisas estranhas.
Primeiro, dirige-se ao «caro Fraga» que não sei quem é nem a que propósito cita aqui outra pessoa, quando o único autorizado a publicar do alto «Do Miradouro» é este humilde servidor dos leitores que o visitam.
Segundo, considera-se no direito de ser o único com autoridade para usurpar as coisas de valor que circulam por e-mail. Ora eu, como refiro na introdução, nada usurpei, tive o trabalho de retirar os textos de 29 transparências de um pps recebido por e-mail e que coloco à disposição dos visitantes que o desejem e identifiquei com a maior lealdade o autor. Limitei-me, dessa forma, a tornar mais conhecida uma carta que considero importante.
Terceiro, as considerações feitas no comentário nada se relacionam com o texto do post, o que não dá merecimento ao comentador.
Quanto a usurpação, o Portugalclub não tem autoridade para reclamar, pois tem transcrito textos dos meus blogs sem sequer citar o título do blog. Outros se têm queixado do mesmo abuso de usurpação. E eu, neste caso, nada fui buscar ao portal.
Espero que o portal não perca o rumo que o cinja às normas do bom senso e da crítica positiva.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

De A. João Soares a 8 de Julho de 2007 às 17:34
Caro Fraga,
esta manhã dei com este texto recebido por e-mail de um portal brasileiro. Achei-o muito interessante e logo o transcrevi para o blog. Agora, que o vejo aqui, quero informá-lo desta usurpação que, no entanto, ficou devidamente identificada quando ao autor.
Como o poder reside nas mãos dos detentores do dinheiro, assistimos ao esvaziamento da soberania nacional, sem nada o poder evitar. É a TVI, a discográfica, agora as editoras. Entretanto são as indústrias ligadas à construção civil, algumas matérias primas, habitação, ruas de Lisboa a passarem de mão, abastecimentos de hortaliças, e não só, nascimentos de portugueses em Badajoz, etc.
Quando o Poder abrir os olhos já será tarde.
Abraço




http://luisalvesdefraga.blogs.sapo.pt/37881.html#comentarios


Caro Sr A. João Soares, eu não comentei nada. Apenas me surpreendi ao ler esta sua mensagem me acusando de algo.... quanto a postar no seu Blog matérias do PortugalClub, não tenho absolutamente nada contra. Antes pelo contrário aprecio e agradeço. Quanto ao mais , acho que talvez esteja havendo um mal entendido de minha parte. Um Abraço Casimiro Rodrigues