domingo, 29 de julho de 2007

A Madeira e a lei do aborto

Sobre a hesitação do governo do Madeira em dar cumprimento à lei do aborto, o artigo de opinião, no Diário de Notícias, de Nuno Brederode Santos, com o título «Ao Leme», analisa de forma muito frontal as dificuldades de Cavaco Silva em lidar com o assunto. Qualquer resumo que aqui fizesse lesaria a coerência estrutural do texto, pelo que deixo o link para os interessados o poderem consultar facilmente.

A acrescentar ao referido artigo, os jornais de hoje deram à Madeira invulgar relevo:
Quanto ao relacionamento do Estado com a Madeira, o ex-líder do PS/M Jacinto Serrão disse, na cerimónia de abertura do XIII Congresso dos socialistas da Madeira, a decorrer no Funchal, que «temos um Estado fraco que não tem a coragem de colocar a Madeira na ordem democrática» E acrescentou "afinal, fazem-se tantas exigências no âmbito da União Europeia para os novos países aderentes serem respeitadores das regras mais elementares das democracias adultas e temos esta região, integrada na Europa, a desrespeitar constantemente" princípios constitucionais.

Por outro lado, o presidente eleito do PS/Madeira, João Carlos Gouveia, no dia em que se consagrou líder do PS/Madeira, não se referiu a João Jardim e virou os mísseis para o Governo de José Sócrates que acusou de manifestar "insensibilidade" em relação às famílias madeirenses e apelou ao partido que ouça a estrutura regional. Disse que «o PS/Madeira orgulha-se de integrar o PS, mas isso não impede a estrutura regional e os seus órgãos de discordarem de algumas políticas do PS nacional".

2 comentários:

PintoRibeiro disse...

Eu apoio AJoão, mas...
Boa semana, abraço,
Cansado.

A. João Soares disse...

Parece que a rebelião está a minar toda a Madeira, não só o governo regional contra o Continente mas também os líderes regionais do próprio partido do Governo central.
Será que estão todos conluiados para a independência do arquipélago?
Se isso acontecer só desejo que os Governos do rectângulo não continuem a esvaziar os nossos cofres em apoio de ex-colónias, como têm feito para Angola, Moçambique e principalmente Timor.
Faltam-nos políticos sensatos, com sentido de Estado e que não se limitem às tricas interpartidárias.
Abraço