terça-feira, 3 de julho de 2007

Mal-estar na função pública

Casos na Função Pública penalizam o Governo, diz PS
Isabel Teixeira da Mota, JN

Correia de Campos está no centro das últimas polémicas do Governo.

Na origem da quebra de popularidade do Governo poderá estar a sucessão dos mais recentes casos de afastamento ou de penalização de funcionários públicos no local de trabalho, analisou ontem o socialista Eduardo Vera Jardim no programa da Rádio Renascença "Falar Claro". "São casos que afectaram a imagem do Governo", sustentou o deputado.

O também ex-ministro da Justiça sustenta que as denúncias podem surgir do próprio aparelho partidário do PS, designadamente ao nível local. "A verdade é que há uma reacção pouco sã dos aparelhos partidários a nomeações com as quais eles próprios não estão de acordo, e isso pode criar perigos, mas não são incitados pelo Governo".

Vera Jardim que partilha com a social-democrata Manuela Ferreira Leite o espaço de debate moderado pelo jornalista Paulo Magalhães, sublinhou mesmo que "estes casos não são bons para o Governo" e declarou que os últimos números das sondagens, revelados pelo Diário de Notícias, "são o reflexo dessas situações negativas para a governação".

O socialista, contudo, defende que os altos cargos da administração pública "têm que aderir ao programa do Governo que está a ser executado. Se eles não estão de acordo, põem em perigo a execução dessa política".

Já a ex-ministra das Finanças sugeriu que o primeiro-ministro está a entrar numa fase mais "sensível" e reactiva às críticas, às anedotas ou a outros tipos de apreciações menos agradáveis. "Uma das características que qualquer político deve ter é agir de acordo com a sua consciência e ser absolutamente imune e praticamente indiferente às críticas. Se o não for, não vai a lado nenhum", atirou Ferreira Leite. "É mau para o Governo e para os ministros porque cria uma imagem absolutamente negativa que as pessoas e até os apoiantes do PS começam a criar".

A antiga funcionária do Banco de Portugal questionou ainda "quem denuncia? O que acontece a essas criaturas que denunciaram? Foram promovidos? Não. Fazem isso gratuitamente ".

NOTA: Realmente, tal como foi feito um concurso para o melhor português, também seria interessante organizar uma lista de factos notáveis do ano a submeter a concurso par ver qual o premiado!!! Espero que me indiquem factos para juntar ao do deserto na margem Sul do Tejo, ao do perigo de sabotagem nas pontes sobre o Tejo, como argumento para que o aeroporto fique na Ota!
É preciso acabar com a corrupção e com as nomeações por confiança política e que devem passar a ser por concurso público em que será escolhido aquele que tiver melhores condições para o lugar, independentemente dos laços familiares ou de amizade com os políticos.
Devemos ser dirigidos, a todos os níveis, pelos melhores portugueses e não por critério de «local» de nascimento como na monarquia.

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