sábado, 13 de outubro de 2007

Combate ao défice fica caro aos contribuintes

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2008, o combate ao défice orçamental vai continuar a ser feito, pelo «pior dos caminhos», ou seja, pela via dos impostos.

«Durante o próximo ano, haverá um aumento da cobrança de impostos na ordem dos 3 mil milhões de euros. O défice orçamental baixa 800 milhões de euros», frisou um líder parlamentar.

«Quem está a combater o défice são os contribuintes, as famílias e as empresas, e a factura não vai para o Estado, vai para os contribuintes». Não afecta as centenas de parasitas que enxameiam os gabinetes e de cujo trabalho não são visíveis resultados benéficos para o País, mas afecta os contribuintes que têm de continuar a apertar os cintos sem verem vislumbres de melhorias das suas condições de vida. Alguém beneficia com os sacrifícios da «classe civil», mas não esta.

O combate ao défice por via dos impostos acarreta a quebra na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como sublinhou o prémio Nobel da Economia em cuja opinião, a redução dos impostos provoca maior dinamismo na economia no aspecto de produção de riqueza.

«Não fosse o aumento previsto no investimento público e a quebra seria muito maior». Mas resta saber quais destes investimentos serão geradores de riqueza para a população de amanhã.

Toda a argumentação do Ministério da Finanças assenta num encadeamento de números que traduzem previsões, algumas de difícil explicação, porque não dependem da acção directa do Governo. Isto faz recordar as promessas eleitorais do PS que não foram cumpridas e de uma previsões para o défice de 2005, feitas pelo Banco de Portugal com um rigor de várias casas decimais, que poucas semanas depois foram emendadas para outro número que, não aprendendo a lição do falso rigor anterior, continuaram com igual quantidade de algarismos à direita da vírgula!

Nós, pobres cidadãos, que temos que acatar as torturas dos carrascos, somos bombardeados, sem a mínima consideração por estas vis falácias. Mas será conveniente estarmos atentos e, quando oportuno, mostrarmos a nossa discordância por estes vícios do regime.

Texto elaborado com base na consulta do artigo publicado em Diário Digital / Lusa 12-10-2007 19:05:00

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