segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Escutas para quê? Chantagem?!

Um Portugal desconhecido e muito atento

Ferreira Fernandes

O PGR Pinto Monteiro disse ao Sol suspeitar que ele próprio era alvo de escutas ilegais: "Como vou lidar com isso? Não sei. Como vou controlar isso? Não sei."

Pinto Monteiro, é a autoridade maior da investigação em Portugal... Estamos, pois, em plena guerra. Falo da "Guerra" de Solnado. "- Sargento, fiz um prisioneiro! - Onde é que ele está? - Não quis vir..."

Ainda sobre elas, as escutas, relembro a recente entrevista ao JN de Amália Morgado, que foi juíza no Tribunal Criminal do Porto durante 11 anos. Quando a PJ lhe apresentava números para escutar A ou B (os juízes têm de validar), ela confirmava se os telefones eram mesmo deles e "não poucas vezes", garante, não pertenciam à pessoa indicada. É simples curiosidade que leva a estas malandrices? Claro que não. Fazer escutas ilegais comporta esforço e riscos. Logo, quem o faz tem de ganhar com isso. Logo, existe uma indústria de chantagem. Não se sabia? Pois, a chantagem é um negócio discreto.

Sobre este assunto pode ler-se também:

Advogados exigem explicações do Governo sobre Pinto Monteiro

O telemóvel do procurador

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