domingo, 17 de fevereiro de 2008

Negociar, coligar em vez de utilizar as armas

No jornal Público de hoje, vem uma notícia, de Jorge Heitor, que talvez seja de bom augúrio, pois poderá significar uma mudança da visão de Bush sobre o mundo. O título é significativo «Presidente Bush defende no Benim uma solução partilhada para o conflito no Quénia» Segundo ela, os EUA gostariam que o chefe de Estado queniano, Mwai Kibaki, entregasse uma parte do poder à oposição, o Movimento Democrático Laranja (ODM) , para se acabar com a violência. Ou será que esta intenção pacífica se deve a não haver ali petróleo?

Hoje a secretária de Estado, Condoleezza Rice, faz uma visita a Nairobi, levando a mensagem de que Washington deseja o fim da violência e um acordo de entendimento entre as partes em contenda.

Mas um alto funcionário norte-americano observou, segundo a Reuters, que a partilha do poder deverá demorar algum tempo a preparar. O anterior secretário-geral da ONU, Kofi Annan, desde há semanas no Quénia, e mesmo muitos quenianos crêem que uma grande coligação seria a melhor solução. Porém na origem do conflito está a dúvida sobre quem, na verdade, venceu as presidenciais de 27 de Dezembro, muito disputadas entre Kibaki e o líder do ODM, Raila Odinga.

A oposição gostaria de ver redigida uma nova Constituição, tomar parte num Governo provisório e realizar novas eleições dentro de dois anos; mas o poder não se mostra com vontade nenhuma de que se volte às urnas antes de 2012.

Esta atitude dos EUA, no sentido da resolução do diferendo pela negociação, pelas conversações, de forma pacífica, constitui a melhor alternativa à luta armada que destrói vidas, património e o ambiente de confiança no futuro. Muito aqui tem sido publicado, de que selecciono os seguintes posts:

- Relações internacionais são interesseiras
- A Paz pelas conversações
- Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
- Vulnerabilidades da ONU
- Crises em África

1 comentário:

A. João Soares disse...

Parece que ninguém, de boa fé, deixa de e ver inconveniente para os Países europeus que um Estado se fragmente em pequenas fracções, ao invés da UE que pretende unir todos os Estados do Continente e arredores. Mas vale a pena dar uma olhadela aos mais pequenos Estados do mundo, para ver que a dimensão não é impeditiva para serem «independentes» embora com soberania exígua ou com capacidade jurídica limitada.

Lista dos países mais pequenos em superfície.
Bahamas; Liechtenstein; Kiribati; Antígua e Barbuda; Estados Federados da Micronésia; Barbados; Palau; Malta; Gâmbia; Mónaco; Maurício; S. Marino; Comores; Trindade e Tobago; Vaticano; Chipre; Jamaica; Tuvalu; Luxemburgo; Brunei; S. Vicente e Granadinas; Qatar; Dominica.