sexta-feira, 14 de março de 2008

A olhar para trás não se vence a corrida

Os propagandistas do Governo festejam o seu terceiro aniversário com palavras fantasiosas, ilógicas irreais. Dizem que é preciso enfatizar os pontos positivos da governação e fazem-no com o máximo exagero publicitário e, espantosamente, afirmam com pretensioso ar convincente que não é preciso falar do que está mal.

Que erro e loucura essa! Qualquer motorista sabe que, se a viatura vai a circular normalmente na via, não é preciso accionar qualquer comando, nem a caixa de velocidades, nem o acelerador, nem o travão, nem o volante. Mas se algo não está bem é necessário e urgente accionar de forma adequada os comandos respectivos para que a rota seja corrigida a fim de evitar acidente e continuar de forma correcta. Também no atletismo, o corredor não perde tempo a olhar para trás, porque dessa forma arrisca não ganhar a corrida. O que necessita de medidas correctivas é que deve concentrar a atenção e os esforços de quem dirige, com a permanente preocupação de atingir as metas e os objectivos.

Estes exemplos de quem quer avançar mostram que seria sensato e prudente que os governantes perdessem menos tempo com auto-elogios propagandísticos e se concentrassem a fundo na correcção dos aspectos menos positivos a fim de a «viagem» chegar ao fim da melhor forma. Os resultados reais falarão por si. As pessoas saberão analisá-los.

Se os ilustres políticos não conseguem ver claramente aquilo que necessita de atenção, bastar-lhes-á ouvir os protestos da população acerca dos assuntos ligados à Educação, à Saúde, à Segurança Pública, à Justiça, à Defesa, etc. O contacto com as realidades do País, a que não estão habituados, senão para propaganda e captação de votos, poderá ser-lhes útil se procurarem compreender o que está a passar-se. O povo é sábio e, junto dele, pode aprender-se muito.

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