segunda-feira, 28 de julho de 2008

Acabem as «reformas milionárias»

Na sequência do post anterior, um amigo enviou-me por e-mail o seguinte texto que vem ao encontro da inconveniência dos escândalos dos «tachos dourados» e das «reformas milionárias». Se alguns pormenores merecem ser discutidos e bem definidos, concordo com a fase final - a "melhor liderança é uma liderança de exemplo". Com o pensamento num velho ditado, diria que, como não podem comer todos, então haja moralidade.

Movimento quer acabar com reformas dos políticos

O Movimento Mérito e Sociedade propõe a aplicação da taxa "Robin dos Bosques" à classe política, defendendo a retirada dos subsídios e compensações aos ex-deputados e dirigentes de empresas públicas com menos de 65 anos.

"É tempo de voltar ao rigor, à moral e transparência da gestão pública e política", defendeu o líder do MMS, Eduardo Correia, em declarações à Lusa. Desta forma, acrescentou, o MMS quer que a chamada taxa "Robin dos Bosques" seja aplicada à classe política, para "acabar com o péssimo exemplo de quem lidera a área política".

Assim, continuou Eduardo Correia, o MMS propõe a revisão imediata das regras de despesa pública, nomeadamente através da redução de todas as reformas de ex-deputados, dirigentes de empresas e instituições públicas.

Além disso, aos que, nessas circunstâncias, não tenham atingido a idade mínima de reforma de 65 anos, devem ser retiradas todas as compensações e subsídios.

"É preciso reduzir bastante o número de pensionistas altamente beneficiados", referiu.

O MMS, que foi oficialmente constituído como partido político no final de Junho, defende ainda a revisão do parque automóvel do Estado, reduzindo a sua dimensão e não permitindo elevados consumos de combustível.

"Também neste caso é preciso que o Estado dê um exemplo de frugalidade e poupança", salientou o presidente do MMS.

Eduardo Correia apelou ainda para que seja publicada na Internet uma lista com os valores das reformas que auferem todos os antigos deputados e ex-dirigentes de empresas e instituições públicas.

"É preciso que todos percebam o que cada um recebe e o que se anda a fazer com o dinheiro do Estado, a bem da transparência", sublinhou, considerando que a "melhor liderança é uma liderança de exemplo".

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito boas ideias, mas extremamente difíceis de concretizar, devido ao lamaçal em que nos encontramos. Se bem que não impossíveis! Bastava coragem. E ética! Pois como é possível obrigarem o povo a trabalhar até aos 65 anos enquanto toda uma classe aufere pensões após 8 anos de serviço?! Que bela democracia...
No entanto a pedra está lançada. Uma luz ao fundo do túnel?

A. João Soares disse...

AP,
Tem muita razão. Terão de ser os interessados a legislar contra os seus interesses pessoais, que para eles é o mais importante!
Mas é preciso que o povo exija por todos os meios acabar com o escândalo actual.«Água mole em pedra dura tanto bate até que fura»
Um abraço
A. João Soares