domingo, 13 de julho de 2008

Conhecer a floresta para a amar e preservar

A quantidade de fogos florestais poderia ser drasticamente reduzida se fossem seguidos, por todo o lado, exemplos de vários municípios como, por várias vezes referi em cartas aos jornais (poderei enviar por e-mail a colecção dessas cartas a quem as desejar). Para defender a floresta preservando-a dos incêndios e de outros perigos, é preciso amá-la, começando por conhecê-la.

Nesse sentido preconizei a realização de actividades de ar livre nos concelhos com área florestal, levando a juventude a «passear» pela floresta, a propósito do estudo da botânica, da geografia, e através de provas de orientação, de marcha, de corrida com prémios para os melhores, organização de piqueniques e variedades nas clareiras, etc.

A imaginação não tem limites e essas actividades levariam a um melhor conhecimento da floresta e do quanto ela é agradável e útil para a vida humana. Para melhor resultado, as actividades deveriam ser planeadas por forma a que as florestas fossem percorridas em todos os sentidos e direcções.

Com a presença de pessoas, nenhum pirómano se atreveria a atear fogo. E depois de se familiarizar com as florestas, nenhum jovem se sentiria tentado a ser pirómano, ou pelo menos o número destes seria reduzido.

Estas minhas cogitações surgem ao deparar com a notícia «Equipas de 'BUGA' vigiam floresta contra incêndios». Segundo ela, no concelho de Aveiro, equipas formadas por jovens em bicicleta 'BUGA' (Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro) vigiam a floresta contra incêndios. Em anos anteriores, o programa "Olhos na Floresta" já permitiu detectar vários incêndios ou queimadas perigosas.

A sua actuação perante uma coluna de fumo consiste em alertar as pessoas para o facto de ser proibido, nesta altura do ano, fazer qualquer tipo de fogo. Quando não aceitam as recomendações, comunicam às autoridades", para o que são portadores de telemóveis que lhes permitem, quando necessário, alertar bombeiros, GNR ou Protecção Civil.

Embora se trate de um serviço voluntário à comunidade, cada um dos 18 elementos recebe diariamente 12 euros para fazer face às refeições e transportes. Ficou comprovado que a BUGA, apesar de ter sido desenvolvida para circuitos citadinos, "porta-se bem" na floresta, onde a câmara tem melhorado os caminhos, para facilitar a sua utilização.

Este é, sem dúvida, um bom exemplo a seguir pelos outros municípios: é fácil, é barato e poupa milhões!

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