segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Português distingue-se no estrangeiro

Nem tudo é mau entre os portugueses. Existe um bom fermento para Portugal renascer, como já aqui foi salientado em vários posts. Agora trata-se de um investigador que identificou um mecanismo molecular de formação de tumores no útero.

Nuno Raimundo de 32 anos, licenciado em bioquímica perla Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em 2000 e foi para a Finlândia em 2003 como estudante de doutoramento no Helsinki Biomedical Graduate School, onde defende a sua tese este mês. Entretanto, já trabalha como cientista na Universidade de Yale, nos EUA.

O resultado da sua investigação sobre os tumores benignos do útero, conhecidos por miomas, permite definir um noivo alvo para tratamentos que poderão evitar cirurgias e complexas consequências pós-operatórias.

Este avanço científico consta de um estudo de uma equipa internacional de que o Raimundo é o primeiro autor e que foi divulgado na edição online da Oncogene, revista especializada em cancro. O estudo foi realizado em Helsínquia num laboratório que trabalha com doenças mitocondriais, isto é, causadas por defeitos nos mitocôndrios e que resultam em deficiente produção de energia metabólica.

Estamos perante mais um caso de um jovem português com valor acima da média e é de lamentar que não tenha no País condições para utilizar e aumentar o seu saber.

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro João,
Infelizmente é nossa sina - Se alguém quer valorizar-se tem que saír do País!
Já nem digo mais nada .....

A. João Soares disse...

Caro Luís,
E mesmo os que se formam cá e aprendem algo que os valoriza, acabam por ir exercer a profissão lá fora, onde encontram condições de trabalho mais dignificadas.
Temos bons artistas, temos bons poetas, temos bons escritores, só é pena não termos bons políticos e bons gestores públicos.
E, curiosamente, os premiados pelo PR nas datas nacionais, não são os que mais contribuem para a verdadeira grandeza de Portugal.
Abraço
A. João Soares

Anónimo disse...

Para variar teve que se afirmar lá fora!
Triste sina a deste país que não valoriza o melhor dos seus cidadãos.
Quanto mais portugueses conheço no estrangeiro, mais deprimido fico... Ninguém imagina a quantidade de bons profissionais que temos por esse mundo fora.
Abraço.

A. João Soares disse...

Caro AP,
A maior riqueza de um País é o capital humano e é pena que se não cuide dele e se deixe esvair através da fronteira.
Taiwan, no período de planeamento do grande surto de desenvolvimento, não se restringiu aos assessores ignorantes como faz Portugal, mas foi em busca de Know-how adequado às suas necessidades, atraiu ao País os naturais que estavam no estrangeiro, entusiasmando-os com as perspectivas de futuro do País. A dada altura,fazia falta na estrutura económica a alta tecnologia dos plásticos e havia um industrial de Taiwan que estava bem instalado, com muito sucesso, em Tóquio. Foi difícil convencê-lo a regressar ao País, deixando o seu rendoso negócio, mas conseguiram dar-lhe condições e atraí-lo.
Esta estratégia é o motor do desenvolvimento, mas os políticos portugueses são incapazes de ver além do momento seguinte, quando conseguem deixar de apenas fitar o próprio umbigo.
E, assim, desperdiçam o principal factor de desenvolvimento.
E esta crise que, em Países evoluídos, vai servir de partida para um grande salto em comprimento, entre nós será motivo de vitimização de lamúrias e de mais miséria.
Um abraço
João Soares