terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Violência escolar

Transcrição de artigo do Público seguida de NOTA.

Pais preocupados com dados do Ministério Público sobre violência escolar

Público. 23.02.2009 - 19h58 Lusa
Lisboa é a região onde há mais inquéritos

As associações de pais de Lisboa consideram "preocupantes" os dados hoje divulgados pelo Ministério Público que demonstram que Lisboa é a região onde há mais inquéritos relacionados com casos de violência escolar: cerca de 111 em 2008. Isidoro Roque, presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (FERLAP), considera "preocupante a quantidade de processos-crime relativos a violência em ambiente escolar", defendendo a urgência no combate à violência nas escolas.

"Problemas há muitos, mas poucas soluções", argumenta Isidoro Roque numa nota, alertando para a falta de medidas aplicadas nesta matéria. O presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida, considera igualmente "inaceitável e lamentável" que estes problemas continuem a proliferar nas escolas.

"As escolas devem impor-se naquelas que são questões de comportamentos desviantes, combatendo-as através dor órgãos necessários", defendeu. Segundo Albino Almeida é necessário e urgente, no sentido de se resolver os problemas de indisciplina, analisar cada escola, porque cada caso é um caso, e auferir as condições reunidas para combater estas situações

Já a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) defende, em comunicado, a necessidade de serem criados gabinetes de apoio à integração dos alunos nas escolas, mais profissionais auxiliares para os estabelecimentos de ensino de maior risco, mas também o reforço do programa Escola Segura, da PSP.

NOTA: É curioso que os pais dos estudantes tivessem ficado surpreendidos com as notícias divulgadas pelo MP. Se estivessem atentos à vida dos filhos e conversassem com eles saberiam melhor e mais oportunamente do que o MP o ambiente nas escolas e suas imediações. Depois também é curioso que proponham mais PSP a reprimir os seus filhos e os colegas. Já não lhes basta exigirem que os professores façam aquilo que em casa devia ter sido feito desde os primeiros vagidos e continuar a ser feito até à maior idade, para agora também quererem que seja a policia a suprir a incapacidade de pais e familiares na sua função de educadores de educadores. E, espantosamente, não há no comunicado dos pais uma palavra a salientar a necessidade de mais atenção por parte dos pais! Ou o jornal não referiu essa preocupação dos encarregados de educação!
Também teria sido bom que o MP tivesse divulgado mais cedo os dados que possui, a fim de despertar as atenções para um fenómeno que dificulta a eficiência do ensino e da formação dos cidadãos de amanhã.
Curioso também é que isto vem realçar o ridículo da D. Margarida Moreira da DREN ao classificar de «brincadeira de mau gosto» a cena tornada pública de ameaça com murros e arma de fogo a uma professora, como é referido no post «Brincadeira de mau gosto». Com tal expressão aquela senhora, presume-se que involuntariamente, estimula tais desacatos.

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