sábado, 28 de março de 2009

Crime organizado

Transcrição de um texto assinado recebido por e-mail.

Bem me parecia que isto das falhas na área da Justiça tinha alguém, a quem interessa que a Justiça não funcione!
Depois de ouvir na TV um juiz falar sobre o assunto, vi finalmente alguém da área, pôr tudo a claro!
A quem interessa que um departamento especializado nos crimes económicos nunca mais seja posto a funcionar?
A quem é que interessa que não seja contemplado na nossa legislação o crime de enriquecimento ilícito?
A quem é que interessa que as escutas telefónicas e os filmes ou vídeos não sejam admitidos como prova?
A quem é que interessa que continue o regabofe dos recursos aceites em tribunal só porque o condenado não concorda com a pena?
A quem é que interessa a vergonhosa legislação sobre os actos de pedofilia, violação e violência doméstica?
E muito mais vergonhas que não indico porque a lista já vai longa!...

É devido a tais vergonhas que o senhor Dias Loureiro não pode ser constituído arguido por ser membro do Conselho de Estado. Mas também não pode ser demitido pelo Presidente da República por mor de um regulamento votado pela Assembleia da República que o impede de demitir quem foi por ele escolhido!!

Quem é favorecido por todas estas falhas?
Claro que todos nós sabemos.
Está na hora de se organizarem os contribuintes que acabam por sofrer na pele todas estas vergonhosas e miseráveis situações.

O que falta ainda para que este Povo abra os olhos e proclame BASTA?

José Morais Silva

NOTA: Isto faz recordar uma anedota ilustrada que recebi há dias. Em frente à TV o pai olhava atentamente o ecrã, enquanto o filho, de copo na mão, olhava o jornal que tinha sobre os joelhos. O filho diz: estou a pensar dedicar-me ao crime organizado. E o pai, talvez distraidamente, pergunta: privado ou do Estado?
Era uma anedota!

6 comentários:

José Lopes disse...

Quando a Justiça não funciona a Democracia não passa de uma caricatura.
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião,
O texto não é meu. Está assinado. Tem muito para reflectir. Transporta a memória para o relatório do SINDICATO DOS MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO de 5 de Setembro de 2008, em que é abordado o tema ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS, PRESOS E CRIMINALIDADE VIOLENTA.
O aumento da criminalidade e da insegurança pública era previsível em função das alterações legislativas impostas à Justiça.
Fica-se na dúvida se essas alterações foram ditadas por incompetência ou por intencionalidade, tornando a democracia numa caricatura de má qualidade. Em qualquer dos casos, o que aconteceu é extremamente grave.
Um abraço e bom fim-de-semana
João Soares

Eurico disse...

Caro J. Soares
Ainda hoje o novo Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público disse, em declarações ao PÚBLICO, que “as pressões sobre os magistrados estão a atingir níveis incomportáveis” e admitiu a hipótese de as denunciar. O estado de degradação a que chegou a Justiça convida à proliferação da corrupção e do crime de colarinho branco, tal a dificuldade em fazer-se prova e responsabilizar-se os indiciados. Sabendo-se quem são os grandes beneficiados, percebe-se que os sucessivos governos não se preocupem com esta situação que vai corroendo a Democracia e desacredita a Justiça, pilar fundamental do Estado de Direito em que os cidadãos, constitucionalmente, são todos iguais perante a lei.
Um abraço
Eurico

A. João Soares disse...

Caro Eurico,
Do autor do texto, recebi um e-mail com um comentário a um artigo do Correio da Manhã de hoje, que aqui encaixa muito bem e que transcrevo:

A ser verdade o que se escreve no “Correio da Manhã”, a situação no que respeita a pressões para que o caso Freeport seja arquivado é mesmo muito grave!
Se as pressões surtirem efeito e o caso for arquivado, está aberto o caminho para o fim da Democracia no nosso País!
Para bem de Portugal e para que não sejamos alvo da risota de toda a Europa, há que levar o processo até ao fim.
Se o Primeiro Ministro é inocente como afirma, mande parar os membros do seu gabinete e ilustres do PS nas manobras intimidatórias que parece andar a ser feitas.
Que tudo seja claro para que não restem dúvidas sobre a honra do Primeiro Ministro.


Portugal precisa que o seu PM seja respeitado e merecedor da nossa confiança e consideração, para o que deve estar liberto de suspeitas. É seu direito processar quem o calunie, e que o julgamento seja feito como deve ser, sem atrofiamentos. E, pelo cargo e por ser representante de Portugal, tem o dever de exigir o esclarecimento cabal, por respeito aos cidadãos, aos eleitores.
Se esse esclarecimento não for feito de forma convincente, nunca mais se liberta das suspeitas. Estas não desaparecem com atitudes autoritárias e histéricas na AR que fazem lembrar um miúdo apanhado com as mãos na sopa. Nem é a «malhar» e a aludir a «campanhas negras» ou a tentativas de assassinato político que o assunto se esclarece.
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Pires de Lima, já deu uma sugestão muito simples e eficiente.
O juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, citado no post «Analisar custo-eficácia», também dá uma sugestão para o processamento das suspeitas de CORRUPÇÂO, defendendo a «inversão do ónus de prova».
Não faltam ideias, mas apenas vontade de combater a corrupção e, consequentemente, as suspeitas que, sem esse combate, são sempre legítimas, na mente das pessoas.
Abraço
João Soares

Gisele Claudya disse...

Em matéria de organização no crime, o meu paiís, infelizmente, deve estar bem no topo da lista.
A coisa aqui tá feia mesmo.
Será o fim do mundo?
Beijocassssss

A. João Soares disse...

Cara Amiga Gisele Claudya,
É sempre um prazer receber a sua visita. O mundo está em mudança e, infelizmente, não é para melhor. A culpa é da generalidade dos cidadãos que deixaram de respeitar princípios e valores éticos que eram fundamentais e é urgente que sejam ressuscitados.
Neste momento da Páscoa em que se celebra a Ressurreição, seria bom fazer renascer tudo o que é de mais válido e indispensável para a vida em sociedade. Oxalá as consciências despertem antes de cairmos num abismo de onde ninguém saia vivo.
Um abraço
João Soares