quarta-feira, 4 de março de 2009

A crise já era previsível há dois séculos

Ao meditar sobre a actual crise, as suas raízes e quem mais sofre os seus efeitos, parecia um tema muito complexo, cheio de variáveis, quando me aparece por e-mail esta frase, com data de 1802 de Thomas Jefferson (1743-1826), político norte-americano, que redigiu pessoalmente a Declaração de Independência, passou por altos cargos e foi o 3º Presidente dos EUA em dois mandatos consecutivos entre 1801 e 1809. Ele, na sua sabedoria, já previa que ia suceder uma situação como a que estamos a viver mais de dois séculos depois. E os governantes não conseguiram controlar o funcionamenro deste perigoso polvo.

«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que exércitos em armas. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»

Thomas Jefferson, 1802

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João,
Para mim qualquer tipo de Capitalismo quer seja de Estado quer seja Privado é um sistema canibal pois acaba por comer quem devia servir! Há que encontrar uma Solução Humanista e Social que sirva e não permita que se sirvam dela, o que convenhamos é difícil de pôr em prática porque não é aliciante para quem a difundisse! E actualmente o EGOÍSMO impera na nossa sociedade!

A. João Soares disse...

Caro Luís,
Transcrevo para aqui uma resposta que dei noutro blogue
Tudo o que teve início, terá um fim. A civilização não é um mineral indestrutível, e está sujeita a evoluções mais ou menos profundas para bem ou para mal. O comunismo acabou com a queda do muro de Berlim, e o capitalismo está a cair com esta crise financeira com largas repercussões sociais.
Os políticos conluiados com a máfia financeira estão a estrebuchar, mas não conseguirão evitar que tudo seja transformado drasticamente. Mal para eles se não se anteciparem a definir novas regras mais em conformidade com o bem das pessoas, hoje mais desprotegidas.
Se não se anteciparem em definir o mundo de amanhã, serão cilindrados e os mais sacrificados pela crise actual.
Com o agravamento da crise, com o desemprego galopante, a criminalidade irá aumentar por iniciativas dos desempregados, dos esfomeados, e seria bom que o Governo pensasse nisso com realismo e humanismo.
Mas, é bem visível que não sabe pensar nisso, nestas condições, como se viu no chamado Congresso do PS em que não foram abordados os reais problemas dos portugueses. Se tais problemas não lhes interessam, se os ignoram, se os não querem compreender, para que querem ter a maioria absoluta???
Um abraço
João Soares