sábado, 9 de maio de 2009

O MAI responde ou pergunta pela segurança interna?

Segundo o Correio da Manhã, um partido da oposição vai requerer a presença do ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, na Assembleia da República “com a máxima urgência”, na sequência dos sucessivos actos de violência ocorridos no bairro da Bela Vista, em Setúbal.

Fonte do partido explicou que “quer que o Governo responda sem rodeios e com meios face aos incidentes sucessivos na Bela Vista e face à situação intolerável de insegurança em Setúbal”, revelando que vão agendar um novo debate sobre segurança e requerer a presença de Rui Pereira no Parlamento.

Querem esclarecer, nesse debate, “onde está o MAI que, quando a policia é atacada dois dias a fio, não dá a cara”, “quantos efectivos tem a PSP em Setúbal, por turno, para fazer patrulhamento efectivo na cidade” e “quantas vezes é que já prometeram efectivos para Setúbal, quando, ao mesmo tempo, cancelavam a entrada de Forças de Segurança”, indicou a mesma fonte.

Ao ver a palavra «responder» recordei-me de um caso em África em que uma Companhia tinha um primeiro-sargento tão incompetente que, em vez de responder pela Companhia, perguntava por ela. Em vez de ser um colaborador do capitão era um monte de trabalhos e de preocupações para ele. O MAI, a falar, parece genial a qualquer pessoa menos atenta mas, quando um jornalista mais observador pede um esclarecimento, por mais simples que seja, ele fica furioso, vermelho, quase perde a voz e mete os pés pelas mãos. Desta vez, pelo menos, teve o cuidado de não dar a cara, seguindo o salutar preceito de «antes de falar verificar se o que vai dizer tem mais interesse do que o silêncio». E ficou silencioso!

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