quarta-feira, 13 de maio de 2009

Promessas. Uma doença nacional

Em 7 de Dezembro de 2007, a empresa Auto-Estradas do Atlântico, anunciava a ampliação do troço da auto-estrada do Oeste entre a CRIL e as portagens de Loures, de duas para três faixas em cada sentido. O responsável pela empresa que gere a auto-estrada A8 previa que a obra tivesse início em Janeiro de 2008 e terminasse ao cabo de 16 meses, em Abril de 2009. Mas já estamos em meados de Maio de 2009 e nada de obra terminada, nem sequer iniciada.

Notícia do JN de hoje diz que ontem, 12 de Maio, passados mais de 17 meses após promessa não cumprida, diz que o mesmo administrador da empresa repetiu o mesmo anúncio. Será que desta vez será mesmo verdade o que promete?

Entretanto a estrada EN8 tem sido sobrecarregada com o trânsito de pesados, com incómodo para os camionistas e para os outros utilizadores da via, por efeito de a A8 não garantir segurança para ele.

As pretensas justificações apresentadas para o não cumprimento do anunciado há tantos meses mostram irresponsabilidade, desrespeito pelas populações interessadas na via e incompetência para prever todos os trâmites inerentes às burocracias que condicionam o planeamento e a execução da obra.

E assim vai o País, com constantes e variadas mistificações do pobre povo que já foi considerado por «nobre povo», como diz o Hino Nacional que hoje já não espelha a actual ausência das qualidades de heroicidade e valentia do grande Portugal de outrora.

2 comentários:

José Lopes disse...

Promessas leva-as o vento, e pobres de nós se não estivéssemos já habituados a isso.
Vem aí mais uma época propícia a catadupas de promessas, pelo que é melhor colocar os filtros em funcionamento para não se entrar em euforias injustificadas.
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião.
Num regime normal de gente séria, usa-se a inauguração (inaugurações pl) cerimónia que celebra a abertura ou início de algo. Nós por cá usamos as festividades, com anúncios à imprensa, com os arautos a apregoarem ao povo, que o Imperador acordou com uma ideia, por mais fantasiosa e irreal que esta seja, por mais impossível que seja de realizar.
Inaugurações de verdade são poucas porque as tais ideias e promessas não são concretizadas. Gostava que a RTP mostrasse a cerimónia feita em Chelas, pelo ministro Jorge Coelho, com muita gala, perante montes de papalvos e ilustres figurantes da farsa, em que era inaugurada da ideia da ponte sobre o Tejo entre aquele local e o Barreiro! Hoje, quando passam algumas hortas sem promessas, volta a prometer-se tal ponte.
A promessa é necessária para os actuais políticos tal como respirar é indispensável aos animais. E o pior é que muitos papalvos acreditam e elogiam estes heróis da fantasia.

Transcrevo um e-mail que recebi acerca do TGV
Sob pena de não ser conhecida a minha opinião junto dos meus amigos àcerca deste «BRINQUEDO» aí segue a mesma:
-As aspirações dos mandantes cá do Burgo são perfeitamente destituidas de senso e de responsabilidade (tornando-se por tal altamente suspeitas de servirem altas negociatas (quando equacionam, para um minúsculo território, uma rede de ligações que não lembra ao Diabo (até este, também, desejaria uma que ligasse o inferno ao céu com paragem no purgatório). Em algumas o Brinquedo quando ganhar a sua velocidade útil já terá passado a estação de destino!!! (rectificará a anomalia, claro, fazendo marcha atrás).
-A única ligação que reconheço necessária é, sem dúvida, a de Lisboa-Madrid (ou melhor à nossa fronteira,eventualmente Badajoz, de encontro à infraestrutura/rede espanhola) de forma a que possamos, de facto,ligarmo-nos à Europa. Tudo o resto é uma perfeita «patetice megalómana»; só falta contemplar p.e. uma ligação Evora-Arraiolos ou Porto-Rio Tinto!!!!
-Quanto a esta, porém, somente se concretizaria quando financeira e económicamente o País reunisse condições/disponibilidades para tal, face a esta negra (porque acredito não ser ainda visível e mensurável a sua dimensão e efeitos) crise que «a Corja de notáveis e de boas cabeças, mundial» nos arranjou. Acresce ainda o facto de, pessoalmente, acreditar que a célebre Europa poderá esperar!!!!
Mas vejam o «Brinquedo» desse grande País chamado Espanha em http://www.renfe.es/video.html
V.Clemente
Megalomanias que se traduzirão naquilo que já está publicitado com o nome de «dinheiro vivo», conceito menos abrasivo do que o de «negociata» que atrás é referido.
E assim vai este rectângulo que outrora era um «jardim à beira-mar plantado».
Um abraço
João Soares