segunda-feira, 29 de junho de 2009

Contradições ou anedotas?

É difícil saber o significado das palavras, porque a sua aplicação é, muitas vezes, oposta ao conceito que delas tínhamos. Foi criado o «portal para a transparência das obras públicas» pelo Instituto da Construção e Imobiliário (InCI), organismo público que ficou responsável pela execução do Código dos Contratos Públicos. Esse portal seria destinado a publicitar todos os ajustes directos e derrapagens, em nome da transparência e do rigor no uso dos dinheiros públicos.

Porém, de transparência, apenas tem a palavras no meio do título pois sofre de um mal congénito de opacidade e falta de clareza, dado que a sua criação surgiu numa adjudicação sem concurso público, estando a ser desenvolvido pela Microsoft, num contrato sem transparência e onde já há derrapagens.

Como se trata de uma notícia com pormenores técnicos, sugere-se a leitura do artigo no Público para o que será suficiente fazer clique aqui.

4 comentários:

Luís disse...

Caro João,
Repetindo-me, só acredito que possamos singrar se mudarmos o actual tipo de governação! Até lá viveremos sempre debaixo duma opacidade favorável à corrupção!!!!Eu que sou por natureza optimista até pareço ser pessimista e derrotista....
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luis,

Estamos numa plateia a ver uma farsa, uma permanente aldrabice, sem interesse em defenderem os verdadeiros interesses de Portugal e arranjando pretextos para enriquecerem mais uns amigos, uns comparsas, coniventes, cúmplices da corte.

Repara no caso do Luís Patrão a que se refere o post anterior. Como ele há muitos. Os e-mails dão-lhes publicidade, e é por isso que o Poder absoluto, autoritário, ditatorial, sem escrúpulos quer atrofiar a Internet.

Perdeu-se totalmente a vergonha.
Repara que o vencedor das europeias teve apenas 1,36% do total de eleitores inscritos!!! É muito significativo e, depois, com resultados Destes, dizem que representam a vontade dos portugueses.

Outro dado importante, a data das próximas eleições foi marcada pelos interesses propagandísticos dos partidos, ninguém tendo referido razões de interesse nacional, nem de economia dos dinheiros públicos.
O povo e Portugal não lhes interessa senão como uma oportunidade de enriquecimento rápido, por qualquer habilidade.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Aos leitores e, principalmente, aos que se sentem lesados, peço desculpa pelo erro imperdoável de contas, pois o vencedor das europeias teve 11,66% dos inscritos (1.131.744 votos, sendo os eleitores inscritos 9.704.539).

Cumprimentos
João Soares

Luis disse...

Transcrito de mais-mentiras.blogspot.com :
Quando algum dia estivermos fartos do estado lastimável em que vivemos sob todos os pontos de vista, teremos que começar por o perder orgulho em coisas que não o justificam, esse orgulho em sermos rascas e estúpidos e que desde a Abrilada começou a assassinar os verdadeiros valores éticos, históricos e morais nacionais e a substitui-los por princípios reles.

A auto-estima, no presente igualmente assente em bases semelhantes, também só é justificável quando tem razão de ser. Não quando políticos e jornaleiros no-la querem inculcar; uns para nos sacarem votos, outros para venderem mais patranhas. (...)

(...) No entanto, exímios em marketing, se assim nos falam é por sermos os lorpas que eles sabem, por sabermos que é o que queremos ouvir para votarmos neles.

A culpa é só nossa; eles apenas se aproveitam como desonestos que são, mas não mais desonestos do que aqueles que se regem pelos mesmos princípios, que os seguem e que neles continuam a votar e a lamentar-se em lugar de agir.

Entretanto, parem de chamar a isto uma democracia. Tal como o autor diz – e também com os políticos – de tanto repetir uma mentira acaba-se por se crer que é uma verdade.