sábado, 13 de junho de 2009

Obras Públicas sem controlo ???

Derrapagem dá prémio
C.M. 13 Junho 2009 - 00h30
Contas: Comissões de acompanhamento “diluem responsabilidades” (com que interesse???)

Cinco obras públicas tiveram uma derrapagem total de 241 milhões de euros, mas houve espaço para atribuir milhões de euros em prémios aos empreiteiros e projectistas pelo trabalho desenvolvido.(quem decidiu e porquê???)

Na construção do túnel do Terreiro do Paço, o desvio ao orçamentado foi de 29 milhões. Mesmo assim, os responsáveis públicos decidiram atribuir 16 milhões de euros ao empreiteiro responsável. Para além da derrapagem de 29 milhões, o atraso nos prazos de conclusão na obra do Terreiro do Paço foi de 2,8 anos, segundo o último relatório do Tribunal de Contas (TC).

Também na Casa da Música, que das cinco empreitadas tem a pior classificação em todos os sentidos, com uma derrapagem de 62 milhões de euros e um atraso de 4,6 anos, houve margem orçamental para atribuir 10,4 milhões de euros ao empreiteiro "a título de gestão e coordenação".

O TC, que se refere a estes prémios como "aspectos peculiares", refere ainda que, apesar dos prazos não terem sido cumpridos", os projectistas envolvidos receberam um milhão de euros como prémio e honorários "superiores aos devidos".

A entidade liderada por Guilherme d’Oliveira Martins critica ainda as comissões de acompanhamento, cujo funcionamento é "ineficaz" e que servem para "diluir responsabilidades".

No total, as cinco obras custaram aos contribuintes 726,4 milhões de euros quando o custo calculado era de 401 milhões de euros.(...)

Para ler o artigo completo fazer clic aqui.

4 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Na realidade as comissões de acompanhamento só têm servido para diluir as responsabilidades de quem decidiu tais obras. As derrapagens verificam-se, na maior parte dos casos , por falta de estudos adequados e planificação na sua execução. Há que parar para pensar antes de tomarem decisões!
Mas apesar das diversas intervenções de Cavaco Silva nesse sentido os nossos (des)governantes continuam a fazer tudo apressadamente em cima do joelho, especialmente agora que se está em período eleitoralista... Nada a fazer a não ser mostrar novamente o cartão, mas desta vez vermelho, nas próximas eleições!
Um abraço muito amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,
Estes casos colocam em evidência o s~desrespeito pelos dinheiros públicos que são desviados sem consciência, sem limites. Falta de responsabilidade, de actuação da Justiça contra a imunidade e impunidade dos políticos. Projectistas incompetentes e desleixados que não fazem um projecto perfeito, completo, para poderem ganhar o concurso (provavelmente entram umas «atençõe» no bolso de quem aprova o projecto e adjudica a obra!) e que no decorrer da obra justificam obras não previstas no projecto, com as quais os reSponsáveis do governo ou das autarquias concordam (provavelmente, a troco de mais atenções!). No fim, ainda não satisfeitos com tudo o que se passou e que se traduziu nas derrapagens em tempo e dinheiro público, ousam dar aos incompetentes e desonestos (mas amigos e cúmplices) prémio de excelência!!! (de que uma parte se vai juntar à conta do representante do «dono da obra», o tal político que está habituado a sugar sob qualquer pretexto.
Olhando para isto, compreende-se o esforço feito durante as campanhas eleitorais para ganhar votos que permitam depois sacar tantos benefícios.
É imperioso que haja controlo apertado e rigoroso nas despesas públicas, que se combata a corrupção e o enriquecimento ilícito e que deixe de haver sigilo bancário para quem vive à custa do estado ou com ele tem negócios.

Um abraço e bom Domingo
João

ANTONIO DELGADO disse...

Nem vale a pena comentar aquilo que é óbvio demais.

um abraço.

A. João Soares disse...

Caro António Delgado,
Realmente é óbvio de mais para quem observa com isenção o que se passa. Mas aqueles que deviam tomar conhecimento pleno destas realidades, esforçam-se por fingir que ignoram. É o faz de conta. E já passaram vários anos desde que prometeram criar um observatório.
Um abraço
João