domingo, 19 de julho de 2009

Discutir para decidir

Depois do post Pensar antes de decidir, encontrei hoje num artigo de opinião do Correio da Manhã, que transcrevo, a mesma ideia aplicada ao funcionamento dos partidor políticos, num momento em que se torna urgente rever as prioridades, e enfatizar o esforço de esclarecer a população por forma a permitir aos eleitores votar em consciência no dia das eleições. Esse esforço produziria também nos políticos um melhor conhecimento real da situação e aprender a separar o essencial do secundário.

O artigo não permite salientar uma ou outra frase porque todo ele é sumo. É uma lição condensada, intensa, densa em que nada se pode desperdiçar. Vale a pena ser lido principalmente pelos decisores políticos.

Discutir para decidir

CM. 19 Julho 2009, por João Vaz

Desde criança que todos nós cultivamos admiração por quem clama "O rei vai nu!" O conto infantil tradicional tem uma lição poderosa: o pensamento dominante cobre muitos embustes; e é difícil alguém levantar-se contra o estabelecido.

O contributo para o debate político lançado com assinaturas de 25 intelectuais traz um alerta necessário. Nas campanhas eleitorais aposta-se muito mais no marketing do que no esclarecimento.

Portugal, que já tem uma das menos diferenciadas alternativas partidárias, com PS e PSD a evocarem o mesmo tipo de preocupações sociais e igual cartilha económica, encontra-se carente de debate político. São muitas as experiências frustrantes de cidadãos que se vêem rejeitados quando tentam discutir os problemas do País nas instâncias partidárias. Ficam fora porque não há tempo para discutir ideias. Passa sempre à frente a urgência de tratar da atribuição de um qualquer lugar público.

Não se discute políticas antes de se decidir escolhas. E é grave que isto seja assim. Recentemente, vimos como se queimou a hipótese Jorge Miranda para provedor de justiça ao pôr o nome da pessoa à frente do acordo partidário. Resta saber se o clamor "o rei vai nu!" pega no Verão. É que, agora, o fresco é o mais desejável. Mas é urgente encontrar o hábito e a organização para discutir política. Política mesmo, não só nomeações.

2 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Bem postado pois está sucinto mas muito bem enquadrado no tempo eno espaço político que vivemos.
É necessário manterem-se estes alertas para que o Zé Povo acorde de vez e mostre o cartão vermelho a esta politiquice barata (que nos sai tão cara), matreira e corrupta que se tem vivido até agora!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

O texto de João Vaz está tão concentrado, sem nada de excessivo, que pensei dar ênfase com cor e bold a algumas frases mais expressivas e desisti dessa ideia porque tudo é sumo, do bom.
Um abraço
João