sábado, 1 de agosto de 2009

Chamem o ‘Guinness’

Ao ver no JN a notícia «Honduras: Tribunal ordena prisão de Zelaya e três ex-ministros por vários crimes» veio à memória o post «Aprender as lições» em que referia casos no estrangeiro em que a lei é aplicada igualmente para todos, independentemente do seu estatuto social, grau de fortuna, ligações ao poder político, cor do colarinho ou uso de gravata. O caso mais recente foi o da notícia «Fátima Felgueiras absolvida de todos os crimes no processo do futebol».

E estava de tal maneira embrenhado em tais cogitações que não me podia passar despercebido o artigo de João Pereira Coutinho no CM, que transcrevo:

Chamem o ‘Guinness’

Nos Estados Unidos, a pátria do ‘capitalismo selvagem’, qualquer roubalheira é punida com dureza. Lembremos Bernard Madoff, o conhecido investidor que, depois de brincar com dinheiro alheio, passará os próximos 150 anos na cadeia. Quando sair, o sr. Madoff terá uns respeitáveis 220 anos. Esperamos que o cárcere lhe sirva de lição.

Em Portugal, é o deserto: puxamos pela cabeça e não encontramos ninguém para a troca. Até Fátima Felgueiras foi agora absolvida no caso do futebol, isto depois de ter levado três anos de pena (suspensa, obviamente) no caso do ‘saco azul’. E quem diz Fátima, diz Avelino. Ou Isaltino. Como explicar o fenómeno?

Os pessimistas acusam a justiça de ineficácia e até compadrio. Eu, mais optimista, prefiro explorar a hipótese de sermos o único país do Mundo onde, simplesmente, não existem corruptos. Alguém devia chamar o ‘Guinness’.

João Pereira Coutinho, Colunista

NOTA: Este artigo vem dar força ao comentário do remetente (JMS) do e-mail que difundia o artigo sobre Fátima Felgueiras, que se transcreve:

Isto é que é justiça!!
Primeiro foi o Ferreira Torres, depois, o Valentim das Batatas, depois o Pinto da Costa e agora esta.
Só falta o Isaltino!
Algo muito grave se passa na Justiça deste País!
Ou são os juízes ou o Ministério Público.
Mas que cada vez cheira mais a podre é a única certeza que temos!

Até quando continua este caminhar para o abismo?

E, entretanto o que fazem os Portugueses?

Assobiam para o lado, deleitam-se com o futebol e sonham com as aventuras da vida cor de rosa!

José M. S.

Ps: Para compor o ramalhete só falta o caso Freeport ser arquivado!!

E, com isto, mantêm-se sem resposta as perguntas: Quem faz as leis? Qual a colaboração dada pelos juízes na elaboração das leis? Que tipo se sentido de Estado está presente na elaboração das leis e dos códigos que enformam a justiça? Que futuro se pretende para Portugal?

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