domingo, 9 de agosto de 2009

Políticos que devemos respeitar???

Transcreve-se este artigo do JN que mostra que, na nossa democracia (já com 35 anos), a competição entre facções se resolve com cadeiradas em vez de argumentos na luta de ideias e de projectos para melhoria da vida dos cidadãos. Faz falta um manual ético para políticos que crie condições de motivo para respeitarmos aqueles em quem delegamos os poderes de soberania.

Eleição no PS da Sé acaba à pancada
JN. 090809. MARTA NEVES

O acto eleitoral para escolher o responsável pela secção do PS da Junta de Freguesia da Sé, no Porto, foi anulado, ontem, sábado, à tarde, na sequência de uma cena de pancadaria. Duas pessoas receberam assistência hospitalar.

José António Teixeira, presidente da Junta de Freguesia da Sé e líder da lista B na dita eleição, descreveu, ao JN, o incidente, que aconteceu no secretariado do Partido Socialista, na Viela do Sol, como um "acto pouco digno de uma democracia madura".

"O meu filho (Sérgio Alexandre, 27 anos) estava na fila para proceder ao acto eleitoral, juntamente com vários militantes, quando foi agredido com uma cadeira por Jerónimo Castro (presidente da Assembleia da Junta da Sé), que se encontrava na mesa de voto, juntamente com o filho, Miguel Castro, delegado da lista A". "Há dois anos que estes senhores têm-me feito uma vergonhosa oposição, mas nunca nada chegou a este ponto", afirmou José António Teixeira.

Tendo as eleições para o Secretariado da Secção do PS da freguesia da Sé ficado anuladas, o Autarca lamentou que "este problema tenha que ser resolvido pela concelhia do PS".

Já Miguel Castro, em declarações à Lusa, disse que "o presidente da Junta invadiu a assembleia de voto, acompanhado do seu filho e de mais três pessoas, e, após várias provocações" agrediu-o a si e ao presidente da mesa, Jerónimo Castro.

Ao que o JN conseguiu apurar, o filho do presidente da Junta de Freguesia da Sé foi ao Hospital Santo António "tratar de uma agressão no sobrolho", segundo disse o pai. Também Miguel Castro recebeu tratamento, na mesma unidade hospitalar, a diversas escoriações na face.

Denúncia de desvio de verbas

O advogado Miguel Castro tem encabeçado uma forte oposição ao actual presidente da Junta da Sé, José António Teixeira. Foi Miguel Castro quem denunciou o alegado desvio de verbas da autarquia. Em causa neste processo, que o Ministério Público decidiu levar a julgamento (a 27 de Outubro, no Tribunal de S. João Novo), estão 4900 euros que alegadamente foram transferidos pela Junta para a conta da mulher do presidente. Em 2006, o presidente terá solicitado que lhe fosse adiantado o valor de três salários e o subsídio de féria desse ano. Para além de ter recebido o adiantamento, José António Teixeira terá continuado a receber os vencimentos que já tinham sido adiantados. Coube igualmente a Miguel Castro, membro da Assembleia de Freguesia da Sé, impugnar, em Abril de 2008, as eleições para o Secretariado da Secção da Sé do PS.

3 comentários:

Maria Letr@ disse...

Vira o disco e toca o mesmo. Acho que estamos, realmente, a caír em queda verticalíssima! Andam todos a viver à custa do dinheiro que não lhes pertence o qual, bem distribuido, mataria a fome a muita gentinha.
Beijos.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Cara Amiga Mizita,

Já que coloquei um ponto de interrogação no título, a reposta é: Não podemos acreditar em nenhum. Salvo eventuais excepções, são a escória de Portugal.
A sua carreira é mais ou menos a seguinte: Na adolescência, os maus alunos, filhos de gente ligada ao orçamento, vendo-se sem capacidade para enfrentar a competição da vida privada, inscrevem-se numa juventude partidária, habituam-se a aplaudir os oradores de comícios, a agradar aos líderes e, com essas «qualidades», são escolhidos para assessores, deputados, depois governantes e... por aí acima até «merecerem» um «tacho dourado».
Porém, com tal experiência de aplausos e de subserviência disciplinada, não obtêm capacidade para «avaliar a realidade». Vê-se na eficácia do corpo legislativo que nada melhora, antes pelo contrário.

E o mal é que os portugueses adoram os «super-gajos» e votam neles.

Beijos
João

Maria Letr@ disse...

Pois ... e não vale a pena acrescentar mais nada a isto. É uma autêntica carneirada.
Maria Letra