domingo, 6 de junho de 2010

Austeridade nas reformas


Transcrição de notícia do Público:

Passos Coelho defende limites para reformas
Público. 06.06.2010. Por Lusa


Políticas de austeridade

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu hoje que os exemplos de austeridade têm que partir do Estado, defendendo que estas medidas devem também reflectir-se na própria máquina do Estado, designadamente nos limites para as reformas.

O presidente do PSD argumentou que o exemplo tem de vir do Estado

Aqueles que receberam pensões muito elevadas também têm que dar o exemplo. Nós devíamos limitar em Portugal, por lei, as pensões máximas e aquelas que se podem acumular”, afirmou.

E a tendência deveria ser cada vez mais não há acumulação de pensões. Num estado de necessidade não pode haver acumulação de pensões e de pensões muito elevadas”, acrescentou.

Pedro Passos Coelho, que falava em Portalegre durante um almoço convívio com militantes e simpatizantes do PSD, voltou a defender a redução dos vencimentos na classe política.

“Diz o primeiro-ministro que não acredita em gestos simbólicos, mas como foi preciso fazer um acordo com o PSD teve de aceitar que se baixasse em cinco por cento os salários da classe política”, disse.

“Eu não faço demagogia com isso, não é que os políticos ganhem muito, mas têm que dar o exemplo e o Estado tem que dar também o exemplo”, concluiu.

3 comentários:

Mentiroso disse...

Caro A.J.S.,

Não há novidade. Se os outros partidos nada dizem a esse propósito e o clamor do povo, ainda que cobardemente baixo, como é uso, se ouça um pouco sobre isso, ele limitou-se a aproveitar a deixa. Um trunfo no seu baralho batido e sebento.

Se ele não tivesse as ideias que tem proclamado e agora escondido com falsidade para sacar votos aos incautos, até poderia ser uma boa alternativa, mas como que fazer, não. Quer reduzir um pouco os impostos e retirar todos os auxílios prestados pelo estado aos mais pobres, pôr a saúde em mãos privadas e permissão de roubo à vontade. Não quer fazer como na Suíça, em que à parte os hospitais (e nem todos) são do estado, o restante tudo privado. Mas alto lá, todos têm direito aos mesmíssimosserviços sem qualquer restrição nem discriminação: se não puderem pagar as quotas, o estado paga-as por eles. Como ele pretende, os mais pobres formarão uma classe baixa e a divisão entre ricos e pobres aumentará. O mesmo com as reformas.

Mas seremos todos surdos ou tão estúpidos a ponto esquecermos o que ele nos contou ainda há tão poucos meses, já depois de o afirmar durante as últimas eleições?

Vangloria-se por não ter proposto uma baixa superior a 5% para os salários dos políticos quando outros países chegaram a 20% ou 15% e diz que não faz demagogia! Que chamar então a isso?

Um abraço

Luis disse...

Caro João,
Seja ou não seja demagogia barata há que fazer como se está a proceder em Espanha, no Reino Unido e outros Países. O Estado tem que dar o exemplo e as reformas e as indemnizações (?) e outras mordomias todas elas "pornográficas" têm que acabar!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caros Mentiroso e Luís,

Certamente que este político não estará a fugir muito do sistema vigente!
Mas temos que lhe dar valor, ao fazer eco daquilo de que as pessoas pensantes se queixam. As suas palavras podem ser um primeiro passo para a ruptura que se espera. Já se fala na redução do número de deputados, na limitação de reformas escandalosas, na importância e urgência de reduzir o fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres, na necessidade de reduzir as nomeações por amiguismo e passar a usar concursos públicos honestos para a admissão de pessoal, no combate à corrupção e ao tráfico de influências, na redução da burocracia, etc. etc.
É bom que haja políticos bem posicionados que defendam estas reformas, por is isso dá força aos cidadãos que as reivindicam.

Abraços
João
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