quarta-feira, 17 de novembro de 2010

EUA preferem a diplomacia à guerra com o Irão

Neste espaço já foi por várias vezes realçada a vantagem de os atritos entre Estados serem negociados por via diplomática, com conversações ou negociações, directamente ou com a intermediação de estadistas prestigiados, em vez das soluções musculadas demasiado destrutivas e que deixam intenções ressabiadas de retaliação ou vingança. Cito, como exemplo os posts A Paz pelas conversações e A Paz no Mundo será possível?. Por isso é com grande prazer que deparo com a seguinte notícia, que não deve ser deixada sem a ênfase que merece.


EUA dizem que um ataque ao Irão uniria o país
Diário Digital. terça-feira, 16 de Novembro de 2010 | 14:33


Um ataque militar contra o Irão uniria o país, que está dividido, e reforça a determinação do governo iraniano para procurar armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, esta terça-feira.


Num discurso perante o conselho director do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irão a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que acções militares somente iriam retardar - e não impedir - que o país obtenha essa capacidade.

Imagem da Net.

2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Mas não é fácil conversar com aquela gente, caro João.
A minha mulher esteve lá a dar formação.
O ambiente é de terror.
Até mesmo para quem lá está como convidado.

A. João Soares disse...

Caro Pedro Coimbra,

Estou consciente das dificuldades que aponta. Além dos interesses egoístas dos Estados há, como neste caso, tradições e maneiras de ser difíceis de se ajustarem a um ambiente de paz universal. Mas quero alimentar a esperança de que os diplomatas consigam encontrar argumentos que conduzam a uma convivência aceitável com a comunidade internacional. A diplomacia tem que encontrar maneira de ir além do copo e do croquete.
O mundo já passou por situações muito difíceis como a da Guerra Fria, em que estavam frente a frente dois blocos militares armados com poder para destruir toda a vida na Terra e, pela diplomacia, conseguiram nunca passar do «ponto de não retorno».
O caso específico dos mísseis para Cuba, com todos os pormenores de informações e manobras dissuasoras, constitui um tratado de contenção da guerra e defesa da Paz.

Não devemos perder a esperança!!!

Um abraço
João
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