terça-feira, 31 de maio de 2011

Portugal acima de tudo

Para resolver os problemas é sempre necessário começar por os analisar e equacionar pois, sem se conhecer o ponto de partida, não se pode definir o rumo para chegar à meta, ao objectivo. E, por esse critério, em situação de crise, é preciso tomar conhecimento perfeito das realidades e conjugar todos os meios, recursos e vontades para dela sair.

Assim, há que evitar perder tempo e energia no Ping-pong político, é imperioso que se recusem atritos entre esquerda e direita e se conjuguem todas as competências que devem ser valorizadas e priorizadas, para bem do objectivo nacional e deve suavizar-se o discurso dos principais partidos para não comprometer a convergência de esforços em defesa dos reais interesses nacionais que devem ser sempre colocados acima dos interesses privados e partidários.

Desta forma, para obter o melhor resultado dos sacrifícios exigidos aos portugueses deve haver a maior moderação e responsabilidade “antes e depois das eleições”. O destino das gerações mais jovens exige esses cuidados dos actuais e futuros líderes políticos nacionais.

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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pensar antes da decisão e recusar tabus

Transcrição de notícia seguida de NOTA:

Jerónimo de Sousa: Saída do Euro “não deve ser tema tabu”
Público. 30.05.2011 - 17:44 Por Nuno Sá Lourenço

O secretário-geral do PCP, defendeu em Santiago do Cacém um “amplo debate” sobre a moeda única europeia. “É um debate que deve ser feito, não deve ser tema tabu”. Questionado pelos jornalistas nas oficinas da câmara, o candidato comunista disse que o assunto deve ser “equacionado com transparência, frontalidade”: “Não podemos recear o debate.”

O líder comunista não quis expressar a sua posição sobre a permanência ou saída do euro, tendo antes insistindo na necessidade do debate. “Com base naquilo que for apurado se tirarão as conclusões”, rematou.

Jerónimo de Sousa afirmou hoje ao PÚBLICO, em entrevista, que “mais tarde ou mais cedo vamos ter de sair do euro”, questionando os juros aplicados pela União Europeia no resgate financeiro, traindo o princípio da coesão económica e social.

NOTA: Já há muito tempo foi referida uma metodologia para a decisão, Pensar antes de decidir, em que no ponto 3 consta: «Depois, esboçar todas as possíveis formas ou soluções de resolver o problema para atingir o resultado, a finalidade, o objectivo ou alvo; nestas modalidades não deve se preterida nenhuma, por menos adequada que pareça.» Não há lugar para tabus. Tudo deve ser analisado antes de vir a ser aprovado ou rejeitado, e só então então teremos a certeza de que foi escolhida a melhor solução, a modalidade mais justificada e defensável.

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Dignidade na política é indispensável

O secretário de Estado da Função Pública francês, Georges Tron, apresentou neste domingo a sua demissão, dias depois de se ter visto envolvido num escândalo sexual. O primeiro-ministro François Fillon elogiou a coragem e o sentido de responsabilidade deste governante.

Na sua carta de demissão, citada pelo “L’express” explica que, enquanto “simples cidadão” irá lutar pela sua inocência, enquanto combate a “acusação vingativa” de duas ex-funcionárias, “uma demitida por desvios de fundos públicos e outra por conduta imprópria.”

NOTA: A defesa da imagem deve fazer-se por atitudes, factos, decisões sensatas e não apenas por palavras falaciosas como tem acontecido por cá. Georges Tron errou como pode acontecer a qualquer ser humano, mas reconheceu e agiu com dignidade ao pedir a demissão. O PM François Fillon teve reacção de igual dignidade e sentido ético.

Assim se limpa a imagem depois de um erro.

Por cá, pelo contrário, os nossos políticos não hesitam em manter sobre si as manchas de erros ou de simples suspeitas que lhes eivam a figura, provenientes de graus académicos pouco claros, corrupção, decisões de compadrio, má utilização do dinheiro público, etc. etc.

Será bom colocar os olhos nos bons exemplos que chegam de países onde os valores são respeitados.

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sábado, 28 de maio de 2011

Confiança em perda

Quando um avião entra em perda, por qualquer deficiência de potência, será difícil evitar a aterragem forçada ou a queda. Situação semelhante se pode passar quando se perde a confiança, pelo que é preocupante que haja Famílias portuguesas cada vez menos confiantes na economia.

E a perda de confiança das famílias não acontece por acaso, pois são muitos os sinais preocupantes que a Comunicação Social transmite:

Finanças confirmam “ajustamentos pontuais” entre as duas versões do acordo com a troika

Eduardo Catroga desconhece “completamente” existência de duas versões do acordo com a ‘troika’

Passos exige explicações sobre alterações ao acordo com a "troika"

Acordo com a troika “não permite ficar pela cosmética”, diz Carlos Costa

Desconhecimento de segundo texto do acordo da troika é “inacreditável”, diz Ribeiro e Castro

CDS não foi informado de alterações ao acordo com a "troika" e já pediu explicações

Portas diz não ter sido informado de alterações ao acordo

“Então não sabem o que é que assinaram?”, pergunta Louçã sobre acordo com a troika

Louçã: "Então não sabiam do que falavam?"

Sócrates diz que partidos tinham conhecimento de dois documentos sobre ajuda externa

Sócrates fala em "compatibilização" de documentos e partidos assinaram ambos

Jerónimo de Sousa: "Tanta pressa para tramar os trabalhadores"

Finanças confirmam "ajustamentos pontuais" do acordo com a troika

Parece que o acordo com a troika é muito semelhante aos PECs que se sucederam em várias versões, até chegar a uma nova fase antes declarada indesejável. Por isso, é compreensível que haja muitas dúvidas acerca dos dias que hão-de vir!!!

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Voto em branco tem significado político

Transcrição do blog O Povo, por ser oportuno e muito esclarecedor:

Abstenção: não
Público 2011-05-27 Luís Campos e Cunha, professor universitário

A abstenção não faz qualquer pressão para os partidos se abrirem e reformarem, nem incentiva novas alternativas de voto.

Não votar, abstendo-se, ou votar branco (ou nulo) são atitudes radicalmente diferentes. São idênticas do ponto de vista legal, mas politicamente muito diferentes. E estas eleições são as eleições mais importantes desde as eleições para a Assembleia Constituinte em 1975. Portanto, cuidado.

Em eleições, a abstenção tem pouco significado político. Tem aumentado como sabemos, donde se conclui uma vaga insatisfação com o sistema político-partidário que nos rege. Como tem um significado ambíguo, os partidos pouco se incomodam com o aumento da abstenção e apenas choram cínicas lágrimas de crocodilo. É tudo e é pouco.

De facto, mais uma pessoa a abster-se pode ser muita coisa: o sujeito morreu, mudou de residência, o eleitor está com uma amigdalite, está descrente na política, foi à praia, ou ainda os cadernos eleitorais estão desactualizados. Pode ainda ser um sujeito que não acredita na democracia ou, simplesmente, nesta democracia. Nunca saberemos.

Politicamente a abstenção não tem, de facto, muito significado, por muito elevada que seja. Além disso, para qualquer partido perder um voto para a abstenção é meia vitória: menos um que não vai votar no partido concorrente e menos um sujeito com quem se preocuparem. Ou seja, a abstenção não faz qualquer pressão para os partidos se abrirem e reformarem, nem incentiva a que apareçam novas alternativas de voto, ou seja, novos partidos. Por isso, abster-se é pouco inteligente.

A democracia e a liberdade assentam nos partidos. A democracia não se esgota nos partidos, mas estes são os pilares do sistema. E todos temos a sensação que algo vai muito mal nos partidos existentes (uns mais do que outros, naturalmente). Falta credibilidade à classe política e partidária e falta interesse por parte dos mais jovens em participarem politicamente nos partidos existentes. Portanto, a renovação da classe política não se faz, e quando se faz é muitas vezes para pior. O fenómeno não é exclusivo de Portugal, mas é particularmente agudo no nosso caso.

As instituições, como as universidades, os hospitais públicos ou os partidos políticos (e contrariamente às empresas em concorrência) não se auto-reformam. No caso dos partidos, é necessário que haja pressão da opinião pública de forma clara e, eventualmente, organizada para os partidos mudarem e para aparecerem mais alternativas. Como?

Como vimos a abstenção não coloca essa pressão nos partidos. Em certo sentido até reduz; é menos um cidadão a chatear. Mas o voto nulo/branco é bem diferente. Quem vota nulo não morreu, não foi à praia, não mudou de residência, não se borrifou , gosta da democracia e exerceu o seu direito e o seu dever de cidadania. Pelo contrário, não tendo morrido, não foi à praia para ir votar branco. Votando branco/nulo foi dizer, de forma muito clara, que gostaria de ter votado num partido, mas que nenhum satisfaz as suas exigências mínimas para lhe dar a confiança de governar. Por isso, votar branco/nulo é, politicamente, tanto ou mais significativo que votar num partido. É votar contra todos os que se apresentam a votos. É portanto muito diferente da abstenção, como fica claro.

Como cidadãos o nosso dever é, antes de mais, votar. Segundo, devemos procurar conscientemente votar num partido. Se, em terceiro lugar, nenhum partido satisfaz, devemos votar branco/nulo.

Os brancos e nulos têm vindo a aumentar, mas continuam a ser um pequeno resto a que não se dá importância. Mas imagine-se que os votos brancos e nulos passam a 10% dos votos expressos! Isto, legalmente, não teria impacto, mas politicamente seria uma pedrada no charco pantanoso em que o país se vem atolando. Nenhum partido ignoraria que 10% dos votantes estão desejosos de conseguir votar nalgum partido digno de os representar. Podem ser os partidos actuais, para o que se teriam de renovar, ou um hipotético novo partido, o que obrigaria os actuais a renovar-se. O resultado de 10% de votos brancos seria o mesmo: um valente susto na classe partidária instalada, num poder a que só os actuais têm acesso.

Para que não fique a ideia de que defendo o voto branco ou nulo em substituição de uma escolha partidária, faço notar que esta eleição é um verdadeiro referendo a Sócrates, que nos levou à bancarrota e à mendicidade internacional. Como Carlos Fiolhais defendeu, a democracia também serve para afastar os que não servem: e Sócrates não serviu nem vai servir. "Se a escolha em Portugal fosse, por hipótese, entre o actual primeiro-ministro e o Rato Mickey, eu não hesitaria em votar no boneco da Disney." Defendo o voto branco ou nulo como alternativa ética e política à abstenção.

Assim, ou votamos branco-nulo, ou votamos num dos partidos actuais: essa é a escolha. Abster-se é um erro grave e sinal de fraca inteligência. É a última esperança de um cidadão consciente. Mais tarde reivindicaremos que o voto branco tenha representação parlamentar com uma cadeira vazia. E nessa altura veremos a abstenção a baixar e muito. Também porque a partir daí os partidos actuais seriam diferentes e para melhor.
Professor universitário

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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Em Democracia Não Devia Valer Tudo

Transcrição do post do blog Mentira

Artigo da autoria do Dr. Fernando Paulo Baptista sobre o seu colega Dr. Fernando Nobre. Sem comentários. De lembrar, apenas, que o «barrete» serve a todos os que de um modo ou de outro tenham o mesmo procedimento, o aprovem, ou dos impostores se sirvam; não excluindo os outros, no caso presente, o Pedro Coelho e a sua oligarquia mafiosa dos mestres do rouco, como o se conselheiro Dias Loureiro. Não se limita ao Coelho e é geral. A mentira, a falsidade e o oportunismo pela ignorância e pela imaturidade política dos portugueses há muito que se instalaram no país. Não o ver é aprovar. Por isso se aprovam os corruptos, votando neles. Nada mau – tem-se o que se aprova.

Em Democracia, não deveria valer tudo!…

Por princípio e por formação, respeito a «diferença» que em todos nós existe e nos acompanha inelutavelmente ao longo da vida e, com ela, a inteira liberdade de fazer opções... É nessa base que não posso deixar de ponderar as implicações que decorrem da igualmente livre assunção de compromissos políticos, sobretudo quando se invocam, na ágora da Pólis, princípios de natureza ético-axiológica para fundamentar, sustentar e credibilizar esses mesmos compromissos...

A essa luz, não consigo compreender que tenha sido possível trocar um «Projecto de Cidadania de Homens e Mulheres Livres, Responsáveis e Independentes», um «Projecto» assente em Valores Humanistas Universais como aquele que Fernando Nobre nos propôs e defendeu durante a recente campanha das Presidenciais, como alternativa ao que ele chamou de «sofoco» atrofiante e estagnante da «partidocracia» e da «mediocracia» reinantes — sofoco esse, responsável, segundo ele, pelo «lastimável estado de coisas» a que chegámos e no pressuposto de que as potencialidades da Democracia estão bem longe de se esgotar na intervenção política protagonizada pelos partidos...

Não consigo compreender, repito, que tenha sido possível trocar um tão esperançoso e mobilizador «Projecto», depois de, ainda bem recentemente, ter reiteradamente afirmado e garantido, em tom assertivo e categórico, que jamais aceitaria convites para ingressar em partido algum, fosse ele qual fosse!...

Então o que é que o terá levado a «trocar» esse tão rico, tão sedutor e tão inovador «Projecto» transpartidário pela «adesão» (repare-se que não digo «inscrição» ou «filiação»...) a um partido, independentemente de ser aquele ou de ser outro, mas a um partido que ele igualmente atacou (mesmo que venha agora invocar o protector mas já estafado “guarda-chuva” de que concorre como «independente»...)?...

Então, na sua campanha de candidatura presidencial, não invocou sistematicamente essa mesma prerrogativa da «independência»?... Afinal, o que é que, para Fernando Nobre, passou a significar esta palavra? Que «independência» era aquela que ele defendeu nas presidenciais e que «independência» é esta de que fala agora?...

A resposta para aquela referida «troca» é bem simples, se for tido na devida conta aquilo que todos ficámos a saber... E basta de mais mistificações: trocou tudo por uma aleatória e efémera «cadeira de poder», ou, como diria o meu saudoso Padrinho e Poeta Azevedo Pinto («Rijo»), trocou tudo «pelo tacho e pelo penacho», opção que não deixa de estar em perfeita sintonia com o que ressalta da divulgação do «organograma» (e de vários testemunhos que não são «anónimos», porque, se o fossem, repugnar-me-iam!...) do que tem sido a “nobilíssima” governação da ONG denominada AMI (vejam-se, entre outras, as seguintes referências na Internet, com autoria bem identificada:

http://triplov.com/triplo2/2011/04/16/organograma-da-ami/

http://onlinebackupv.posterous.com/organograma-da-ami

http://groups.google.com/group/ia99/browse_thread/thread/0e5ec131c1e7f701...

http://memoriarecenteeantiga.blogspot.com/2011/05/no-organograma-ami.html

http://aespeciaria.blogspot.com/2011/04/ami-de-fernando-nobre.html

http://s3.amazonaws.com/files.posterous.com/onlinebackupv/IgjnEay5JBnG2JrGElrbbDOIjNtXHx0KZoR1TgW6vOKqpjLNEbKkwX4YBODR/OrganogramaAMI.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAJFZAE65UYRT34AOQ&Expires=1305629929&Signature=lCgKwh8MhlA0Bc9pscU41duq7rs%3D).

É, na verdade, muito triste e muito preocupante não saber honrar a palavra dada e inequivocamente repetida em público perante todo o País!...

Na minha qualidade de Membro Honorário do Movimento Internacional da Telemedicina, eu era um velho amigo e admirador do médico Fernando Nobre, Presidente da AMI. Acreditei nele, ao ponto de ter tido a intervenção que tive no dia da apresentação da sua candidatura em Viseu, quando, na sequência do «diagnóstico» e da caracterização «patológica» da actual situação política, afirmei, em registo metafórico-alegórico, perante a numerosa assembleia de apoiantes: «O País está tão doente que só um Médico o pode salvar!... É por isso que também estou aqui para apoiar Fernando Nobre!...».

Sinto-me, consequentemente, defraudado e envergonhado, tanto mais que não estou filiado em partido nenhum. E, embora respeite os partidos, não sinto «vocação» para a vida partidária, pelo que prefiro ser um cidadão realmente independente de qualquer «máquina» dessa natureza e porque, na «visão franciscana», englobante e «inteira» (íntegra) do mundo e da vida que tento cultivar, me sinto despojado de qualquer ambição de poder...

Defendo, sim, um «Projecto de Cidadania» humanista e universalista, holística, polifónica, integral, intercultural, inclusora e respeitadora de todas as diferenças, à escala local, nacional, europeia e planetária... Esse é o sonho que me move e que dá sentido à minha existência: veja-se, a propósito, o que venho defendendo, há largos anos, nos meus estudos, ensaios e reflexões, nomeadamente, no Polifonia, Poiese & Antropopoiese...

Devo confessar, porém, que tenho bons Amigos em todos os partidos dos diferentes quadrantes, alguns deles com indiscutível valor e que muito admiro pela sua cultura, competência, coerência e integridade... Mas não posso deixar de reconhecer também, com toda a frontalidade, que anda por lá muita gente inculta, medíocre e oportunista, apenas à espreita de um lugar bem remunerado no «poleiro» do poder, em troca de uma «fidelidade» (no fundo a si próprios e aos seus mesquinhos «interesses» pessoais...) e de uma militância sem nível, sem ideias e sem grandeza...

Por outro lado, e salvo honrosas excepções, não tem havido, a nível nacional, lideranças com qualidade estratégica, pelo que a condução política do País é o que se tem visto, sobretudo nestas duas últimas décadas pós-25 de Abril, apesar de tanto dinheiro que veio da Europa...

É por tudo isso que não consigo esquecer-me daquilo que um ex-ministro, meu amigo, escreveu e um dia me reiterou acerca de um famoso e devorador «monstro» (e de seu esfíngico «pai»...) que tem persistido até hoje: basta pensar, num contexto de tanta dificuldade, pobreza e sofrimento, na intocada manutenção das altas remunerações e mordomias, seja no sector público, seja no sector privado!... Como se o nosso tão calvariado Povo e País não fosse aquele mesmo e único País e Povo, já com mais de oito séculos de História!... Só que os «abutres» e os «vampiros» que tantas vezes se autoproclamam de «Patriotas» não o largam: sugam-lhe a carne e chupam-lhe os ossos... Basta recordar a sempre actual «lição» do nosso imortal Camões: Os Lusíadas, IX, 27-28:

«E vê do mundo todo os principais,
Que nenhum no bem público imagina;
Vê neles que não têm amor a mais
Que a si somente, e a quem Filáucia ensina;
Vê que esses que frequentam os reais
Paços, por verdadeira e sã doutrina
Vendem adulação, que mal consente
Mondar-se o novo trigo florescente.

Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino, e ao povo, caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade;
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade;
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.»

Perante a decepção provocada por esta tão grave incoerência e «traição» de Fernando Nobre (que pensava serem exclusivas dos habituais «cata-ventos» e «troca-tintas» que têm proliferado na nossa nevoenta cena política politiqueira), não posso silenciar a minha indignação, motivada pela sua aceitação de um convite que se me afigura muito mais «oportunista» do que outros de que nos vamos dando conta, sobretudo nos partidos do chamado «arco da governação». Mais ainda: chega mesmo a ser confrangedor vê-lo, sem o menor recato, a percorrer o País, na posição de «fiel seguidor» do seu novo «líder»... Ou seja: do autónomo e esperançoso «Líder-Presidente» que se nos afirmou nas Presidenciais, aceitou transformar-se num banal figurante de arruadas e assumir o triste, medíocre e dependente papel de um vulgaríssimo «liderado», esquecido por completo de que sobre si próprio passou a impender a implacável «lição» daquele famoso passo do De imitatione Christi, segundo o qual, no fim de tudo: quam cito transit gloria mundi!... [quão depressa passa (ou quão efémera é) a glória do mundo!...] (Cf. Thomas a Kempis: De Imitatione Christi, Liber Primus, cap. I, 6).

Modelado que fui pelos grandes ideais e valores da Bíblia (Livro de Job, Livro da Sabedoria, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes...) e da «Paideia Clássica» (lato sensu: Greco-Latina e Hebraico-Cristã), destacando, na dimensão mais «politeica» da existência, os que me foram legados, entre outros, pelos Imortais Homero e Vergílio, por Poetas como Hesíodo, Safo, Anacreonte, Xenófanes, Teógnis, Píndaro e Horácio, pelos Grandes Tragediógrafos Ésquilo, Sófocles e Eurípides e por Pensadores como Heraclito, Sócrates, Platão, Aristóteles (ai como a «Ética a Nicómaco» é tão actual e tão necessária na República!...), Cícero, Séneca e Santo Agostinho, este tipo de prática «política» (com «p» minúsculo) que vem marcando a actualidade mete dó… E sentir dó, por motivos desta natureza, faz mesmo sofrer...

Mas seja-me permitido acrescentar ainda o seguinte, porque entendo que em Democracia temos a obrigação de ser transparentes e frontais: quem decidiu convidar um homem que tanto atacou o «sufoco» do esclerosado e medíocre sistema «partidocrácico» vigente, de um homem que inesperadamente perjurou e abandonou todos quantos tão confiadamente nele acreditámos e lhe demos o nosso sincero e convicto apoio, em suma, de um homem que não soube honrar os compromissos assumidos nem a palavra dada, quem decidiu convidá-lo, insisto, também não sai nada dignificado com o convite que fez: é que, por arrasto, vem à memória a escandalosa «promoção» ao nível da liderança parlamentar de certa «ave migratória» ideologicamente oriunda de um bem demarcado e inconfundível «comité central», situado nos antípodas do partido convidante!... Afinal, para quem assim perspectiva o País e a Pólis, tudo parece valer, prestar ou servir: o «euro» — € — da nossa política está mesmo falido...

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PSP e dinheiro público

Dizem os entendidos que a crise já vem de longe, mas as propagandas de falso optimismo não têm permitido que as entidades se consciencializem disso e das precauções a adoptar para a reduzir e eliminar.

Depois surgem notícias incongruentes que parecem mostrar que os portugueses, de alto a baixo, estão todos loucos. Agora surge a notícia de que a PSP não tem dinheiro nem para papel higiénico, faltando tinteiros nas fotocopiadoras e há carros parados por falta de dinheiro

No entanto, há menos de uma semana , deparámos com a notícia de que a PSP gasta 62 mil euros em relógios. Tratou-se de 283 relógios de luxo, com a justificação de que estes são bens "de que o director nacional dispõe para oferendar em actos oficiais" a entidades que visitam aquela força de segurança.

Incoerências, faltas de critério, decisões por capricho, ostentação, são males que estão na origem e no agravamento da crise e que demoram a ser erradicados dos comportamentos dos serviços oficiais, que funcionam com o dinheiro dos contribuintes.

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ONU sem estratégia de acção

Quando se fala da ONU, a primeira sensação é a de que se trata de um poder superior aos de todas as nações do mundo, servida por pessoas superiormente dotadas, a decidir, de forma imparcial, na busca dos melhores objectivos em busca da paz universal, seguindo valores e princípios acima de qualquer dúvida ou controvérsia.

Mas na realidade, os seus funcionários não são super-homens e não diferem dos políticos que agem nos diversos Estados. E, assim, continuam por ser cumpridas as promessas de referendos na Caxemira e no Saraui, não foi visível a actuação para evitar as guerras no Iraque e no Afeganistão, tal como no Kosovo e Sérvia, nem nas recentes dificuldades entre as duas Coreias.

Porém, inexplicavelmente, decidiu a ingerência nos assuntos internos da Líbia, ordenando bombardeamentos contra objectivos de segurança, destruindo património, o que, só por milagre, não causaria baixas em cidadãos líbios. Criou assim um precedente grave e aumentou a sua perda de credibilidade porque não reagiu de forma parecida em muitos casos semelhantes ocorridos em vários Estados.

Depois, sucederam-se as notícias de medidas repressivas, policiais e militares, para restabelecer a ordem em outros países como a Síria e o Iémen, sem que tivesse havido intervenção da ONU, ao ponto de que, agora, mais de 200 organizações pedem fim do silêncio da ONU sobre a Síria. Fica a dúvida: Como irá agir o Conselho de Segurança da ONU? Intervir como fez na Líbia? Ou pedir desculpa e indemnizar Kadafi pelo erro cometido e prometer não mais voltar a errar dessa forma? Qualquer destas alternativas é inconveniente por desprestigiar uma Organização que deve procurar recuperar o respeito do Mundo. Nestas decisões com incidência na vida internacional global é de boa regra sempre pensar antes de decidir.

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Vamos votar em quê?

Estamos a poucos dias das eleições legislativas, isto é, do dia em que iremos votar, escolher, aprovar uma proposta, um programa da gestão da vida pública, de todos nós, durante uns pares de anos.

Acerca disso, surge a notícia de que Loução diz que Governo e PSD "fogem como o diabo da cruz" de apresentar propostas, o que, por corresponder à realidade, nos deixa perplexos e a pensar que o melhor voto poderá ser em branco. Se são apresentadas propostas, não temos garantias de serem concretizadas, como tem acontecido com todas as promessas de políticos, mas na ausência delas ficamos sem nada que nos oriente o voto, que acabará por ser um cheque em branco, uma procuração com plenos poderes para tudo o que possa passar pelas mentes perturbadas dos políticos eleitos e daqueles que lhes puxarem pela arreata.

Nenhuma pessoa em pleno uso da razão passa uma declaração com plenos poderes a alguém em quem não deposita inteira confiança assente em provas dadas num passado honesto.

O mal parece não ser de um ou de outro partido mas do sistema que começou mal, com uma Constituição elaborada em momento conturbado, e que tem conduzido a vícios e manhas de todos os político em prejuízo dos portugueses comuns. Vale a pena ouvir com atenção as palavras de Carlos Coelho que mostrou ser um observador imparcial, esclarecido e que usa palavras que todos podem compreender.

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terça-feira, 24 de maio de 2011

Três nomes em destaque, hoje

Num período propício a meditação sobre os assuntos sociais que devem ocupar o pensamento dos portugueses, surgem hoje três dados que merecem atenção. Vale a pena abrir os links seguintes, por ordem alfabética:

Carlos Coelho no programa Prós e Contras, Maio 2011

Louçã diz que “nem à lupa” se encontra quem defenda o acordo com a troika

Portas desafia PS e PSD a pronunciarem-se sobre salários dos gestores públicos

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Do que precisamos

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Candidatos, tenham maneiras

Mário Soares, com a sabedoria dada pela idade, depois de uma vida com responsabilidades e a necessidade de vencer obstáculos, o que obrigou a profundas reflexões, deu agora mais uma lição de boas maneiras democráticas aos jovens políticos, mais ousados do que sensatos. Eis algumas frases suas:

- o discurso dos dirigentes partidários na pré-campanha devia ter sido "mais sensato", não lhes valendo nada "andarem a insultar-se uns aos outros".

- "É necessário as pessoas terem bom senso, com cada um puxar a brasa à sua sardinha, mas com boa educação e com cordialidade, porque nas democracias não há inimigos".

- estar esperançado de que "o bom senso vai chegar", porque "eles vão ter de se associar para salvar o país".

- «A situação do país é demasiado difícil para andarem às turras uns com os outros»

Realmente, para vencer a crise é preciso confiança e esta é incompatível com ping-pong político eivado de insultos e hostilidades que acabarão por dificultar o entendimento a que terão de chegar para benefício de Portugal, dos portugueses. Em vez de tais palavras insensatas, seria muito melhor que dissessem aos portugueses onde estamos e para onde vamos.

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Espanha despertou

Para sair da crise , não se pode a continuar a chapinhar na lama, é preciso mudar, é preciso dar um passo para terreno sólido, para solo seco, saltar do pântano.

O povo espanhol já tomou consciência da necessidade de mudança, deixou de continuar à espera de milagres, convenceu-se que o futuro do País e de cada um depende de cada cidadão e aproveitou a oportunidade.

Além das concentrações em várias cidades em que têm sido apoiados por cidadãos de vários países europeus, manifestaram nas urnas o poder do povo que caracteriza a verdadeira é Democracia.

São muito significativas as notícias que nos dizem que Espanhóis desafiam proibição e mantêm concentrações em várias cidades e, nas eleições regionais e municipais de Espanha causaram a derrocada do PSOE.

Certamente, após este resultado da vontade do povo, sentirão a esperança num futuro melhor, com intensidade suficiente para o conseguirem. A vontade e a motivação do povo, quando bem liderado, tornam grandes os Países.

Imagem de Juan Medina/Reuters

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domingo, 22 de maio de 2011

Para vencer a crise é preciso confiança

Segundo o bastonário dos psicólogos os políticos não estão a ajudar a vencer a crise. O fenómeno «crise» já está estudado e sabe-se que as crises, “são momentos que deixam as pessoas com demasiadas incertezas, e é essa incerteza que afecta psicologicamente, porque achamos que tudo está dependente dos outros”. As pessoas precisam ser estimuladas para sair delas. É preciso apontar-lhes caminhos a seguir, é preciso sugerir soluções.

O que falta nestas alturas é confiança. Só vamos para um caminho novo se tivermos confiança”

Mas os políticos não têm capacidade de liderança, não têm o dom de conseguir levar as pessoas a acreditar, antes as levam para a incredulidade, a desconfiança. “Em vez de apontarem caminhos, repetem o discurso da crise e insultos” entre si. “Quando se confia no líder, deixa de haver incerteza, há mobilização”. Precisamos de líderes, porque “as pessoas não vão por novos caminhos se desconfiam de quem os guia”.

“Repetem até à exaustão as causas da crise, mas não apontam caminhos, falam na necessidade de se fazer sacrifícios, mas explicam pouco que consequências vão ter esses sacrifícios, que resultados vão dar, que caminho vamos seguir. E com este discurso as pessoas não se mobilizam, há muita incerteza, há desmobilização”.

Só havendo confiança, uma crise depressa deixará de ser uma situação desgostosa para se transformar em momento de oportunidade para melhorar deficiências estruturais que vinham do passado e evitar a repetição das debilidades.

É pena que a campanha eleitoral não esteja orientada segundo estes princípios e aponte caminhos, estratégias, projectos que inspirem confiança e atraiam as pessoas para a acção no melhor sentido, para bem de Portugal e dos cidadãos. Em vez disso, assiste-se à troca de insultos e de críticas nada edificantes que contrariam a conveniente criação de um clima de esperança que contribua para o necessário espírito construtivo.

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Jovens querem verdadeira democracia

Na sequência de acontecimentos que vêem ocorrendo no mundo mais próximo, e em que não devem ser esquecidas as manifestações em Portugal em 12-03-2011 e em Madrid desde há uma semana, reuniram-se na sexta-feira, 20-05-2011, no Rossio em Lisboa cerca de 200 jovens onde iniciaram uma vigília que não deve ser menosprezada.

As notícias evidenciam aspectos positivos da consciência cívica, ecológica, democrática dos jovens participantes. Eis alguns títulos Cerca de 200 jovens reúnem-se numa Assembleia Popular e "aprovam" pernoitar no Rossio, Polícia questiona manifestantes sobre protesto no Rossio e acaba por ficar solidária, Activistas do movimento 19M permanecem no Rossio mais um dia, Portugueses e espanhóis "indignados" no Rossio.

Vale a pena ler estas notícias e, por isso, não transcrevo as várias ideias muito positivas nelas contidas, mas não deixo de referir a sugestão de "uma deontologia para os políticos que assegure as boas práticas", que me remete para aquilo que aqui foi escrito - Código de conduta - Código de bem governar - Código ou compromisso alargado e duradouro - Para um código de conduta dos políticos.

Será desejável que destes jovens saiam ideias bem estruturadas que realizem as sugestões constantes de Onde Estamos? Para Onde Vamos?. Portugal e, de uma forma geral, a humanidade precisam de novas ideias para um novo sistema de gestão dos assuntos que contribuem para a felicidade das pessoas, em todos os seus aspectos.

Há que acabar com o «sequestro das palavras, por parte de quem detém o poder» como referiu um dos manifestantes.

Imagem de NUNO PINTO FERNANDES/GLOBAL IMAGENS

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sábado, 21 de maio de 2011

Será mesmo assim???



É grave que se chegue a tal situação em que as pessoas se sintam à vontade de falar publicamente com tanto à vontade de uma entidade em tais funções.

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Crise não é para todos

A crise pode ter sido provocada por um vírus importado, mas encontrou aqui um caldo de cultura propício ao seu desenvolvimento que beneficiou de benefícios usufruídos por alguns que continuaram a beneficiar e causou danos graves a outros.

Apesar das declaradas intenções de reduzir a dívida - o que inclui o défice e as despesas - continua incólume o demasiado e escandaloso compadrio como foi citado por um candidato a deputado que disse que cada pessoa de uma lista de 20 tem em média 50 empregos desde cargos de administração até conselhos fiscais. Por outro lado o número de reformados do sector público que ganham pensões superiores a 2500 euros - o dobro do valor médio pago a todos os ex-funcionários - explodiu na última década. Também é alarmante que o contingente de aposentados com 4000 ou mais euros engordou 400%.

Os detentores do Poder e muitos analistas têm mostrado necessidade de mudar de óculos, a fim de poderem ver com nitidez a realidade. Têm as mentes de tal forma deturpadas que apenas conseguem ver e pensar em dinheiro - défice e dívida – e esquecem que deviam pensar nos portugueses, colocando a tónica na redução d as despesas, em vez de sacarem descaradamente os cêntimos das pessoas, e de se gabarem que, com isso, o défice está ser reduzido. É imperioso que não demorem a descer ao mundo real.

O saque aos portugueses vê-se na subida extraordinária do IRS e IRC, na descida da Despesa na Saúde, com a redução da massa salarial, das comparticipações de medicamentos e do corte na despesa hospitalar, no agravamento do desemprego e aumento da precariedade, nas reduções de salários e pensões, etc.

Todas estas medidas representam a penalização do povo, exigindo sacrifícios a quem menos tem e menos pode, levadas a cabo para suprir a má governação, os abusos na utilização do dinheiro público em benefício do bando que vive à custa do erário público, das decisões insensatas, de obras públicas sem necessidade nem urgência, etc.

Há muitas despesas a evitar no que podem ser seguidos exemplos de outros países bem governados, no que a Espanha já deu um passo.

Uma crise bem gerida pode servir para moralizar a vida individual e social, Pode ser um obstáculo que ao ser vencido cria músculo e estímulo para uma nova vida mais racional, e eficaz, nos aspectos essenciais e eliminar atitudes e comportamentos nocivos ou de menor interesse. É bom que se pense em moralizar o regime tornando-o mais propício ao desenvolvimento de Portugal e à felicidade dos portugueses.
AJS, Maio 2011

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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Onde Estamos? Para Onde Vamos?

Depois da interessante conversa de ontem (19-05-2011) com o amigo Lourenço, companheiro do convívio trimestral, dei comigo a meditar neste tema.

Desde os velhos tempos da antiga Grécia e da antiga China, chegam referências ao desejo de filósofos que, já então ansiavam pela perfeição do ser humano e pelo bom relacionamento entre pessoas e povos, por forma a transformar o Planeta num paraíso. De tais objectivos de evolução humana e social participaram muitos homens de pensamento e as diversas correntes religiosas, e o resultado foi sendo materializado por alterações na vida dos povos. Mas estas foram sempre aproveitadas pelos detentores de poder para aumentarem este à custa dos menos capazes ou débeis.

As sucessivas épocas passaram pelo poder agrário e o feudalismo, pelo poder industrial de produção de bens e ferramentas e estamos agora no poder financeiro, que já não parece estar baseado em produtos ou em dinheiro real mas apenas virtual em que a contabilidade e o controlo não garantem a segurança desejada. A crise surgida há cerca de três anos resultou da virtualidade de financiamentos que se evaporavam quando se vendessem os bens sucessivamente penhorados em resultado de transacções baseadas em créditos sem base consistente.

Já existem muitos pensadores a tentarem definir ONDE ESTAMOS e quais os vectores que nos trouxeram até aqui e a procurarem desvendar as tendências de evolução para o futuro próximo. Deixam a sensação de grandes receios quanto ao que poderá ser o amanhã, PARA ONDE VAMOS.

Há necessidade de estudos elaborados por pessoas independentes que definam claramente o AGORA, e os factores que o condicionam, para que se esbocem os principais caminhos prováveis e, desses, os mais desejáveis do ponto de vista da Justiça Social e da melhor convivência entre as pessoas e os povos. É trabalho que fica bem a nível universitário, em grupos de entusiastas que consigam, depois aliciar os políticos a colocar em prática, as estratégias que renovem o culto dos principais «valores éticos» e coloquem normas no marketing fraudulento que se destina ao incremento irracional do consumismo, à ostentação, que destroem recursos sem benefício para o real bem-estar dos povos, e de que resulta o aumento do poder financeiro, raramente coincidente com valor ético e cultural.

Será bom que as gerações mais jovens, principais beneficiadas pelas boas condições que o futuro venha a ter, se entusiasmem desde já a colaborar numa obra que é para si. Seria um sinal de esperança que de entre os jovens surgissem ideias para definir ONDE ESTAMOS e PARA ONDE VAMOS. O pior que pode acontecer é a aceitação do «destino», o silêncio desconfortável, o sofrimento consentido.
AJS, Maio 2011

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Justiça Portuguesa e o caso Strauss-Khan !!!

Se o Strauss Khan tivesse tentado violar uma empregada de hotel portuguesa

A empregada dificilmente faria queixa, com medo de represálias, designadamente de ser despedida.
Se a empregada fosse destemida, estivesse farta do emprego e fizesse queixa na polícia, o mais provável é que o polícia lhe dissesse para ter juízo e não se meter com trutas e ela desistia da queixa.

Se o polícia fosse chanfrado e/ou completamente inexperiente e desse seguimento à queixa, o mais provável é que Strauss Khan já estivesse a meio caminho de Paris quando a polícia chegasse ao aeroporto para o interpelar.

Se, por um bambúrrio de sorte, a polícia o conseguisse prender antes de ele sair do país, o mais provável seria ele ser ouvido por um magistrado que lhe fixava termo de identidade e residência, sendo que ele, na primeira oportunidade, punha-se a milhas porque tem mais que fazer do que aturar juízes atacados por excessos de zelo.

Se, por alguma razão inexplicável, o velho Khan ficasse em prisão preventiva:

1. No dia seguinte o Público traria um artigo do Dr. Mário Soares verberando a sede de protagonismo de alguns senhores magistrados que não hesitam perante nada para dar nas vistas.

2. Marinho Pinto desdobrar-se-ia perante diversas estações de televisão clamando que os juízes declararam guerra aos políticos e agora já prendem quem nos dá o pãozinho com manteiga, in casu, qualquer coisa como 78 mil milhões de euros que o maluco do juiz está a pôr em perigo; é pior do que nos tempos da PIDE.

3. O ministro da justiça diria que não compreende como é que um homem acima de qualquer suspeita é preso por um juiz português apenas com base num depoimento de uma pessoa, mas que irá pedir ao Conselho Superior da Magistratura para instaurar um inquérito no sentido de se apurarem responsabilidades, designadamente disciplinares.

4. Os chefes dos grupos parlamentares do PS e PSD dariam conferências de imprensa em que a nota dominante seria a de que é muito complicado viver num país em que os senhores juízes pensam que são governo e parlamento, não sabendo fazer a distinção que se impõe na óptica da separação dos poderes (o CDS, o BE e o PCP não diriam nada, alegando que há que respeitar o segredo de justiça, mas nas entrelinhas e em "off" deixariam escapar que é incrível o estado de completa roda livre a que a magistratura chegou).

5. As várias Tvs fariam alguns inquéritos de rua em que alguns populares apareceriam dizendo que a estúpida da preta (não esquecer que a empregada vítima de tentativa de violação é negra) está mas é a ver se saca "algum" ao Strauss Khan, que toda a gente sabe que é milionário.

6. A presidência do conselho de ministros faria sair uma nota oficiosa indicando que mais uma vez se prova que se a oposição não tivesse irresponsavelmente inviabilizado o PEC IV, a reorganização judiciária já estaria em marcha, impossibilitando os protagonismos dos senhores juízes demasiado cheios de si próprios.

Azar dos azares: Strauss Khan não tentou violar nenhuma negra em Lisboa fê-lo em Nova Iorque.
Por isso ficou em prisão preventiva, tendo a juiz recusado a sua oferta de prestação de caução no valor de 1 milhão de dólares.

Moral da história: em países em que a justiça é mesmo a sério, convém não pisar o risco; nos outros, é o que se quiser, à fartazana.

NOTA: Texto de autor não identificado recebido por e-mail de remetente conhecido. Faz pensar nos nossos brandos costumes e na nossa crise de valores.

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Combate ao desemprego jovem

A propósito da notícia de que uma jota propõe iniciativas "emblemáticas" de combate ao desemprego jovem, encontrei um texto que faz parte de um artigo publicado na Revista «L'Express», Paris, 200-.04-13, pág 48 – 53 que se refere a exemplos de empreendedorismo jovem na Suécia.

Como entre nós não existe tal tradição nem mentalidade, é preciso estudar bem o problema e descobrir as pistas para avançar na procura das melhores soluções. Há obrigatoriamente que interpretar o apoio ao empreendedorismo, como estímulo à produção de bens e serviços e consequente criação de emprego e de riqueza e não, como tem sido costume português, como forma de consumir o dinheiro público em subsídios sem esperança de rentabilidade.

Eis o capítulo do artigo, mais expressivo para este efeito.


«Empresários em série» com 16 anos

«Os suecos são naturalmente reservados, o que explica sem dúvida que eles estejam mais à vontade na Internet do que nos bares», diverte-se um professor da prestigiosa Escola real politécnica. Outra figura da nova economia sueca, Patrik Lindehag não o contradiz. Actual presidente de um dos mais importantes fundos de investimento em Estocolmo, Sky Ventures, dissimula mal o seu mal-estar perante a admiração que lhe testemunham. A sua ascensão é sem dúvida impressionante. Antes mesmo de a Internet ter verdadeiramente desembarcado no Velho Continente, ele lançava, em 1986, a primeira sociedade europeia de vendas de computadores... em linha! Não tinha então senão 16 anos e, dois anos mais tarde, revendeu o seu fundo de comércio por «apenas» seis mil contos. «O meu menos bom negócio», declara ele hoje. Com 30 anos, e apenas mais seguro de si, acaba de ceder duas outras das suas sociedades e de embolsar vários milhões de contos. Mas Patrik Lindehag não é homem para parar em caminho tão bom. «Considero-me como um empresário em série», brinca ele. A sua última criação Sky Ventures, conhece já uma ascensão fulgurante: dois meses depois da sua introdução na Bolsa, o título da sociedade ganhou mais de 500%.

«Os empresários suecos compreenderam desde há longo tempo que o sucesso das suas «novas empresas» implicava uma estratégia tanto internacional como local», analisa Staffan Helgesson, director de Startupfactory, um dos últimos viveiros de empresas em Estocolmo. «A vantagem é dupla se considerarmos que a força da Internet reside em ser um instrumento ao mesmo tempo colectivo e individual», lembra ele. Em claro, quando os Americanos e Europeus pensam primeiro em impor-se sobre o seu próprio mercado, os Suecos falam em conquistar o mundo. Com toda a simplicidade, certamente. A exemplo do Spray, a grande maioria das «novas empresas» suecas começaram também muito cedo a implantar-se no estrangeiro, por vezes antes mesmo de serem realmente exploráveis. É o caso, por exemplo, de Citikey, uma sociedade de serviços Internet dedicada aos telemóveis. Criada há precisamente um ano por um jovem diplomado da Escola real politécnica, Ziad Ismail, a neófita, já com 50 assalariados, implantou-se em Estocolmo, Berlim, Londres e Paris. «Contamos instalar-nos já este ano na Ásia e nos Estados Unidos», explica Ziad Ismail. «Ter pessoas nos mercados locais é indispensável». Os seus accionistas estão aparentemente convencidos: depois de ter já colocado sobre a mesa mais de 200 mil contos em 1999, eles aceitaram investir mais de dois milhões de contos este ano.

«O sucesso das 'novas empresas' suecas devem também muito aos investimentos públicos», lembra sempre Jean-Marie Guastavino, conselheiro científico na embaixada de França na Suécia. Montante interessante, o valor anual investido pelo Estado na investigação e desenvolvimento representa 4% do PIB, um recorde na Europa, contra 2,5% em França.

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Eleições na Ratolândia



Para meditar nas virtualidades da Democracia

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Europeus aceitam o seu fim com ilusão de luxo...

Transcrição de artigo seguida de NOTA:

A luta dos Homens

Jornal de Notícias. 12-05-2011. 00h22m. Por Paquete de Oliveira

Alimentei alguma expectativa por ver qual seria o desfecho da canção, este ano, levada pelos Homens da Luta ao Festival Eurovisão da Canção, na Arena de Dusseldorf. Não por gostar ou apostar na qualidade da canção, aliás já posta em causa pelos críticos da especialidade. Mas também não é por aí que estes festivais, anos atrás de anos (e vão 55), primam no campo da expressão musical. E, neste aspecto, a participação portuguesa, com escassas excepções, não soma grandes troféus.

A minha curiosidade assentava no facto de face ao actual contexto de uma Europa, anémica, descoroçoada, a decompor-se, interessa contribuir com alguns elementos que façam ressurgir um qualquer espírito de luta por uma Europa que se está a deixar desfalecer, quase morrer, nos ideais e valores que lhe davam prestígio e dianteira no Mundo.

Por outro lado, ingenuidade minha, tendo presente o clima de "revolução suave" e de insurreição com luta e morte que tem assolado a África e as fronteiras do "mundo Islão", mais vizinhos da Europa, cheguei a pensar que os povos dos 43 países concorrentes achassem piada à mensagem simplória destes Homens da Luta e lhe dessem alguma atenção. Engano meu. Os europeus não estão para aí virados. A Europa vale pelas liberdades e prazeres que deixa gozar, pelos consumos desenfreados de uma vida intensa sobre a hora, o momento que se desfruta, numa Europa que é, sobretudo, um grande Mercado, onde aqueles que vão ficando para trás não pesam na consciência de ninguém. Provavelmente, face à imagem de Portugal, país caloteiro entre os europeus, aquele traje próprio para lutas de rua, mas não para arenas de fascínio e espectáculo, foi visto como a representação mais adequada dos actuais "pedintes" da Europa. Numa Europa que nem nestas coisas de um concurso de canções deixa de ter filhos e enteados. Dos 43 países em luta cancionista, cinco são grandes, e como tal nem se sujeitam a votos: Inglaterra, França, Alemanha, Espanha e Itália.

É esta Europa que assiste impávida e insensível ao cemitério em que se tornou o Mediterrâneo daqueles milhares de seres humanos que, transidos de medo e cheios de fome, fogem desesperadamente da outra costa mediterrânica para o lado de cá, onde pensavam ainda haver algum refugo de compaixão e solidariedade.

A luta dos Homens pelos homens não se esfuma numa alegoria dos Homens da Luta. E isso nem por cá, aqueles que, nestes dias, se enleiam numa luta de dislates e ofensas mútuas, compreenderam que para nos tentar pôr na ordem basta uma troika de altos funcionários de quem manda no Mundo.

NOTA: Na loucura do desprezo de valores, a fantasia, o consumismo e o luxo ilusório não dão espaço para se preocupar com os que vão caindo pelo caminho. Parece que não chega a hora do despertar, e pode já ser demasiado tarde. As perspectivas geoestratégicas não parecem nada promissoras para o velho continente que foi líder das civilizações, na ciência e na cultura.

Imagem do JN

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Quando a estrela perde brilho



Sobre o caso Strauss-Kahn não faltam notícias, pois os abutres da comunicação social não vão tirar dali o bico senão quando aparecer outro escândalo com grande capacidade de atracção de leitores. Não se deve, no entanto, deixar de meditar sobre o título Strauss-Kahn transferido para ala prisional anti-suicídio


Mas é capaz de passar despercebido o caso do Egipto que demonstra que o PODER é sempre mais ou menos efémero e, apesar da loucura dos políticos mais ambiciosos, o seu fim acaba por ser dramático para as suas imagens. Seria bom que deixassem de ambicionar mais do que o aceitável e não esquecessem que quanto maior for a subida mais desatroso será o tombo.

Ver as notícias:

Mubarak renuncia a bens e propriedades
e
Mulher de Mubarak entregou parte dos bens pessoais ao Estado

Imagens do Google e dos jornais

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Não foi por lapso. Foi deliberado

Tem orgulho por aquilo que fez por «este país».
Oxalá que em 5 de Junho passemos a ter um PM de quem possamos sentir orgulho 

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Saia uma Póstroika, com adoçante !!!



E o futuro, pá???

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Ping-pong político

Neste período de campanha eleitoral, os reais problemas do País, por incompetência, por interesses partidários, por distracção ou deliberadamente, são esquecidos e assistimos a um jogo de ping-pong de aguilhoadas entre os líderes partidários.

Sócrates deixa sem resposta a pergunta de Louçã para onde foi o dinheiro?, mas não lhe falta tempo nem ousadia para acusar o PSD de não estar preparado para Governar, ao que Passos Coelho reponde que é verdade que não estar preparado para arranjar emprego para os amigos, deixando subentender que tem viva na memóriua a lista apresentada  por Marques Mendes com dezenas de institutos públicos que podem ser extintos, em 20 de Outubro de 2010, e que apenas servem para garantir salários aos «boys», aumentar a burocracia, o tráfico de influências e a corrupção.

É curioso que a campanha está a dar força ao dito popular «quando se zangam as comadres, descobrem-se as verdades», pois estas aguilhoadas em todos os sentidos vão mostrando as incapacidades e as manhas dos governantes que desaguaram no pântano da crise.

Oxalá que o vencedor das eleições seja alguém que não esteja preparado para continuar a arrastar o país para uma situação irrecuperável, sem deixar a mínima réstia de esperança aos vindouros. Para isso, convém que cada eleitor antes de votar pense bem em Portugal e nos seus próprios descendentes.

Imagem do Google

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Para onde foi o nosso dinheiro?

Se houve défice, se foi criada dívida pública, foi porque gastaram mais do que podiam. E agora todos temos que pagar aos credores. Os jovens vão iniciar a vida com a certeza do encargo da volumosa dívida, isto é, com uma herança demasiado pesada.

Merece, por isso, justo relevo a notícia Francisco Louçã quer saber "para onde foi o dinheiro" da dívida pública portuguesa. É uma interrogação legítima para a qual deve ser dada resposta ao «povo» português.

Não é visível um destino honesto para o NOSSO dinheiro, pois «o país não teve mais investimento, emprego ou melhor saúde e educação.» Por isso tem toda a lógicxa a afirmação de Louçã, “onde está o dinheiro é a pergunta mais importante da democracia portuguesa”.

Que destino deram ao NOSSO dinheiro, sacado ao «povo» português?

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domingo, 15 de maio de 2011

Presidente do FMI foi detido em Nova Iorque

Dominique Strauss-Kahn (Neuilly-sur-Seine, 25 de Abril de 1949), frequentemente chamado de DSK, é um economista, advogado e político membro do Partido Socialista (PS) francês. Em 28 de Setembro de 2007, ele foi seleccionado como o novo presidente do Fundo Monetário Internacional – FMI. DSK é considerado um possível candidato para a Presidência da França em 2012.(ver aqui e também aqui e aqui)

Fica assim ameaçada a presença de Strauss-Kahn na reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, na próxima segunda-feira, onde deverá ser aprovada a ajuda a Portugal e debatido agravamento da crise grega. Para este Domingo o director-geral do FMI tinha prevista uma reunião com Ângela Merkel, para discutir a crise do euro.

Esta detenção devida a uma agressão sexual segue-se a outros delitos semelhantes anteriores de que é referido um há três anos (ver aqui). Por um lado evidencia que nos Países com Justiça independente aplicada a todos, os políticos e os ricaços não ficam imunes e impunes, ao contrário de países atrasados e sem ponta de civismo nem de vergonha, onde eles vivem totalmente ao lado da lei que é preparada por eles, com as condições adequadas à sua protecção. Mas resta saber quanto tempo demorará a ser abafado.

Imagem do DN

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sábado, 14 de maio de 2011

Portugal vs Finlândia

Transcrição de artigo de Agenda Cascais 31, em que não foi aceite comentário por este ser reservado aos membros da equipa.

Ser Português! Para o bem e para o mal!

Tenho orgulho no passsado do povo a que pertenço mas alguma nostalgia pelo facto de sentir que Portugal, enquanto Nação, enfrenta nos tempos que correm algumas fragilidades e deficiências.

Mas gostaria de poder contribuir de forma empenhada para ajudar a mudar este rumo que teimamos em seguir.

Dito isto, passo a comentar a última coqueluche da Geração C Cascais, o vídeo que foi apresentado no encerramento das Conferencias do Estoril:




É bom ter orgulho no nosso passado.Indiscutível!
É bom reagir à crítica quando ela não é justa.Com veemência!

Mas é bom ter a humildade de reconhecer os erros que se cometem e a capacidade de arrepiar caminho procurando corrigir esses erros.

Com convicção, considero que a sobranceria, a arrogância, a agressividade, têm que ser usadas na medida certa sob pena de tendo razão, podermos aos olhos de todos perdê-la.

Este filme, na primeira abordagem, é uma lição mais ou menos correcta de história, e acima de tudo uma injecção de adrenalina no ego do povo português que tanto precisa de ânimo e de confiança.

Mas, à imagem do lider espiritual da Geração C, Carlos Carreiras, a mensagem descamba para a provocação fútil, para a arrogância e para a agressividade barata que não só nada resolve, como nos retira a réstia de razão que nos poderia assistir.

Os Finlandeses têm dúvida em emprestar uns patacos a Portugal? Tomem lá sopa de urso, que é para

Nós somos muito mais antigos, eles até usam uma bandeira que já foi nossa e para além de inúmeros exemplos da nossa grandiosidade passada, até lhes demos uns pares de sapatos e umas camisas de colarinhos coçados em 1940 o que os transforma em mal agradecidos!

Desculpem lá, geração C, Carlos Carreiras ou seja lá quem for que tenha sido o autor disto mas, com este tom, esta mensagem não é de certeza uma boa ajuda para os nossos objectivos nacionais!

Deixem-me ser um bocadinho Finlandês, só por momentos, para vos responder no mesmo tom. E vejam lá se não é tão agradável…

Nós os Finlandeses estávamos esfomeados em 1940 e foi importante a ajuda Portuguesa nessa altura. Mas construimos, a partir daí, um país solidário, com justiça social, com crescimento económico, com trabalho.

Não temos nenhuma estátua de um jogador negro moçambicano à porta dos nossos estádios, mas temos um telemóvel construído por nós no bolso de mais de metade dos portugueses.

Em contrapartida Portugal nos anos oitenta pediu empréstimos ao FMI, nos anos noventa e na primeira década do século XXI recebeu paletes de milhões de euros de ajudas da CE que supostamente deveriam ter sido aplicados a infraestruturar Portugal e a desenvolver a sua economia.

E o que temos hoje? Um país com auto-estradas com fartura, mas que em algumas delas passam carros de dez em dez minutos, um país que se propôs construir um TGV para poupar meia hora na viagem Lisboa Porto, um país que criou uma panóplia de incentivos ao não trabalho sob a capa de ajuda social, um país que se habituou a gastar mais do que produz como se isso fosse normal e sustentável, um país que despreza a justiça, um pais que alimenta uma classe política despesista sem exigência ou critério, um país que alimenta uma função pública nacional e local pouco produtiva.

Porque carga de água devem os Finlandeses aceitar, sem reservas, que as cigarras portuguesas voltem a usfruir dos bens que as formigas finlandesas ajudaram a criar?

Precisamos de ajuda.

Por nossa culpa.

Não por culpa dos Finlandeses mas dos Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e o nosso “dilecto” actual primeiro ministro José Socrates.

Todos, embora com responsabilidades diferentes, deixaram a sua impressão digital no regabofe que este país se transformou.

Proponho uma alternativa para este diferendo com os Finlandeses e que poderia ser personificado por Carlos Carreiras, dando o exemplo de arrepiar caminho no tal regabofe, propondo-se acabar com as agências que criou no universo CMC e assegurando por essa via a exemplar redução de 15% dos custos com pessoal naquela câmara.

Eu Finlandês considerava um sinal de juizo e contenção na despesa pública que Portugal precisa, eu Português começava a creditar que é possível refundar Portugal…


Publicado por Lixa nº 5

NOTA: O comentário que pretendia deixar é:
Não importa o número da lixa!!!
Está aqui uma crítica muito positiva, muito construtiva para dar um bom acabamento na escultura de recuperação da nossa imagem perante nós próprios e perante o exterior. Essa escultura não deve tardar a ser erigida como resultado e estímulo das energias nacionais remanescentes.
Parabéns por este texto muito patriótico.

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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Direitos Humanos e Democracia

Os sinais dos tempos, por vezes são o contrário do previsto. Em vez de a Democracia lutar pelos direitos humanos, são estes que se revoltam pela democracia. Porque esta tem sido um logro e não tem passado de uma oligarquia sem lei nem roque.

Transcreve-se a notícia seguinte para ajudar a reflexão sobre o tema:

Direitos humanos vivem “momento histórico” com revoltas pela democracia
Público. 13-0-2011. 00:01



Relatório anual da Amnistia Internacional

As revoltas pró-democracia no Médio Oriente e Norte de África e o crescimento sem precedentes das redes sociais poderão produzir uma mudança ímpar – e que pode acontecer a qualquer momento – no que diz respeito aos direitos humanos, lê-se no relatório anual da Amnistia Internacional.

A publicação do relatório global sobre direitos humanos coincide com o 50º aniversário da organização. “A revolução dos direitos humanos vive agora um momento de mudança histórico”, afirma Salil Shetty, secretário-geral da Amnistia Internacional (AI).

“As pessoas cansaram-se de viver com medo e estimuladas por lideranças jovens resolveram erguer-se em defesa dos seus direitos, enfrentando balas, tanques, gás lacrimogéneo e agressões”, continua Shetty. “Esta coragem – combinada com as novas tecnologias que estão a ajudar os activistas a denunciarem e a ultrapassarem a repressão governamental à liberdade de expressão e às manifestações pacíficas – é um sinal para os Governos repressores de que os seus dias estão contados”.

Mas nada está ainda garantido e as “forças da repressão reagem fortemente” e batalham pelo controlo do acesso à informação, lê-se ainda. “A comunidade internacional deve aproveitar esta oportunidade única de mudança e deve garantir que o despertar dos direitos humanos, a que assistimos em 2011, não se torne numa ilusão”. A AI aponta para a “necessidade de existir uma política consistente de tolerância zero, da parte do Conselho de Segurança da ONU, para os crimes contra a humanidade”.

A organização alerta ainda para a deterioração da situação em países onde os activistas correm sérios riscos, como na Ucrânia, na Bielorrússia e no Quirguistão; para a espiral de violência na Nigéria; e a escalada da crise provocada pelos rebeldes armados maoistas nas regiões centrais e no Nordeste da Índia.

O relatório da AI documenta restrições específicas à liberdade de expressão em pelo menos 89 países, destaca casos de prisioneiros de consciência em pelo menos 48 países, documenta casos de tortura e outros maus-tratos em pelo menos 98 países e relata a ocorrência de julgamentos injustos em pelo menos 54 países.

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Eduardo Catroga em «speed»

Não há homens perfeitos; muito menos na política !
A idade merece respeito mas nem todos os idosos merecem consideração. Catroga é um tipo viciado nas manhas da politiquice. Pertence a uma geração que já tem pouco a perder ou só pode perder durante pouco tempo, enquanto um jovem tem à sua frente o maior tempo da sua vida e, por isso, tem mais razões e motivação para se preocupar com o futuro de Portugal. Espanta que Passos Coelho que parecia ir dar energia da juventude ao seu partido tenha feito esta má aposta ao escolher um idoso que pertence à geração que destruiu os recursos de Portugal, tendo em seu redor jovens economistas competentes e que evidenciam serenidade e competência, sem «speed».

Vale a pena passar os olhos pelas seguintes notícias:

- Catroga diz que anda “acelerado”
- Linguagem de Catroga gera polémica
- Passos Coelho: «Catroga usou expressão pouco feliz»
- As gaffes de Eduardo Catroga: veja aqui!
- Catroga: «30% para o actor Sócrates? Devia ter 10%»
- Ver video da gaffe



Recebi, por e-mail, o seguinte comentário:

“Depois de duas horas e meia em que Eduardo Catroga ficou à solta, em delírio perante os jornalistas, pensava-se que Passos Coelho tinha percebido que o barato sai caro. Que comprar em saldos na loja dos trezentos do cavaquismo não tinha compensado. …
… Diz-se, sobre a política nacional, que já ninguém ganha eleições. Há apenas quem as perca. Geralmente quem está há algum tempo no governo. Desta vez pode ser diferente. Porque, enquanto o PS mata o País com a crise, o PSD parece estar apostado a matar o País de riso.”
Quem isto acaba de afirmar poderá estar bem enganado. É só observar como esta gente se delicia no embaraço da pentilhação…

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Cavaco e o desenvolvimento

O desenvolvimento é o resultado de uma boa governação suportada por estruturas eficazes de educação, saúde e Justiça e da capacidade dos diversos sectores económicos, com bons factores de competência administrativa, técnica e de trabalho. O conjunto de agentes activos nestes variados campos deve ser organizado e estimulado, tendo sempre em vista a criação de condições de desenvolvimento para gerar uma vida melhor para o cidadão comum.

Segundo a notícia do PÚBLICO Produzir melhor, Cavaco Silva, na visita à Ovibeja, disse palavras de bom senso: "É essencial para Portugal produzir mais e produzir melhor", sublinhou Cavaco, garantindo que assim será possível reduzir o "desequilíbrio" e as "necessidades de financiamento externo" do País, além de se dinamizar "os espaços rurais" e criar mais emprego.

Já noutras ocasiões referiu a importância de aumentar as exportações e dinamizar a produção interna por forma a reduzir as importações, do que resultaria a redução da balança comercial e a dívida que tanto nos está a preocupar.

Mas não pode ficar pelas palavras, tem que dar exemplos, tem que ser coerente com elas. Por exemplo, será que as comendas que irá conceder em 10 de Junho serão convergentes para este objectivo? Ou irão cair, como de costume, nas actividades de ócio ou em serviços públicos com muita despesa, muita burocracia, corrupção e sem produtividade, pouco ou nada contribuindo para o desenvolvimento no significado mais prático para o quotidiano e o futuro, como agora se pretende?

Seria mais coerente que condecorasse empresários que mais exportam, que mais impostos pagam, que mais empregos dão, que maiores salários pagam (sem contar com os administradores e os mais altos gestores).

Esperamos que os seus múltiplos assessores saibam encontrar a melhor solução para estimular o desenvolvimento de Portugal, pensando nos portugueses comuns.

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