domingo, 12 de agosto de 2012

Fundações e manigâncias

Transcrição, para ajudar a compreender a complexidade do problema:

Fundações e o futuro
Por: João Vaz, Redactor Principal

As fundações não podem servir para gastar o dinheiro dos contribuintes, sem controlo.

A artimanha de Armando Vara, que num executivo de Guterres inventou a Fundação para a Prevenção da Segurança Rodoviária para dispor de um saco azul, tornou-se, contudo, exemplo seguido por outros manhosos. De nada serviu que o presidente Sampaio exigisse, na altura, o seu afastamento do governo. Com ou sem cursos na extinta Universidade Independente, Vara e correlativos transformaram uma boa ideia numa manigância.

A fundação e, de forma ampla, a ONG (Organização Não Governamental) têm, no entanto, um grande futuro. Está já desenhado no dia-a-dia das sociedades mais avançadas. O que se vê não é um Estado superpotente, tipo União Soviética, já levado pela carroça do lixo da história. O que se constata é o despontar de novos interlocutores sem os quais os Estados não fazem nada. E isto funciona em muito mais do que na luta pelos Direitos do Homem, a defesa da Mulher contra a violência, as campanhas ambientais ou a protecção dos animais. Tal não significa que o Estado desapareça. Não pode é ser o principal infractor das leis com que era suposto servir as sociedades.

Imagem do Correio da Manhã

1 comentário:

A. João Soares disse...

Para começar, parece que já foi extinta a Fundação Século XXI. Será confirmada na prática? Veremos.

E as restantes 400? Pelo menos!!!