quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Não há vontade de combater a corrupção

O engenheiro João Cravinho diz que Governo não tem plano para prevenir e combater corrupção>. Afirma que "não há uma visão conjunta do que é preciso fazer para prevenir e combater a corrupção, não há meios adequados e as nossas instâncias, tribunais funcionam muito mal"

Ninguém melhor do que ele sabe do que se trata, pois em 2006 criou um plano anti-corrupção, que não foi levado para a frente e não deu origem a qualquer medida eficaz para o fim em vista. O Diário de Notícias noticiava em 2008 que havia mais de 900 processos de corrupção pendentes em Portugal.

Mas que se soubesse ninguém na área do poder quis matar a «galinha dos ovos de ouro», o que contribui para a convicção geral de que o principal interesse dos políticos, salvo eventuais excepções, é o próprio enriquecimento rápido por qualquer forma. O primeiro artigo atrás ‘linkado’ aparece na sequência da notícia de que Portugal é visto como um dos países mais corruptos da Europa e de outra que afirma que desce uma posição no índice global da corrupção.

Também Guilherme de Oliveira Martins se mostra insatisfeito com situação da corrupção e constata-se uma convergência com as repetidas afirmações do professor Paulo Morais, por exemplo, aqui, aqui e aqui.

«Na opinião de João Cravinho, não há meios adequados para o combate, nem um "aparelho judicial à altura" e, por isso, os crimes económicos são cada vez mais numerosos e complexos.

Segundo ele, "em primeiro lugar o que há a fazer é definir responsabilidades. Hoje em dia o que me parece mais grave não é a pequena corrupção, o pequeno funcionário, ou o fiscal porque isso até avançou razoavelmente bem nos últimos anos com a informatização e melhor organização dos serviços, mas o tráfico de influências", realçou.

«Para João Cravinho, o tráfico de influências, a omissão de acção preventiva e o combate "aos grandes atentados" e a boa gestão pública continua sem qualquer sanção.

"O tráfico de influências não se combate só com alteração à legislação, mas por chamar à responsabilidade as várias entidades para uma fiscalização institucionalizada", disse.

E será conveniente meditar nos males que esta imoralidade de relacionamento com o Poder acarreta para a economia nacional e para o bem-estar material, cívico e social da população nacional.

Imagem de arquivo

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