domingo, 30 de junho de 2013

TREZE IDEIAS PARA MUDAR PORTUGAL

Artigo de Arménio Rego, Professor da Universidade de Aveiro, no DN de 05-01-2007, transcrito aqui.

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sábado, 29 de junho de 2013

É MUITO CEDO PARA ARRISCAR TANTO


Muitos observadores estranharam que, após dois anos de governação difícil, em constante espiral recessiva e austeridade sucessivamente agravada, Passos Coelho declarasse querer mais seis anos à frente do Governo e que, para isso, quer dar a cara em 2015. Era demasiado cedo para mostrar tal desejo e isso atraiu sobre ele as atenções para todo e qualquer pequeno deslize nas suas palavras e nos seus actos. Seria de esperar a adopção de uma sensatez muito perfeita e vigiada no sentido de pensar previamente ao pormenor cada afirmação.

Por acaso e referente a problema de autarca, José Augusto Rodrigues dos Santos escreveu as seguintes considerações acerca da ética dos políticos: «São raros os homens que encaram a política como missão patriótica, a vivem plenamente em acertos e desacertos e que regressam à sua vida anterior como o guerreiro regressa a casa depois de muitas guerras» Na generalidade, com casos mais ou menos agudos, trata-se de indivíduos ambiciosos de poder e de visibilidade que «não sabem, nem ninguém lhes disse, que não existem políticos providenciais tal como não existem homens insubstituíveis»… «Custa-lhes regressar ao anonimato pois, quais viciados em mediatismo, não conseguem ser felizes sem as luzes da ribalta a iluminar-lhes os passos».

E, curiosamente, ao invés da sensatez acima referida e das qualidades desejáveis num político conforme expressa Rodrigues dos Santos, Passos Coelho atirou para os cidadãos menos atentos e mais avessos à filtragem das mensagens que lhes chegam, as seguintes atoardas semelhantes a muitas outras que, nos passados dois anos, o desacreditaram por virem a ser contraditadas pelas realidades advindas. Disse que a recessão em Portugal está a abrandar e que meta do défice é perfeitamente alcançável.

Não parece prudente dar esta «informação», devido ao perigo de a meta não poder ser alcançada, e se isso acontecer que desculpa espera dar ao povo de modo a que ele a aceite? E quais serão os efeitos na sua desejada corrida aos mais seis anos?

Tais afirmações feitas com intenção de gerar confiança e atrair adeptos, embora contra a seriedade, a moral e a ética, são frequentes em campanha eleitoral, em que possivelmente Passos Coelho já se sente, mas, no seu caso real, a campanha está muito distante e entretanto pode ser destruído pela «nudez crua da verdade» a que pode vir a estar exposto

Não convém arriscar demasiado quando não for o momento correcto nem previsível a utilidade.

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sexta-feira, 28 de junho de 2013

POSTAIS DE BOAVENTURA S SANTOS




Vídeo formatado a partir de um *pps pelo amigo erolef, a quem agradeço.

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VALORES ÉTICOS, SIMPLICIDADE E FELICIDADE


No Jornal de Negócios, encontrei textos que definem um cenário optimista em 2023 originado pelas lições aprendidas com a experiência da crise crise que estamos vivendo. Isto faz pensar no livro 1984 de George Orwell, com a diferença de que este pintava um quadro pessimista e ficou aquém da realidade advinda. Seria óptimo que 2023 ultrapassasse as previsões em optimismo. Os tópicos de Isabel Jonet, presidente da Entreajuda e do Banco Alimentar coincidem na sua essência com escritos já aqui publicados em diversos posts.

Com a devida vénia, vou servir-me de palavras da autora de em 2023 viveremos melhor com menos, regressando à essência para que sirvam de «mandamentos» para melhorar os comportamentos que conduzam ao cenário edénico por ela desenhado para daqui a 10 anos. Esse cenário só poderá ser realidade se nos convencermos dos caminhos a trilhar para nosso bem e dos nossos filhos e netos.

Eis os ensinamentos e sugestões:

Na vida temos que saber separar o essencial daquilo que é secundário, desnecessário supérfluo, isto é aprender a viver com o possível e essencial e procurar valorizar a ética;
A experiência enrique-se com a aprendizagem e as ilações que possamos e consigamos elaborar e retirar de cada um dos momentos vividos, dos melhores e dos piores.
Isso nos permite ter uma melhor qualidade de vida no futuro, sem doentio apego a coisas sem real importância. Valorizar o SER acima do TER.
Com tal aprendizagem conseguiremos ultrapassar os momentos mais difíceis e criar melhores oportunidades de vida, com uma gestão mais racional de poucos recursos e o desprendimento em relação aquilo que não é essencial.
O que é secundário, os sinais de riqueza, de ostentação, o esbanjamento, impedem muitas vezes de valorizarmos aquilo que é fundamental, os valores éticos e a simplicidade. O apego às coisas materiais não essenciais absorve tempo e energias que fazem falta para construção da verdadeira felicidade.
Para bem da sociedade, todos e cada um de nós, uns mais responsáveis do que outros, com maior ou menor capacidade de intervenção, enquanto decisores ou meros agentes económicos ou políticos, mas todos imbuídos do mesmo dever cívico, devemos procurar ser capazes de apresentar e de propor soluções que permitam preparar um futuro em que seja menos provável o aparecimento de crises devidas à hipervalorização das condições financeiras e materiais.
Com a boa gestão de recursos materiais, a Redução de desperdícios, a sua Reutilização, Reparação e Reciclagem, a gestão individual, familiar e empresarial será mais económica e reduz-se a hipótese de carência de recursos.
É provável que surja escassez de recursos mas será bom que eles tenham uma repartição mais justa e equitativa para deles fazermos uma melhor utilização com um critério são de valorização do que é essencial e secundarizando o que é supérfluo, dispensável, não essencial. Assim, com menos, somos capazes de fazer mais e melhor. E,, depois do sacrifício de cada crise, podemos reflectir naquilo que vínhamos fazendo errado e na forma de rectificarmos o comportamento. Podemos, assim, lançar novas bases para uma sociedade em que se transmita aos vindouros o saber adquirido pela experiência e criar uma civilização sustentável.
O regresso à essência das coisas permite deixar aos descendentes uma herança menos pesada e hábitos mais racionais.
Estas reflexões e o hábito de pensar antes de agir permitirá uma nova reestruturação e um novo desenvolvimento das economias, contribuindo para recuperar confiança e tornar mais rigoroso o acesso ao crédito, na medida absolutamente indispensável e devidamente controlada, crucial para criar emprego e gerar crescimento conveniente, sem obsessão.
Com a indispensável intervenção do Estado reeducam-se comportamentos cívicos e de sobriedade na forma de viver em sociedade e nas opções pessoais. Assim se recuperam valores que são pedra basilar de todas as sociedades, se humanizam as interacções e se coloca o Homem no centro das decisões.
O civismo, assim fortalecido, pressuposto fundamental da sociedade ou da humanidade, levará à definição de um objectivo comum, que funcionará como mola impulsionadora e mobilizadora de toda a colectividade, o que, numa lógica de bem comum, reinventa a solidariedade, recupera a noção da responsabilidade colectiva, fomentando a certeza de que os nossos actos individuais são importantes, determinantes, para o bem-estar social, colectivo, global, fazendo interiorizar que existem direitos e deveres que não podem ser menosprezados.
Enfim, é imprescindível um regresso ao essencial, um despojamento de tudo aquilo que tem invadido as nossas vidas, sem lhes acrescentar qualquer valor efectivo. Paralelamente ao esforço individual e aos benefícios daí advenientes, será promovido o desenvolvimento e a redução das desigualdades a nível social e mundial.

Eis alguns títulos de posts já aqui publicados abordando estes ideais:

Pensar antes de decidir http://domirante.blogspot.pt/2008/12/pensar-antes-de-decidir.html
- Simplicidade de vida e justiça social 
- Dinheiro não é o essencial 
- Dinheiro não dá felicidade
- Mark Boyle: Há um ano sem dinheiro 
- Lição de vida dada por um Tuareg
- Dispensar excessos, consumismo e ostentação
- O Homem sensato e a Avestruz
- Simplicidade de vida e justiça social 
- A Simplicidade é louvável
- Simplicidade na vida
- Viver sem dinheiro, de trocas
- Obras faraónicas para ostentação
- PM Holandês usa bicicleta
- Marques Mendes persiste e insiste
- Gestão moderna é o inferno

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

O PAIS PRECISA DE MENOS PALAVRAS OCAS E DE MAIS TRABALHO


A notícia Passos Coelho: “País precisa menos de greves e mais de trabalho” suscita algumas reflexões que os pensadores não devem deixar de nos transmitir. Mas, para um simples cidadão, surge desde logo a legalidade das greves como direito concedido aos trabalhadores de lutarem para melhorar as suas condições de trabelho e para os cidadãos evidenciarem o seu desagrado e indignação perante atitudes menos convenientes das autoridades.

Seria bom que a vida social e empresarial não oferecesse motivos para tais paragens que, por mais contidas qye sejam, causam sempre prejuízo a cidadãos isentos de culpas e, o que é muito grave, é que desperdiçam tempo e energias que seriam mais úteis se fossem aproveitadas em trabalho dedicado e rigoroso para produzir a riqueza de que os portugueses necessitam. Mas, neste aspecto, também podem surgir  pontos a polir, pois do trabalho a maior parte do benefício não reverte para quem o faz, mas para aqueles que usam e abusam do seu resultado, por deficiente ou ausente justiça social.

Por outro lado, com uma pequena mudança no título da notícia, poderá dizer-se : O Pais precisa de menos palavras ocas e de mais Trabalho. E recordo o vídeo de Constança Cunha e Sá em «Não percebo de que êxitos o Governo fala».
Dele se poderá concluir e deduzir que tem havido muita promessa não cumprida, muitas previsões insistentemente falhadas, como a da Reforma estrutural da função pública, ou do Estado, a redução da burocracia ao mínimo indispensável; etc.,
- Necessidade de agilizar a concertação social, tonificar o diálogo com confederações patronais, com sindicatos e com outras estruturas dos cidadãos,
- Conveniência de ajustar a política às realidades nacionais e colmatar o falhanço da política dos dois anos mais recentes de que, apesar de arrogâncias e «orgulho do trabalho feito», se vêm perigos no défice, na dívida, no desemprego crescente, no aperto exagerado e asfixiante da austeridade, nas falências (enfim, parece que, para os cidadãos, tudo está pior),
- Tem sido falado da intenção de aperfeiçoar o combate à corrupção, ao tráfico de influências e ao consequente enriquecimento ilícito, mas, segundo consta, a Justiça continua pouco eficaz por falta de ferramenta legislativa adequada,
- Fala-se pela rama na descida dos impostos (IRC, IRS, IVA) mas demora saber-se como, quanto, para quando?

E de palavras balofas temos dois exemplos recentes que são o cúmulo de todas as ouvidas em dois anos:
Gaspar admite reduzir impostos assim que possível  e Passos diz que Governo trabalha para baixar IRS mas não faz "promessa".
Realmente, o País precisa de menos palavras ocas e de menos referências a «projectos», ideias, intenções de que não se vislumbram acções concretas e muito menos de resultados, mas precisa, imperiosamente, de medidas bem preparadas, consistentes, eficazes, das quais se possa mostrar resultados para benefício dos cidadãos e dos quais, isso sim, o Governo se possa confessar justificadamente orgulhoso.

Os tempos actuais são difíceis, com grandes e imprevistas variações dos factores da decisão, pelo que só os objectivos estratégicos (crescimento e bem-estar) devem ser imutáveis, mas os objectivos tácticos, as medidas concretas não podem ser decididas a título definitivo «custe o que custar», pois são indispensáveis retoques para ajuste às realidades, à maneira do motorista que não tira as mãos do volante para manter o veículo dentro da estrada a fim de evitar acidentes e poder chegar com segurança ao fim da viagem (objectivo pretendido). Nada se perde em recordar a metodologia «Pensar antes de decidir»

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

JOGOS DE PALAVRAS


Há jogos que servem de passa-tempo, ou para passar o tempo, há os culturais e há os infantis, há os de azar e sorte e há os de interesse, para ganhar uma taça, um título, um negócio, etc. E há outros que são difíceis de classificar e, com inocência e credulidade poderemos crer que servem apenas para passar o tempo, à espera que haja um milagre.

Por exemplo, Gaspar admite reduzir impostos assim que possível, o que nem parece ser jogo de palavras, pois Monsieur de La Palisse não ousaria dizer coisa de maior ciência ou intelectualidade. Isto nem sequer pode ser considerado promessa, mas apenas um punhado de areia lançado aos olhos dos inocentes e incautos. Não diz quando nem quanto nem como, enfim, não diz nada. E, por tal razão, seria preferível estar calado.

Mas não está sozinho, pois o seu chefe de Governo, talvez para não perder a cartada no referido jogo, sugere algo parecido, com efeito semelhante, quando diz que Governo trabalha para baixar IRS mas não faz "promessa".

Que brilhantismo, que genialidade, o destas tiradas de grande efeito, que mereceriam elogios dos nossos escritores consagrados como Eça de Queiroz ou outros da grande família lusíada!

Como a minha modesta condição não me permite sondar tão altos desígnios, sinto-me forçado a partilhar a «ignorância» de Constança Cunha e Sá pois não percebo do que o Governo fala.

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TRANSFORMAR PLÁSTICO EM PETRÓLEO




Pelo inusitado da notícia - que não foi divulgada por nenhum grande meio de comunicação, dada a importância da mesma no contexto atual, não posso deixar de publicar com o desejo de colaborar numa vasta divulgação.
Vejam o filme: vale a pena.
Sendo o plástico derivado de petróleo, agora podemos inverter!
Uma máquina processa o plástico, podendo ser separado em gasolina, óleo diesel ou petróleo.
Os sacos plásticos dos supermercados vão valer ouro... O plástico regressa ao petróleo de onde veio.
Engenho e perseverança japonesa.
Ainda bem que há sempre alguém que consegue inventar algo que ajuda a reparar o que estragamos...
O som é todo em japonês. Basta assistir lendo as legendas em inglês. Mesmo para quem não perceber japonês ou inglês, vale a pena observar as imagens até ao fim.
Grande descoberta! Muito amiga do ambiente e da vida.

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terça-feira, 25 de junho de 2013

O GOVERNO E OS CIDADÃOS


É suposto que, em democracia, toda a acção de um Governo deve estar voltada para o objectivo nacional de proporcionar a melhor qualidade de vida aos cidadãos e é para isso que devem funcionar os diversos sectores do Estado, como a Educação, à Saúde, à Justiça, a Economia, as Finanças, a Defesa, a Segurança, etc. E a observação das condições de vida e de satisfação da população é fundamental porque ela tem «fome» pode zangar-se. É isso que está acontecendo no Brasil, na Síria, na Turquia, etc.

Mas no Brasil Dilma Rousseff, consciente de que é preciso atender ao descontentamento da população e às suas justificadas reclamações e evitar arrogâncias e teimosias obsessivas, anuncia 5 pactos, propõe plebiscito para realização de reforma política e acelera reformas na saúde, perante o que os descontentes serenaram e ficam a aguardar as medidas concretas.

Pelo contrário, em Portugal, as confederações patronais dizem que o Governo tem de reconhecer que “algo falhou”, os patrões pressionam Governo a desistir da receita da austeridade e como sugestão ou conselho desafiam Governo a alterar o rumo.

E há outras vozes da área do Governo a reforçar a necessidade de medidas suavizadoras das dificuldades dos portugueses, como. Por exemplo, Frasquilho que defende descida de impostos, Menezes que critica atitude «autista» do Governo, João Salgueiro que apela à união dos reformados contra o governo, etc.

Mas, apesar destes alertas, o Ggoverno, com a habitual arrogância e egocentrismo gaba-se pela voz do seu líder “Tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer”, frisa que «Governo vai manter rumo que tem seguido» e que [quer dar a cara em 2015]

Esta atitude do Governo português em sentido oposto ao de Dilma, levanta muitas dúvidas e interrogações ao cidadão pensante, e a jornalista Constança Cunha e Sá faz delas uma expressiva súmula quando confessa «não percebo de que êxitos o Governo fala».

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segunda-feira, 24 de junho de 2013

«ELOGIO» À TÁCTICA DE MADURO


Transcrição dum texto interessante que vem complementar, em outro estilo, os posts Maduro parece ainda verde!!! e mais do mesmo:

Poiares Maduro e a solução anti-embrulhadas
Diário de Notícias 22-06-2013. por FILOMENA MARTINS

Está tudo resolvido. O Governo acaba de encontrar a solução para as suas últimas grandes trapalhadas. Ideia de Poiares Maduro, na sua primeira grande intervenção, passe aquele conflito com os parceiros sociais, desde que assumiu a pasta que era suposto ter sido de Miguel Relvas: a da comunicação e coordenação política.

A partir de agora haverá comunicações públicas diárias sobre a atividade governamental. Estão pois, de futuro, evitadas confusões como a das várias versões sobre a negociação com os sindicatos dos professores. E, claro está, nunca mais assistiremos a outra novela de explicações embrulhadas como a do pagamento dos subsídios de férias aos funcionários públicos. Ninguém voltará a desconfiar que o Governo adiou de propósito a entrega do Orçamento Rectificativo e todo o processo legislativo para pagar apenas quando entendia. Nem ninguém colocará a hipótese da promulgação relâmpago de Cavaco, que até tinha mostrado dúvidas quanto à medida, ser mais um sinal de que nunca antes um governo tinha tido tão amplo apoio político. Nem sequer será possível equacionar que Passos Coelho estará a insistir na estratégia de dividir os portugueses, pagando a uns e não a outros. E muito menos de que se trata de uma vendetta para com o Tribunal Constitucional, depois dos dois chumbos consecutivos.

Da próxima vez teremos o próprio Vítor Gaspar a explicar, devagarinho, que é tudo muito simples: se os subsídios fossem pagos agora a todos, Portugal voltaria a ter um trimestre com o défice acima do previsto e que o problema não era a troika, que é nossa amiga e permite deslizes, mas sim os mercados, pois é preciso voltar a marcar o terreno e emitir dívida no final do verão.

Adiante quanto a ironias, sobretudo porque estamos perante humor negro e do mau. Este governo tem muitas lacunas e uma delas é de facto a de comunicação. Mas o problema não está na quantidade do que comunica, está na qualidade. E isso não se resolve com briefings diários, que hão de ser iguais às conferências dos jogadores de futebol quando estão nas selecções: dizem sempre que vão fazer o melhor para ganhar.

Resolve-se com capacidade e preparação. E sobre isso nem a troika ou Angela Merkel podem valer ao Governo. Nem a nós.

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ADVOGADOS E BISPOS UNIDOS PELO BRASIL


Enquanto em Portugal, os políticos no seu profuso palavreado dizem que o futuro do País depende de todos, o certo é que a todos só é exigido o sacrifício da austeridade e dos cortes sem a mínima explicação nem justificação, e sem oportunidade para serem ouvidos e darem opinião e sugestões, no Brasil não são levantadas objecções a que os cidadãos possam participar em actos públicos destinados a análise e discussão construtiva dos graves problemas que estão a causar indignação da população, a fim de encontrar e adoptar as melhores soluções para a colectividade.

Transcreve-se a parte inicial da notícia (quem estiver interessado em ler tudo deverá fazer clic no seu título;

Advogados e bispos brasileiros discutem reivindicações
Diário de Notícias-LUSA 24-06-2013. Texto de Lina Santos

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convocaram para esta segunda-feira, em Brasília, um acto público para discutir reivindicações que contemplem pedidos de manifestantes, como o combate à corrupção.

"Queremos dar concretização às justas reivindicações que ecoam nas ruas", afirmou, em nota, o presidente da OAB, Marcos Vinícius Furtado. Também participam da organização do acto diversos movimentos sociais, como o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

A intenção é conseguir o apoio de um milhão e meio de pessoas, para lançar um projecto de lei que prevê uma reforma política no país, assegure a liberdade de expressão na internet, a criação de comitês de controlo social de gastos públicos, inclusive dos investimentos com o Mundial 2014 e com o transporte público colectivo.

As entidades também pretendem discutir com as pessoas presentes sobre a ampliação do investimento em saúde e educação e sobre a criação de um Código de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos.(…)

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MAIS DO MESMO


O Sr ministro Poiares Maduro, aparentemente, vindo de longe e sem ainda ter concluído o seu estudo analítico da situação com que os portugueses se debatem, apressou-se a manifestar a sua boa intenção dizendo querer oferecer esperança aos portugueses. Terá de ficar-se pela intenção porque os portugueses, há mais de dois anos, ouvem tais promessas («garantidas» e asseguradas») sem deixarem de ver a sua fome aumentar bem como o desemprego e os sacrifícios da austeridade excessiva e sucessivamente agravada. Por isso, as palavras generosas e supostamente bem intencionadas são «mais do mesmo».

A esperança já não pode vir pela via das palavras e promessas, mas sim pelos resultados, que já foram prometidos pelo PM para 2013 e que, como a generalidade das promessas, ficaram esquecidas no tinteiro. O povo português, como está acontecer com os brasileiros, não poder ser iludido eternamente e, como disse Mário Soares, às tantas zanga-se.

Diz também o Sr ministro Maduro que Portugal viveu "demasiado tempo sem planear o futuro" e diz muito bem, mas não deve dizê-lo em público, pois esse recado deverá ser interiorizado pelos seus colegas do Governo. Eles não têm sabido ou querido «planear o futuro». Muitas pequenas e médias empresas têm mostrado muita competência em preparar o seu futuro e estão florescentes apesar da má política que Portugal vem tendo desde há 39 anos.

Mas planear o futuro exige que se conheça bem o presente com todos os seus factores condicionantes. Um avião parte para uma missão começando pela descolagem, isto é, do ponto de partida, depois de testadas as condições do avião e de a pista estar desimpedida e em boas condições. O mesmo acontece com o atleta que, antes do salto, tem que saber fazer a «chamada». O piloto de fórmula 1 deve preparar uma boa posição na linha de partida e ter o carro bem afinado.

Por isso, Sr ministro, não despreze o conhecimento rigoroso da situação actual, em que os desabafos das pessoas, mesmo que sejam mais modestas do que o empresário de granitos que se lhe dirigiu na Feira do Granito de Vila Pouca de Aguiar, devem ser tidos como factor importante no seu estudo do Portugal actual.

Nunca se esqueça que cada português tem um voto igual quer seja um sem-abrigo ou o PR e convém que isso seja sinal de que lhe deve ser dada igual atenção e respeito pelos seus direitos, liberdades e garantias, no quadro da Constituição.

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AUTARCAS, LEI E TRIBUNAIS


Era uma vez um país onde à frente de algumas autarquias se encontravam velhotes a título vitalício, repetidamente eleitos por hábito antigo de votar sempre no mesmo.

Eis, senão quando, um «poder legislativo», por distracção, incompetência ou intenção não confessada, gerou uma bagunça legal, supostamente para quebrar a maldição de os benefícios e «mordomias» do cargo irem favorecer sempre os mesmos e retirar esperanças a jovens de terem um tal futuro de riqueza fácil.

A bagunça legal, gerada no legislativo e promulgada sem hesitação resultou numa tal confusão dentro dos paridos e nos próprios tribunais que ninguém se entendeu. Os tribunais, órgão de soberania que deve ser merecedor de todo o respeito e confiança ao povo (soberano em democracia), chegaram ao ponto de serem desrespeitados, tendo um autarca a quem uma decisão dos tribunais considerava que não se podia candidatar, declarado que ,mantinha a sua candidatura.

Para um cidadão normal, cumpridor da lei e respeitador dos tribunais, isto é chocante e mais ainda por ser um péssimo exemplo vindo de quem deve ser o espelho do civismo perante os seus governados. Mas, infelizmente, por outros motivos, já se viram exemplos parecidos desde a desobediência à Constituição seguida de hostilidade ao Tribunal Constitucional até a autarcas que, para fugirem ao poder judicial têm usado de várias manobras dilatórias com recursos e pedidos de clarificação, à espera de ser revogada a primeira decisão ou de o tempo provocar a prescrição do processo.

Um país sem leis claras e exequíveis e sem igualdade dos cidadãos perante a lei e perante a Justiça, não consta (ou não devia constar) na comunidade internacional.

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

MADURO PARECE AINDA VERDE !!!


Maduro parece estar muito verde. Lamenta que um dos grandes problemas em Portugal é que "tudo é contestado" e que não conseguimos colocar-nos de acordo quanto aos processos credíveis de apuramento dos factos que devem servir de base às nossas decisões públicas".

Fica-nos a dúvida quanto a onde tem vivido o ministro, se numa redoma opaca. O que é que conhece de Portugal e dos portugueses, daqueles que, como governante, tem a responsabilidade de defender e ajudar a preparar um futuro melhor com mais aceitável qualidade de vida, para preparar "um país mais justo, próspero e livre", como muito bem diz.

Mas como deve saber das suas leituras e da sua competência de universitário, cada povo tem a sua cultura, as suas tradições com qualidades e defeitos, e que não é fácil de mudar em curto prazo . Recordo que já o romano Caio Júlio César (1000-44 AC) disse que «há nos confins da Ibéria um povo que não se governa nem se deixa governar». Talvez, por isso e por não ter havido o necessário cuidado dos governantes na actuação escolar em benefício da «cultura política e cívica», hoje ainda se mantém algo desse aspecto do tempo dos Lusitanos. Quem governa deve conhecer o seu povo e atender à sua idiossincrasia. Mas, infelizmente, há governantes que desprezam os desabafos populares, não procuram conhecer o seu mal-estar e dizem arrogantemente que não têm medo dos portugueses.

Mas hoje, se atendermos a que nos consideramos em democracia, com liberdade de opinião e de expressão, e de obrigatória intervenção pelo menos na ida às urnas, é desejável que o povo observe a forma como os seus mandatados desempenham o papel de representantes eleitos. E dessa observação resulta, forçosamente, o aplauso pelo que se considera correcto e o lamento e a indignação pelo que não corresponda às promessas de antes ou depois das eleições, às previsões, às intenções «asseguradas», «garantidas» e os caprichos arrogantes levados para a frente «custe o que custar«, doa a quem doer.. Muita atoarda atirada como rebuçado para incentivar esperança e confiança, é contradita pouco depois, lançando o descrédito em tudo o que venha posteriormente.

A contestação, a crítica e as sugestões são instrumentos democráticos de participação do povo, em democracia, como contributo para que os governantes tomem as decisões mais correctas e adequadas às circunstâncias de momento e às grande linhas estratégicas para preparar o futuro desejado para Portugal. Do conjunto de opiniões sairá uma melhor preparação das medidas a decidir, segundo o método descrito em Pensar antes de decidir.

Aproveitando as suas palavras poderá afirmar-se que os governantes devem falar ao país com rigor, clareza e verdade, mais sobre políticas públicas e de estratégia de futuro e menos de táctica política ou de intrigas inter-partidárias e, dessa forma, atrair a colaboração e contribuição de todos para um debate público "mais informado e com maior substância". Em vez de impor soluções arrogantes, será preferível preparar medidas com apoio da conversação e do diálogo entre as pessoas mais conhecedoras dos temas.

Precisamos de "um país mais justo, próspero e livre". Com os portugueses que temos, com as deficiências de que sofrem, por carência de um sistema de ensino que não devia desprezar a formação de adultos capazes de gerir a sua vida privada, como pessoas, famílias, empresários e cidadãos eleitores.

É interessante o último parágrafo do artigo Dois anos depois, falhou a mudança de mentalidades: «Passos Coelho chegou ao Governo com um discurso moralista. Acusou os portugueses de viverem acima das suas possibilidades. Passados dois anos, foi aqui que falhou. O Estado que governa continua a gastar muito mais do que pode. Falhou no exemplo. E, enquanto líder, não conseguiu fomentar a mudança de mentalidades. Os portugueses continuam a olhar para o Estado da mesma maneira: exigindo direitos e com pouco espírito crítico. E a culpa é sempre dos outros.»

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SINAIS POSITIVOS GERADORES DE ESPERANÇA


Após tanto tempo de angústia, de desespero, de sacrifícios e privações, sem vislumbrar uma ténue luz ao fundo do túnel, perece que estão a surgir os primeiros sinais positivos. Não convém ter esperanças eufóricas, mas são um estímulo para estarmos atentos a outras informações esperando que surjam cada vez mais provas de que o pior já passou. E, ao mesmo tempo, cada um na sua área de interesse, pessoal, familiar e profissional fazer tudo o que puder para que o futuro pessoal e colectivo passe a ser o mais desejado para a felicidade de todos e o crescimento toda economia de Portugal e da sua distribuição mais racional e socialmente justa.

Eis alguns dos referidos sinais:

- Indicador do Banco de Portugal aponta para recessão mais branda no segundo trimestre

- Há dois anos que o indicador da actividade económica não caia tão pouco em Portugal

- Citigroup menos pessimista com evolução da economia portuguesa

- Governador do Banco de Espanha acredita que “o pior já ficou para trás”

- Portugal foi o país da OCDE onde a produtividade do trabalho mais subiu

- Actividade económica na Zona Euro supera estimativas em Junho

- Poder de compra dos portugueses está 25% abaixo da média europeia

- Cavaco apela a medidas imediatas de combate à pobreza

- Confiança dos investidores alemães sobe acima do esperado em Junho

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

OS POLÍTICOS NÃO QUEREM APRENDER, POIS NÃO LHES FALTAM BOAS LIÇÕES

Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, está de visita a Portugal e. ao referir-se à necessidade de enfrentar o problema do desemprego jovem na Europa disse que esta precisa de acabar com declarações agradáveis”, até porque “os cidadãos esperam acções concretas”.

Mas, ao invés desta boa norma, os nossos governantes continuam com fantasias de reformas, de projectos, de «cenário» de recuperação, etc. nunca concretizados que vão sendo referidos com repetidas variantes, parecendo pretender criar esperanças num futuro risonho, mas de que o resultado não deixa de ser o agravamento da espiral recessiva, com mais dura austeridade, mais desemprego, mais cortes, mais fome e mais pobreza.

Seria benéfico para os portugueses e para a imagem dos Governantes que os políticos, em geral, procurassem fazer um esforço de aprendizagem do melhor que se pensa, se diz e se faz em países bem governados.

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MANIFESTAÇÕES OCULTAM INTERESSES INCONFESSADOS




Esta montagem alerta para o facto de a actual politiquice de conflitos demolidores ocultar muitos interesses. Cabe aos jornalistas e analistas investigar a verdade oculta, para que o povo esteja mais esclarecido e possa accionar a democracia para que a humanidade melhore. A democracia não pode ficar confinada a eleições periódicas em que os eleitores, depois do massacre da lavagem ao cérebro por promessas falaciosas e ideias não concretizáveis, é conduzido a escolher uma das listas cujos componentes lhe são totalmente desconhecidos. Há que rever o funcionamento das sociedades nomeadamente quanto a funções dos políticos e dos partidos.

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O BOM POLÍTICO OUVE O POVO


Das manifestações populares ocorridas em S Paulo e no Rio de Janeiro, chegam várias notícias. Delas convém não desprezar as que se referem à posição da Presdente da Repúblicae chefe de Governo: Dilma está atenta às reivindicações dos brasileiros e aquela em que evidencia a sua posição democrática perante a expressão do desagrado popular Dilma Rousseff diz que manifestações pacíficas são «legítimas».

Esta prática dos conceitos democráticos é para nós uma surpresa por estarmos habituados a comportamentos opostos, quando verificamos que, pelo contrário, Passos Coelho tem afirmado arrogantemente que não tem medo dos portugueses nem se deixa impressionar por manifestações nem cede a pressões, e avança com a sua ideia «custe o que custar».

Onde está a democracia? Afinal o que é uma ditadura? Democracia não pode resumir-se a eleições de quatro em quatro anos para os eleitores, depois de semanas de intoxicação com falácias, ser colocado perante a escolha entre listas em que constam nomes que desconhece totalmente. Estamos a necessitar de uma «excelentíssima reforma», a começar pelas mentalidades dos políticos e das funções dos partidos.

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

A EROSÃO DO PODER


Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Esta frase é muito antiga e está na base dos estudos e das investigações ligadas a tudo o que respeita à biologia, à mineralogia, à geologia. As transformações podem tornar-se visíveis ao fim de séculos ou após poucos dias ou horas. Tudo o que tem início tem fim.

Este rememorar do conceito referido vem a propósito da notícia Passos perde apoio dos 'seus' em que, acerca do desagrado do não pagamento do subsídio de férias aos funcionários públicos em Junho, são citados os nomes do coordenador da Comissão de Orçamento e Finanças, Duarte Pacheco, do eurodeputado do PSD, Paulo Rangel, dos antigos líderes sociais-democratas, Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes e de António Capucho.

Já há dias surgiram palavras de desagrado e desaprovação de: Paulo Portas, Eduardo Catroga, Rui Rio, etc

Seria bom para os portugueses que a governação funcionasse menos visivelmente de aparências e futilidades e se focasse mais na essência dos problemas, seus factores definidores e estratégicos, as origens reais dos «conflitos» e a procura de soluções sérias e duradouras, com sensatez e sentido de Estado e de responsabilidade, tendo sempre em vista a melhoria das condições de vida dos portugueses, principalmente dos mais carentes.

Com tal mudança de filosofia e de prioridades começaria a ser conquistada a confiança do povo, consumidor e eleitor, e este recuperaria a esperança em dias melhores.

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sábado, 15 de junho de 2013

SEM RAZÃO PARA ESPERANÇA NO FUTURO PRÓXIMO


Segundo notícia de hoje, neste ano de 2013, desapareceram 1100 empregos por dia até Março. «Considerando os dados até Março, ontem avançados pelo Eurostat, Portugal já conta com 21 meses consecutivos de destruição de emprego».

E, apesar desta miséria nacional, o PM está orgulhoso do seu trabalho e ameaça candidatar-se a novo mandato. Veja os seguintes artigos linkados, Se não tiver tempo para ler tudo, veja ao menos, os títulos das notícias.

Passos Coelho: “Tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer” 
Passos quer dar a cara em 2015
ELEIÇÕES DE 2015 SÃO OBJETIVO PARA PASSOS

Embora não evidencie capacidade minimamente credível para esclarecer os cidadãos e para lhes captar o voto em próxima oportunidade, diz com sobranceira arrogância que não tem medo de eleições nem dos portugueses], mas como, normalmente, apenas diz que não tem medo quem está tolhido e condicionado por ele, vejamos e comparemos as notícias seguintes:

Passos Coelho não tem medo de eleições nem dos portugueses
Passos sem medo dos portugueses e do seu julgamento
Segurança reforçada à chegada de Passos Coelho à Amadora 
Governo precisou de protecção da polícia espanhola no 10 de Junho 
10 de Junho. Polícia espanhola garantiu segurança de Passos e Cavaco

E, como Passos atende mais aos alertas do exterior do que aos desabafos e manifestações dos seus concidadãos e eleitores, o FMI faz-lhe o favor de o alertar para perda de apoio político e social ao programa de ajustamento.

Perante isto, se o seu partido não o substituir na liderança, resta-nos a angústia de recear o pior para o seu partido nas próximas eleições em que, segundo promete, quer impor a sua presença.

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NUNO CRATO, O HOMEM ÉTICO


Transcrição de artigo:

Exames nacionais mantêm-se na segunda-feira, garante Nuno Crato
 TSF. Publicado em 12-06-2013 às 23:03

Após uma reunião com sindicatos dos professores, o ministro da Educação explicou que desmarcar exames com novas greves a serem marcadas «abriria um grave precedente».

Os exames nacionais de português e latim vão realizar-se na segunda-feira, assegurou o ministro da Educação, após uma reunião com os sindicatos de professores.

«Com novas graves a serem marcadas, desmarcar exames nesta situação abriria um grave precedente, tal como já tivemos oportunidade de afirmar», explicou Nuno Crato.

Na opinião do titular da pasta da Educação, «não se deve permitir por um simples aviso de greve que os exames sejam recalendarizados com consequências para alunos, pais e professores».

Nuno Crato garantiu ainda que serão encontradas alternativas para a eventualidade de se manter a greve dos professores para os exames nacionais de segunda-feira.

«Se houver alunos que não consigam realizar os exames no dia 17 será naturalmente fornecido a esses estudantes uma outra oportunidade», assegurou.

O titular da pasta da Educação recordou ainda que há sempre exames alternativos à primeira ou segunda fase e que estes «são construídos da forma mais equitativa possível, de tal maneira que o facto de não se fazer o exame numa fase e se fazer na outra não prejudica os alunos».

Nuno Crato notou ainda «pouca abertura de alguns sindicatos» durante as negociações desta sexta-feira, mas a «abertura de outros a que estes problemas fossem discutidos e que se tentasse evitar uma escalada de greves».

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sexta-feira, 14 de junho de 2013

SANCHES OSÓRIO EM ENTREVISTA


Transcrição de entrevista:

Sanches Osório. "Este governo já devia ter caído e alguém o vai defenestrar"
Ionline. Publicado em 10 Jun 2013 - 05:00. Por Isabel Tavares

"O ex-deputado considera que os militares estão a ser maltratados. Se é assim, também quer um sindicato que o defenda. Sanches Osório está "desconsolado" e "inquieto". Foi um dos capitães de Abril, mas diz que a História se encarregou de ir alterando os factos de tal forma que às vezes se pergunta se alguma vez participou na revolução. E fala dos seus pontos de revolta de hoje: co-adopção, casamento gay, reestruturação das Forças Armadas, cortes nas pensões. Não acredita que alguma coisa se resolva com os actuais partidos políticos: Paulo Portas é tudo menos cristão, Passos Coelho não serve, Cavaco é uma fraude, Louçã e os que lhe estão perto são ditadores e o PC é... o PC. Diz que já estamos em guerra e comenta as palavras de Mário Soares, "um político com defeitos mas com intuição" e que tem vindo a apelar à contestação. É por aí que começamos.

Várias personalidades têm apelado à revolta, a começar por Mário Soares. Concorda com ele?

Mário Soares tem uma intuição política extraordinária. As palavras às vezes faltam-lhe, mas o raciocínio está correcto. Havia um maluquinho no Miguel Bombarda que pensava a uma velocidade tremenda e então, para verbalizar o seu pensamento, fazia: zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz. Mas ele tem razão em muitas coisas.

Em quê?

Acho que o governo já devia ter caído há muito tempo e que alguém o vai defenestrar. E quanto mais legitimidade tiver, mais rapidamente chega ao chão.

O governo tem legitimidade?

Tem, isso é um facto. Miguel Vasconcelos, que em 1640 saiu pela janela, diz-se, também tinha toda a legitimidade, porque os Filipes eram reis legítimos em Portugal. E foi defenestrado.

Quem vai deitar abaixo este governo?

Não sei. Eu tive a ideia, quando foi a última reunião do conselho de Estado, de sugerir ao chefe da Casa Civil do senhor Presidente da República que distribuísse um baralho de tarot a cada conselheiro.

Para quê ou porquê?

Porque não acho que algo disto seja realista. Você pede-me uma nota de 500 euros e eu digo: não tenho, mas tenho uma esferográfica amarela. As pessoas estão conformadas mas isto é doentio.

Temos compromissos assinados com os nossos credores...

O que sei é que temos leis e se, sistematicamente e não modificando as leis, quando se trata de as aplicar não o fazemos porque as circunstâncias são especiais, então não vivemos num Estado de direito. De resto, quando um governo cai há uma lei eleitoral, há partidos políticos, há eleições.

Acredita que o governo vai cair?

Eu gostava que sim. Pode acontecer e, em minha opinião, já devia ter acontecido: cair na Assembleia da República.

Houve um momento em que isso devia ter acontecido?

Na votação do Orçamento do Estado, não tenho a menor dúvida. Eu sou deputado, não estou de acordo com o Orçamento, mas voto a favor e depois faço uma declaração a dizer que estou contra? Tenho é obrigação de votar contra. A Assembleia da República, tal como está a funcionar neste momento, se calhar não precisa de tantos deputados. Em vez de 230 bastam cinco e cada um levanta um cartaz a dizer quanto vale: 20, 40, 80 votos. Fica muito mais económico.

Foi deputado no âmbito de uma coligação. Já era assim?

Fui eleito primeiro por Lisboa, depois por Santarém. Passei a deputado independente porque o Partido Comunista propôs um voto de louvor à escritora Maria Lamas e eu resolvi votar a favor. O meu partido, o CDS, pediu meia hora de intervalo e fez uma reunião para me moer o juízo. Achei óptimo e sugeri que podiam aproveitar que estavam todos juntos para me expulsar, mas eu não votaria contra. Passei a independente, com uma cadeira à minha disposição no hemiciclo, outra nos corredores? E tinha as casas de banho, também. Acho uma coisa completamente indecorosa.

Continua a ser difícil ir contra a disciplina de voto...

Defendo que os votos no parlamento devem ser inteiramente livres, com excepção de duas coisas: o Orçamento do Estado e as moções de confiança.

Existe um momento certo para se fazer uma revolução?

Pergunta bem. Porque é que se fez a revolução no dia 25 de Abril? Porque tinha de ser antes do 1 de Maio e porque tinha que ser a meio da semana, caso contrário as pessoas iam para fora. Temos de ser racionais - saber ler nas entrelinhas -, mas a nossa classe política está a ser irracional. Emitem sinais e depois vêm os comentadores explicar esses sinais? Se pegarmos no "Diário da República", a coisa é pior ainda, porque começam por não se entender as leis.

Alguma em particular?

Havia o problema concretíssimo das candidaturas às autarquias. Pode um especialista autarca, doutorado em autarquias, vir de Melgaço para a câmara de Cascais? Se há uma lei e ninguém se entende, nada mais simples do que perguntar a quem a fez o que queria.

Porque é que isso não acontece?

Porque, se calhar, vendo objectivamente o que se passa, só o PC e o PSD têm gente nessas condições e seria incompreensível para a cabeça dos deputados que o PCP e o PSD votassem no mesmo sentido.

Voltando à irracionalidade dos políticos...

Analisando Itália, onde são mais palavrosos, mais o nosso tipo, ou França, que temos a mania de copiar, quantas modificações houve nos partidos políticos em perto de 40 anos? Bastantes. Cá não, apenas houve dissidências do PCP, que depois de passar pelo purgatório pode ser qualquer esquerda socialista.

Apareceram outros, mas duraram pouco tempo.

A democracia cristã desapareceu e, para mim, é radicalmente inconcebível que o CDS tenha aprovado o orçamento tal como está. Um partido de democracia cristã - e eu não gosto da terminologia -, que faz a defesa intransigente dos mercados e está-se nas tintas para os trabalhadores é inconcebível. Pode ser democrata, mas não é nada cristão.

Mesmo que tenha votado assim em nome do um mal menor, da imagem para o exterior, da estabilidade?

Qual estabilidade, quer estabilidade vá viver para o cemitério. Quanto ao resto, é conversa fiada, porque o lado de fora está-se nas tintas para nós. Completamente.

O que quer o lado de fora?

Quer que nós compremos os seus produtos, é para isso que nos emprestam dinheiro. Isto angustia-me imenso.

Qual é a solução em termos políticos? O que acho que devia acontecer é tranquilamente isto: o Partido Social Democrata, vulgo PSD, devia desaparecer.

Porquê o PSD?

Porque está na linha directa da União Nacional, da Acção Nacional Popular, é um partido que quer o poder pelo poder, a qualquer preço, e que complica e torna ambígua a escolha política dos portugueses. Os sociais-democratas do PSD devem passar para o PS, os ditos democratas cristãos - se os houver, que eu julgo que não há -, devem passar para um partido democrata cristão.

E o que acontece ao CDS?

Tem de levar uma volta. Eu percebo perfeitamente que fundadores do CDS estejam agora no PS, porque o CDS actual não tem nada de democrata-cristão.

Como vê Paulo Portas?

Ouvi-o dizer que não aceitava a TSU, mas aceita que reduzam o contrato que fizeram comigo em 10%. Não vejo onde está a coerência. Portanto, eu, cidadão, não votarei mais no CDS, isso é garantido. Também seria incapaz de votar no Bloco de Esquerda, o pequeno Louçã é um ditador, um tipo horroroso, não tenho a menor dúvida, e os outros do lado, noutro género, são iguais. Mas não tenho pejo algum em ir a uma manifestação contra o governo mesmo que convocada pela CGTP ou pelo PC. Eles querem que caia o governo, eu também, então vamos nisso!

Já foi a alguma manifestação?

Não fui porque, infelizmente, não tenho saúde para isso. O general de Gaulle também se aliou com o PC.

Sobre a actuação do Presidente da República em todo este processo, o que tem a dizer?

É-me muito penoso falar do Presidente da República porque nunca votei nele, nunca o apoiei e acho que está mal naquele lugar desde há anos. A isenção do professor Cavaco Silva, em termos políticos, é uma fraude. Ele olha para o umbigo dele, sempre olhou.

Diz que falta um partido democrata-cristão, mas o Partido da Democracia Cristã não vingou...

Tem de haver autenticidade. Em 1975 eu declarei no Pavilhão dos Desportos que era de direita e iam-me comendo vivo, porque era fascista. Mas se olhar para as pessoas que estão nas fotografias a fazer manifestações a saudar a nacionalização dos bancos, depois do 11 de Março, são os dirigentes dos trabalhadores sociais-democratas que agora acham que o mercado, a iniciativa privada, é que conta. Só que o nacionalismo, como dizia Adam Smith, sempre precisou de um Estado forte para dirigir as empresas e fazer com que as regras se cumpram.

Temos hoje pessoas para fundar novos partidos ou farão a mesma coisa com outro nome?

A primeira coisa que temos de fazer é modificar a lei dos partidos, que foi feita para agradar ao PCP. Não cabe na cabeça de ninguém de bom senso ter um núcleo do CDS na Samardã [Vila Real]. A estrutura partidária sobreposta à estrutura administrativa do Estado cheira a poderes paralelos. A célula do PC é uma coisa da organização deles e pôr-me a mim, mais ou menos anárquico, a dizer que só posso falar com este e não posso falar com o outro... E é isso que se passa. Como é que se pode ter numa assembleia de freguesia um cidadão doutorado em economia a obedecer às ordens do padeiro, que é o representante do partido no concelho? Claro que chateia e você diz que assim não quer mais.

É isso que vai acontecer nas eleições autárquicas?

Está tudo desfeito e o discurso que ouvimos diz o contrário. O povo está contente, as eleições autárquicas não têm valor nacional, só têm valor local... Quando todos sabemos que é mentira.

É preciso alterar a Constituição?

Se calhar é, mas, então, altere-se. Agora, deixar de cumprir a Constituição só para suscitar o ódio ao Tribunal Constitucional, acho uma indignidade. Há dias convidaram-me para fazer uma palestra fundamentada num livro à escolha e lembrei-me de levar a Constituição. Porque achei inadmissível a reacção do deputado Negrão, que disse que é preciso uma iniciação especial para poder ter acesso à Constituição porque ela é perigosa, datada. E é isto um deputado, o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, juiz?

Alterar a Constituição acarreta o risco de, também agora, ser feita à luz de quem está no poder?

Isso é fatal. Quem a fez em 1976 pôs lá projectos apresentados e discutidos por partidos políticos e todos eles, mesmo o CDS, tinham um artigo a dizer que Portugal era uma República (...) a caminho do socialismo. O CDS era diferente porque dizia do socialismo português. E quando perguntavam ao Adelino Amaro da Costa o que era aquilo, ele respondia: depois se verá. O problema fundamental é Miguel Vasconcelos: o governo em funções é equivalente aos sátrapas, [governantes das províncias] do Império Persa. Temos um governo que depende da Alemanha, ponto final. Portanto, os senhores deputados não têm mais do que constatar isto e dizê-lo. Sob pena de estarem a embarcar numa mistificação que vai acabar mal.

Qual seria a atitude certa?

Se calhar devíamos ter saído do euro. O governo, o programa do partido, tem de mudar coisas radicais. Se se constata, por mais esforços que se façam - e aqui parece uma coisa do género Sporting Clube de Portugal, que é o meu clube desde pequenino -, perde todas as semanas mas acha que vai ganhar o campeonato? Claro que não vai. O défice piora, a dívida piora, o desemprego aumenta, mas isto vai ficar que é uma maravilha. Ninguém acredita.

Mudar o governo não é necessariamente mudar a relação com a União Europeia, com a Alemanha. Por isso repito a pergunta: o que fazer?

Não sei e, mais grave, não tenho de saber. Porque o senhor ministro das Finanças, o senhor ministro da Economia e todos os outros que hão-de ser, é que têm de saber o que fazer, não sou eu, que sou eleitor. O eleitor tem de ter alguém em quem acredite.

E tem?

Se calhar não tem e o que acontece é uma grande desgraça. O risco é aparecer aí um tipo qualquer a dizer que vai fazer não sei o quê e vão todos atrás.

Vê alguém?

Não vejo, para já não vejo ninguém em quem acreditar. Mas esta deficiência dos governos não é específica de Portugal, a França está na mesma. O "Le Figaro" ainda agora trazia um título a dizer "Immobile a grands pas" [imóvel com grandes passos], porque ele dizia que ia passar à ofensiva.

A eleição de Merkel, na Alemanha, vai mudar alguma coisa?

Não vai mudar rigorosamente nada. Porque os alemães estão convencidos que nós somos atrasados mentais.

Acredita que a Europa pode estar a caminhar para uma guerra?

Acredito. Está a acontecer. Ninguém sai do euro, mas o que tem nos vários países são as medidas equivalentes à saída do euro, à desvalorização das várias moedas. Porque quando tem de se diminuir os salários e as pensões e aumentar os impostos, o que se está é a criar euros diferentes: o euro de Portugal, o euro de Itália, o euro de Espanha, o euro de França, todos comparados com o euro da Alemanha, que é o marco. Se quiser uma visão ainda mais catastrofista: já estamos em guerra, há mortos e fome. E a Alemanha está a ganhar. Depois, vem com pezinhos de lã oferecer emprego aos nossos engenheiros.

Costuma olhar para estas questões com olhos de militar? Qual é a sua visão?

Sim. Quando os povos chegam a este impasse, quando já não sabem qual é a solução, é quando acontece a guerra.

E é melhor que aconteça?

Não, a guerra é sempre uma coisa terrível. Mas convém estar preparado. Agora, o que estou é desconsolado com esta sociedade e fico profundamente revoltado com certas atitudes.

Quais são os pontos da sua revolta?

Por exemplo, esta coisa da co-adopção, do casamento de pessoas do mesmo sexo, a história da educação sexual nas escolas e uma coisa ainda mais grave, que vem a caminho - com um certo atraso, mas vem -, que é esta coisa de que o sexo é uma opção pessoal. Portanto, eu não vou contrariar os meus netos, nem explicar coisa alguma porque quando eles tiverem idade vão discernir se são menino ou menina. Isto é uma aberração.

Fala-se agora na discriminação de género, a propósito do Colégio Militar, que tem instituições para rapazes e para raparigas...

A história do Colégio Militar tem 210 anos e agora estas mentes iluminadas, entre as quais está o ministro da Defesa, dizem que não pode haver discriminação de género no ensino militar público. E, imediatamente, surgem-me duas considerações: a ser assim, porque não se substitui o chefe do Estado Maior do Exército - já que o Exército é uma coisa demasiado séria para ser entregue aos militares, que são uns chibos, uns gajos horrorosos, que falam calão e não sabem nada da Constituição, coitados, só sabem da caserna -, por um magistrado judicial - que são uns tipos que vêm de Marte, imparciais e impolutos? E, já agora, que se substitua por uma magistrada, de preferência lésbica. E o homem do pessoal também deve ser um magistrado, mas homossexual, e o homem da logística deve ser transexual, para equilibrar. Ficam chocados, mas então não é isso que se pretende, o que é que estamos a fabricar? Eu não quero isto para os meus netos.

O que quer?

Acho absolutamente inconcebível, em nome da estabilidade ou de qualquer valor deste género, eu meter a minha fé no bengaleiro quando entro no hemiciclo da Assembleia da República. Tenho de poder ser católico e dizer que não quero isto. O que pensa do fim do Instituto de Odivelas? As meninas de Odivelas vão, durante o dia, frequentar as instalações do Colégio Militar. Qual foi a génese disto, um estudo do professor doutor engenheiro Marçal Grilo. Porque fez o estudo, não sei, mas neste país, depois do governo vem a Fundação Gulbenkian. Ele concluiu mas não tem nada com a execução, o ministro decidiu e agora o chefe do Estado Maior distribuirá os preservativos. Porque misturar rapazes e raparigas adolescentes é arranjar um molho de brócolos.

É um crítico da reestruturação das Forças Armadas. Não concorda que têm de ser reestruturadas?>

Claro que sim, mas é preciso explicar os objectivos. Devia haver serviço militar obrigatório muito simplesmente para explicar ao comum dos cidadãos o que é a pátria e que há valores além do défice. O serviço militar obrigatório acabou porque o senhor Seguro, o senhor Coelho e outros não queriam fazê-lo.

O que ofende os militares nesta altura?

A base da ofensa é que nunca, ao longo da História, se pediu a um funcionário público que morresse pela pátria, mas agora vêm dizer que os militares são funcionários públicos. Em 1982, quando foi feita a tabela de vencimentos pela Assembleia da República, fez-se equivaler o nível de vencimentos dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça, dos embaixadores, dos professores catedráticos e dos generais. Passou a água por baixo das pontes, os juízes fizeram greve e os vencimentos aumentaram, os professores fizeram greve e os vencimentos aumentaram, os embaixadores e os generais não fazem greve e ficaram a arder. Não concordo com o sindicalismo nas Forças Armadas, porque o comandante defende os militares, mas deixou de ter esta função, é preciso alguém que os defenda. E se somos funcionários públicos iguais aos outros, então quero um sindicato. E quando me mandarem para o Líbano, eu digo que só vou se me pagarem X. Isto funciona na Holanda, em Itália e noutros países. Os militares portugueses sacrificam-se pela pátria, mas a pátria está-se nas tintas para eles.

O ministro da Defesa está a desempenhar bem a sua função?

Está a desempenhar um papel extremamente negativo. Recebi uma directiva dele via internet com mais de 20 pontos, coisas que vai pondo em despacho. No fim tinha assim: os ramos - Exército, Força Aérea e Marinha -, darão 3% do seu orçamento para o grupo que vai coordenar esta reestruturação. E eu, com a confiança que tenho no nosso governo, acredito que estes 39 vão direitinhos para o gabinete de advogados que fez a preparação da legislação disto que, necessariamente, há-de ser ali de Matosinhos ou da Cedofeita. Mas aqui tem uma fiscalização que é relativamente fácil, que é a dos gabinetes de advogados que estão dos dois lados.

O 10 de Junho faz sentido, para si?

É uma data do Estado Novo, podia ser noutro dia qualquer. Não me diz rigorosamente nada e ainda menos me dizem os acrescentos, que pioram a coisa. Começou por ser dia da raça, que é uma coisa incomodíssima, existe mas não se pode dizer. Depois, há dois 10 de Junho, o do Presidente, em Elvas, e o dos militares, no Forte do Bom Sucesso."

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PASSOS QUERERÁ MESMO CONTINUAR POR MAIS SEIS ANOS??


Da notícia FMI alerta para perda de apoio político e social ao programa de ajustamento  transcreve-se o seguinte parágrafo:

«O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconhece que o consenso social e político que tem permitido implementar o programa de ajustamento em Portugal “enfraqueceu de forma significativa”. No relatório da sétima avaliação, o Fundo avisa que esta situação conjugada com a melhoria do ambiente nos mercados internacionais está a fragilizar a vontade de realizar reformas. O organismo reconhece que a retoma económica está a demorar mais do que o previsto, o que levou à flexibilização das metas orçamentais. No entanto, assinala que a falta de iniciativas com impacto no aumento da competitividade no curto prazo, aumenta o risco do ajustamento continuar a ser feito através de mais medidas recessivas.»

Este alerta e as preocupações nele referidas condizem com as seguintes notícias:

FMI avisa que dívida pública poderá chegar aos 140% do PIB
Défice em contabilidade pública vai poder atingir os 8,9 mil milhões de euros este ano
Pensões no Estado reduzidas para 80% do último salário a partir de 2014
Eduardo Catroga: 'Surpreenderam-me os erros políticos de Passos'

Mas tais notícias deixam confuso qualquer português de cultura média e grande empenho em observar os passos que estamos a dar para amanhã, e os sinais vindos dos timoneiros, ao comparar este cenário pouco animador com as seguintes notícias recentes

Passos Coelho: “Tenho muito orgulho no trabalho que estou a fazer”
Passos Coelho não tem medo de eleições nem dos portugueses
Passos quer mais seis anos. Pois...
Passos quer dar a cara em 2015
Querer (nem sempre) é Poder !!!

Depois de uma curta meditação sobre tanta confusão, surge a perplexidade: Qual seria a finalidade e os fundamentos da declaração do PM em 08-06-2013 de que pensa candidatar-se a novo mandato em 2015? A quem se dirigia tal mensagem? Queria ameaçar quem? Será que pensa que tais palavras levantam o moral e a confiança num futuro melhor da maioria dos portugueses? Depois de tantos projectos fantasiosos não materializados, o povo jã perdeu a confiança em promessas que mais se parecem com cortinas de fumo, de camuflagens destinadas a desviar as atenções de casos graves que mostram a inutilidade da austeridade que tem «esmagado» as populações distante dos gabinetes do Poder como se vê quando a dívida, em vez de diminuir, está a aumentar até aos 140% do PIB.

Quem poderá ajudar o espírito dos portugueses a obter alguma tranquilidade e confiança?

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

LATA DE SÓCRATES, DE RELVAS E DO REGIME


Transcrição de artigo:

A LATA

Diário de Notícias 28/04/13. Por Manuel Maria Carrilho

O contrato com Sócrates para ser comentador semanal no canal público de televisão teve de partir, ou de passar, por Relvas. Isso é óbvio. E só a imagem do que terá sido essa negociação a dois dá uma ideia arrepiante, mas bem clara, do estado de degradação extrema a que chegou o regime.

É uma contratação que infelizmente não surpreende porque, na verdade, José Sócrates e Miguel Relvas são políticos siameses. Se olharmos bem para o perfil e para o percurso de um e de outro, a conclusão impõe-se como evidente. E muitas coisas estranhas se tornam, de repente, claras e compreensíveis.

A história da licenciatura de Relvas foi o primeiro sinal de uma semelhança que se revela bem mais funda: o mesmo fascínio pelo mundo dos negócios, o mesmo desprezo pela cultura e pelo mérito, o mesmo tipo de relação com a comunicação social, o mesmo apego sem princípios ao poder e, acima de tudo, a mesma lata, uma gigantesca lata! Só falta mesmo ver também Sócrates a trautear a "Grândola, Vila Morena", mas por este andar lá chegaremos.

O contrato com a RTP vem, de resto, acentuar mais uma convergência entre Sócrates e Relvas, e num ponto político extremamente sensível, que é o da concepção de serviço público de televisão. Porque, com este contrato, Sócrates aparece a cobrir inteiramente a devastação feita por Relvas no sector, e a bloquear tudo o que o PS pretenda dizer ou propor sobre o assunto. E quem cauciona o que Relvas fez aqui, cauciona tudo.

O que Sócrates deve fazer é assumir as suas responsabilidades na crise, e pedir desculpa aos portugueses, e para isso basta uma entrevista pontual, sóbria, esclarecedora e responsável. É isso que os Portugueses merecem, é disso que a nossa democracia precisa, e é a isso que o Partido Socialista tem direito. Ficar a pastar nos comentários, pelo contrário, é puro circo político, e do pior: é usar o horário nobre do serviço público de televisão para jogadas de baixa política e de pura revanche política pessoal.

Como já há tempos afirmei, Sócrates e Relvas são sem dúvida os dois políticos que mais contribuíram para a crise moral, e de confiança, que o País atravessa. Uma crise que veio agudizar todas as suspeitas com que os cidadãos olham para as suas elites dirigentes e para o continuado fracasso da sua ação.

São casos que a radical mediatização dos nossos dias facilita. Nomeadamente, porque ela abriu as portas à irrupção de um novo tipo de político, que trocou o retrato de cidadão esforçado, reservado e responsável de outros tempos, por um perfil em que o traço dominante é, simplesmente, o da lata. E essa lata é o quê? É sobretudo a expressão de uma afirmação pessoal sem limites de qualquer ordem, que tudo arrasa no seu caminho, num júbilo mais ou menos histérico que dispensa qualificações ou convicções que não sejam de ordem psicológica ou comunicacional. Daí, naturalmente, a excitação voluntarista e a encenação estridente que sempre a acompanham.

A lata não é certamente um exclusivo dos políticos, mas tem neles um terreno de excepção. Ela aparece hoje como um traço específico do que alguns autores têm diagnosticado como a "nova economia psíquica" do nosso tempo. É isso que leva muita gente a ver neles verdadeiros mutantes, e a lamentar nostalgicamente que, na política, tenham desaparecido os verdadeiros líderes.

Mas seja ou não de mutantes que se trata, é preciso reconhecer que os "políticos de lata" estão em sintonia com muitas transformações do mundo contemporâneo, e que é por isso que eles suscitam inegáveis apoios e vivas controvérsias. Figuras maiores, bem ilustrativas deste fenómeno, são Sílvio Berlusconi ou Nicolas Sarkozy.

São sempre criaturas mitómanas, destituídas de superego e, portanto, de sentido de culpa ou de responsabilidade. Revelam uma contumaz incapacidade de lidar com a frustração, que é, como Freud bem ensinou, onde começam todas as patologias verdadeiramente graves.

Com eles, tudo se dissolve num narcisismo amoral, quase delinquente, que vive entre a alucinação de todos os possíveis e a rejeição de quaisquer limites. Eles estão pois muito em linha com o paradigma do ilimitado que tem anestesiado e minado o mundo nas últimas décadas.

A lata tornou-se, deste modo, num traço político muito frequente, que anima os mais variados, e lamentáveis, tipos de voluntarismo. Não admira pois que os políticos de lata se singularizem, não pela sua dedicação a causas ou a convicções, mas pelos intermináveis casos em que se envolvem e são envolvidos.

É também por isso que eles têm sempre que tentar voltar, foi assim com Berlusconi, é o que se tem visto com Sarkozy, chegou a vez de José Sócrates. Não resistem, e todos encenam, para disfarçar a sua doentia obsessão com o poder, umas travessias do deserto mais ou menos culturais: Berlusconi com a música, Sarkozy com a literatura e o teatro, Sócrates com a filosofia.

Mas o seu compulsivo "comeback" acaba sempre por se impor, porque ele é o tributo que eles têm que pagar à sua tão vazia como ilimitada mitomania. Com consequências, atenção, que já conduziram várias sociedades e diversos países às piores tragédias. Esperemos que não seja esse, desta vez, o caso, mas o aviso aqui fica!?

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IRONIA OU CRÍTICA SOCIAL???


Como todos os meus amigos sabem, gosto de andar a pé, com a liberdade de acelerar ou abrandar e de apreciar calmamente aquilo que vejo.

Numa destas deambulações, em área urbana, cruzei de surpresa com o meu amigo R Fortes, cuja inteligência e amplitude de temas me tem inspirado muita admiração e respeito. Ia a falar sozinho, em voz audível o que me fez temer pela sua sanidade mental.

Parei, recuei uns passos e ao lado dele perguntei: O que está a passar-se contigo, que ias a falar sozinho? A resposta não tardou, sem hesitação: Ia a falar comigo. Gosto de conversar com pessoas inteligentes, o que hoje raramente é possível.

Depois iniciámos uma elevada conversa sobre temas da actualidade.

Mas não quero esquecer-me da resposta inicial, que me fez recordar a conversa que ouvi ao Amigo António e que referi no post O AMIGO ANTÓNIO MANTÉM-SE ACTUALIZADO

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

O REI VAI NU. JOSÉ GOMES FERREIRA


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terça-feira, 11 de junho de 2013

SER AMIGO - GOLFINHO E CÃO

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

PR DISSE AOS MILITARES, EM 10 DE JUNHO, EM ELVAS


Transcrição integral do discurso do PR:

Discurso do Presidente da República nas Cerimónias Militares das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas
Elvas, 10 de junho de 2013

Comemoramos hoje o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Comemorar é revisitar o passado, o legado da cultura e da história, de referências e de valores que moldaram a nossa identidade. Porque esta Pátria em que nos revemos foi e sempre será determinada pelo querer e pela vontade dos portugueses. É este o sentido que devemos dar a estas Comemorações.

Fazêmo-lo em Elvas, Cidade-Quartel, cidade de longa presença e tradições militares, palco de batalhas, e onde se escreveram das mais belas páginas da nossa história. Aqui se travou uma das decisivas Batalhas da Restauração, nas Linhas de Elvas, onde, movidas pelo querer e coragem, as tropas portuguesas e a população obtiveram uma vitória de enorme importância política, militar e simbólica.

Envolvida pelo imponente Aqueduto da Amoreira, sob o testemunho das suas muralhas intemporais e o olhar distante do Forte da Graça, uma das jóias da arquitectura militar, a grandiosidade de Elvas materializa-se no seu vasto património de fortificações, simbiose perfeita entre o saber e o querer, o conhecimento da arte da guerra, a que se juntou a determinação e a ambição de um Povo.

É este o legado que deve ser exaltado, competindo a todos nós estar à altura desta herança, confiantes e seguros de que a alma e o sentir português se mantêm vivos e merecedores do seu passado.

Portugueses,

Uma vez mais contamos com a presença, nesta Cerimónia, dos Antigos Combatentes que, como tem acontecido nos últimos anos, ocuparão lugar de relevo no Desfile Militar. Destaco o extraordinário espírito de solidariedade que os Combatentes tão bem conhecem e que hoje, em Portugal, como tantos exemplos ilustram, se estende por toda a sociedade civil, no seio das famílias, nas instituições de apoio social e nas iniciativas que surgem a nível local para minorar as dificuldades dos que são mais atingidos pela crise que o País atravessa.

A Nação deve saber honrar aqueles que tudo deram por ela, prestando-lhes a devida homenagem e não esquecendo o apoio que lhes é devido..

Militares,

A situação de crise e de exiguidade de recursos que vivemos exige reformas, exige sacrifícios, exige a compreensão do que está em jogo, exige um arreigado patriotismo e um notável espírito de missão. Nenhuma instituição deve permanecer intocada. Mas nenhuma instituição deve ser descaracterizada na sua essência. Mais, ainda, quando se trata de pilares fundamentais do Estado, expressão de valores e de princípios que não se alienam.

Quero realçar, desde já, o comportamento exemplar das Forças Armadas.

As Forças Armadas compreendem e participam no esforço que a todos é pedido. Colaborando e procedendo a estudos no sentido de se encontrarem as soluções que melhor se harmonizem com os objectivos propostos. Prosseguindo uma reestruturação que prevê acomodar uma redução significativa de efectivos e que é bem reveladora do espírito e da atitude de cooperação demonstrados neste processo.

As Forças Armadas têm sido um referencial de estabilidade, coesão e disciplina, cumprindo as suas tarefas com grande competência, dedicação e profissionalismo.

As reformas devem ser cuidadosamente preparadas e calendarizadas, ser objecto de um consenso alargado entre os órgãos de soberania e envolver um diálogo aprofundado com os Chefes Militares, salvaguardando a razão de ser das Forças Armadas, a sua capacidade de combate, a sua motivação e a sua condição militar.

Aos órgãos de soberania compete definir o enquadramento político e jurídico da Defesa Nacional e das Forças Armadas. Compete-lhes a orientação política, a afetação de recursos, o acompanhamento e a supervisão da respetiva ação. É sua a responsabilidade primeira pelo bom funcionamento da Instituição Militar em face dos objetivos definidos e dos superiores interesses da Nação.

Aos militares compete cumprir as determinações e orientações dos agentes políticos. Mas têm também o direito e, diria até, o dever de contribuir, com lealdade e sentido de ajuda, para a formulação das melhores soluções em relação às Forças Armadas.

Os decisores políticos têm, por sua vez, a obrigação de com eles trabalharem para essa finalidade.

Estarão assim criadas as condições para que as reformas não se limitem a um mero exercício de rigor orçamental, antes incorporando um conjunto de princípios funcionais e de valores patrióticos, éticos e institucionais que caracterizam as Forças Armadas e que lhes são próprios.

Haverá, sem dúvida, margem para racionalizar na estrutura superior, nas áreas de comando, na logística e no ensino e no dispositivo territorial, mas sempre salvaguardando a componente operacional e não descaracterizando a Instituição Militar.

Militares,

O processo de reformas em curso nas Forças Armadas vai ainda requerer muito trabalho e especial cuidado, nomeadamente no tratamento das questões do âmbito do pessoal, reconhecidamente o seu principal ativo.

A área da Saúde reveste-se de vincada importância operacional e de especial sensibilidade para a Família Militar, possuindo uma natureza específica que importa contemplar na definição da sua estrutura e organização.

Ainda na área do pessoal, decorre a revisão do Estatuto dos Militares das Forças Armadas, que, sendo um documento definidor das carreiras, da formação, das funções, das relações hierárquicas e disciplinares, dos direitos e deveres e, no fundo, moldando o futuro da Instituição Militar e dos elementos que a servem, assume importância capital.

O processo de revisão deve ser conduzido com ponderação, sensatez e respeito pelos princípios, regras e valores da Instituição.

Por último, o Ensino é um verdadeiro esteio da estrutura e do funcionamento das Forças Armadas. Vocacionada para o desempenho técnico-profissional e para o Comando de pessoas, muitas vezes em situações de grande exigência e complexidade, a Formação Militar não se limita à componente académica.

Estando inserida de forma plena no sistema universitário nacional, a Formação Militar, é, antes de tudo, uma Escola de Chefes e uma escola de valores castrenses e de cidadania, o que lhe confere um caráter distintivo. Não é por acaso que as Escolas Militares têm Comandantes e não Reitores.

Portugueses,

As Forças Armadas têm cumprido as suas missões dentro e fora do território nacional, sendo de saudar a sua elevada operacionalidade. Para que esta se mantenha em elevados padrões, é importante garantir as condições para o treino e operação das forças.

No plano interno, para além das missões estritamente militares, as Forças Armadas atuam em apoio às populações e ao desenvolvimento nacional.

Na última década, foram empregues mais de 36 mil militares e percorridos mais de 3 milhões de quilómetros em defesa da floresta e na abertura de estradas, voaram-se mais de 28 mil horas e efetuaram-se 230 mil horas de navegação, envolvendo mais de 70 mil militares, em missões como a busca e salvamento no mar, a vigilância dos espaços marítimos sob jurisdição nacional, as operações de emergência na área da saúde. As capacidades e os recursos das Forças Armadas são postos, no dia-a-dia, ao serviço de Portugal e dos portugueses.

No plano externo, Portugal tem cerca de 700 militares destacados em cinco Teatros de Operações - Afeganistão, Kosovo, Mediterrâneo, Somália e Mali -, continuando também a assumir importantes compromissos, no âmbito da Cooperação Técnico-Militar, com os Países de Língua Oficial Portuguesa.

Destaco o sucesso no combate à pirataria marítima, onde Portugal comanda presentemente a Operação Atalanta no âmbito da União Europeia.

Também no Afeganistão, como parte da “estratégia de saída” da coligação internacional, as Forças Armadas Portuguesas estão a implementar uma nova configuração do dispositivo, com ênfase na formação dos militares locais, de modo a assegurar uma transferência progressiva das responsabilidades de segurança para os próprios afegãos.

Militares,.

A vossa determinação e disponibilidade, o vosso espírito de missão, constituem inquestionável exemplo de cidadania, de profissionalismo e dedicação à Pátria..

Os tempos que vivemos são tempos de riscos, incertezas e desafios. Mas, perante as dificuldades, não podemos perder a coesão e o sentido de comunidade e solidariedade. Não se pode esquecer quem mais precisa, tal como não podemos enveredar por um caminho de negativismo, resignação ou indiferença..

Perante vós, como Comandante Supremo, quero expressar a todos os militares o meu apreço e a minha confiança pela forma responsável como têm interpretado a dimensão e o sentir de ser Soldado de Portugal, manifestando um comportamento e um sentido de dever exemplares. Lembrando a coragem dos que nos antecederam, vamos transformar um tempo de incerteza em tempo de esperança e de mudança, de vontade autêntica em construir um destino comum que, juntos, conseguiremos alcançar: o destino de sermos Portugal.

Obrigado..

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