sábado, 10 de agosto de 2013

ELES SABERÃO O QUE FAZEM ???



Não houve surpresa ao deparar-se com a notícia que informa que:

O Governo não realizou, esta sexta-feira, o “briefing” com os jornalistas, como estava programado. Além disso, também não se compromete com dois encontros na próxima semana (…)
Quando os encontros com jornalistas foram retomados, a 31 de Julho, foi assinalado que os “briefings”, que ,quando começaram deveriam ser diários, passariam a ser bissemanais. Iriam acontecer à terça e à sexta-feira. Contudo, na segunda semana desde que foram retomados os “briefings”, houve um cancelamento. O desta sexta-feira.(…)


NOTA: Enfim, decisões impreparadas, desconhecendo a metodologia aconselhada em «Pensar antes de decidir». Os senhores governantes não têm respeito pelo povo deste País, nem pelos jornalistas e brincam infantilmente com caprichos e fantasias, antes de pensarem serenamente no objectivo que pretendem, na análise cuidadosa de todos os factores com incidência no problema e na escolha da modalidade mais correcta, planeando (planear é prever) os pormenores por fora a não mostrarem o seu aprendizado deficiente ou falta dele e procurarem evitar ter de fazer face às suas hesitações com emendas, avanços e recuos.

Não pensaram, com oportunidade, que os jornalistas são inteligentes (o seu QI médio não será inferior ao dos políticos) e não uns burros incipientes que comem toda a palha, independentemente da forma como lhes é dada. Por outro lado, eles conhecem melhor do que a maioria dos políticos os problemas dos portugueses das diversas regiões. E, a jusante dos jornalistas, estão os portugueses que lêm e ouvem a Comunicação Social..

Senhores governantes, não esqueçam que não são os detentores exclusivos da inteligência e da verdade. Procurem esclarecer em vez de aumentar as dúvidas e as interrogações, porque estas nunca são favoráveis aos ocupantes dos gabinetes governamentais,

Imagem de arquivo

2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Poiares Maduro é um excelente académico, amigo João Soares.
O que não quer dizer, longe disso, que possa ser um bom governante.
Boa semana!

A. João Soares disse...

Caro Pedro Coimbra,

Não é o primeiro académico de grande reputação que aparece na política a fazer péssima figura. Há uma grande distância entre a ciência e a vida prática. Um bom cientista está habituado a raciocínios com dados adquiridos que não se adaptam às realidades práticas.

A seguir ao 25 de Abril o professor de economia Manuel Pereira de Moura, autor de vários manuais escolares não acertou com a acção política e contava-se que o pai, transmontano de Bragança com uma mercearia que lhe assegurou a formação dos filhos queixava-se com as dificuldades do negócio: Enquanto fazia as minhas contas com «houve» «douve» o negócio deu para formar dois economistas. Depois de estes me levara«em a fazer uma escrita moderna e «deve» «haver», já não há nada.

Por outro lado, governar é olhar para as pessoas, a sua qualidade de vida as suas dificuldades. E isso está muito longe das preocupações de quem está habituado às congeminações da alta ciência. Há assuntos em que um gestor de tasca pode raciocinar melhor do que um prémio Nobel de Filosofia. para encontrar uma solução prática eficaz.

Um abraço
João