quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CORTES PERVERSOS NA SAÚDE


Será que a ameaça de mais cortes a acrescentar aos anteriores, seja uma estratégia de caminhar para aplicar a eutanásia compulsiva aos cidadãos menos produtivos, por, desumanamente, serem considerados um peso no Estado. Isso seria condicente, ou outro sinal da mesma tendência, com as afirmações do deputado do PSD, Carlos Peixoto, acerca do perigo da peste grisalha , referido há tempos neste blogue.

Transcreve-se o artigo do Expresso:

"É perverso fazer mais cortes na Saúde"
Expresso. 21:43 Terça feira, 15 de outubro de 2013. Por Vera Lúcia Arreigoso

Enfermeiros lembram que já foram ultrapassadas todas as medidas exigidas pela troika.

JOSÉ VENTURAO Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vê com grande preocupação novos cortes na Saúde.

"A primeira reacção é que o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vê com grande preocupação que sejam, uma vez mais, feitos cortes na Saúde, onde já foram ultrapassadas todas as medidas previstas pela troika", afirma a vice-coordenadora nacional, Guadalupe Simões. "As consequências serão para a saúde dos portugueses, mas também para os indicadores que colocavam o Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre os mais eficientes".

Na opinião da enfermeira, não é compreensível "uma nova redução nas verbas da Saúde, quando todos temos a perfeita noção de que é cada vez mais difícil aceder ao SNS". E dá um exemplo: "A actualização das taxas moderadoras nos hospitais face à inflação é, na verdade, um imposto criado para financiar o SNS."

No Orçamento do Estado para o próximo ano, está ainda prevista uma alteração no modelo de organização e remuneração das Unidades de Saúde Familiar, embora sem indicação concreta do que vai mudar. No entanto, Guadalupe Simões está convencida de que as alterações não vão ser para melhor.

"Todos os relatórios demonstram que há maior eficiência e que isso se deve à criação de incentivos remuneratórios, que tememos que agora venham a ser reduzidos para os profissionais e para as próprias unidades." Na prática, "será mais um contrato feito com os profissionais de saúde que é rasgado, colocando em causa uma reforma que está paralisada desde que este Governo tomou posse."

Sobre os cortes nos protocolos com os sectores privado e social, a dirigente sindical é taxativa: "É perverso, pois este ministro tem feito protocolos com privados, e que aumentaram a despesa do SNS". Desde logo, "o acordo, feito à revelia do Tribunal de Contas, com o Hospital da Cruz Vermelha".

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