sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A LÓGICA NÃO DEVE SER ATROPELADA

Independentemente da proveniência das afirmações, devemos respeitar a lógica e apenas darmos crédito às afirmações que passem no teste do nosso raciocínio. E, se usarmos essa testagem com independência, podemos dar apreço ou evitar afirmações vindas de qualquer sector ou pessoa.

A notícia «PS evita acordo a médio prazo no IRC e só reduz imposto se baixar IVA e IRS» apresenta uma visão muito coerente com a justiça social e a multidão que , com o seu trabalho e o seu consumo faz funcionar a economia.

O aumento do IVA tem sido uma ferramenta de resultado imediato, tal como roubar a carteira ao passageiro ao nosso lado, principalmente se for um idosos ou deficiente sem facilidades de defesa. Ao passo que o IRC afecta os poderosos, aqueles com quem os políticos querem ter «empatias» por daí advir a corrupção, o tráfico de influências, as negociatas, o enriquecimento ilícito e a garantia de tacho depois de receberem a subvenção de reinserção e iniciarem o recebimento da subvenção vitalícia.

O ataque ao IVA já ficou bem salientado na notícia de 01-09-2010 «Soares dos Santos defende redução do IRS e IRC e aumento do IVA» que serviu de mote ao post do mesmo dia «Justiça Social ???» em que se procurou analisar a grande injustiça do IVA Começa por ser flagrante que, o contrário dos outros impostos, este não está organizado em escalões conforme aos rendimentos do contribuinte.

E, pior do que isto, incide sobre a totalidade dos rendimentos dos mais pobres que consomem tudo o que recebem e, mesmo assim passam carências. Mas os mais ricos só sofrem o peso do IVA numa pequena parte do seu rendimento porque o restante é destinado a poupança, investimento, depósito em «offhore», etc.

Seguindo tal raciocínio consta ta no referido «post» que o milionário da notícia «defende os seus interesses e os dos seus pares do topo da lista dos mais ricos e não tem escrúpulos de agravar tragicamente a vida dos mais pobres. Efectivamente, quer aliviar o IRS e o IRC que afectam mais os que têm rendimentos mais altos e não beneficiam os que pouco têm. Pelo contrário, quer agravar o IVA que afecta, por igual (aparentemente), todos os consumidores desde o mais pobre que apenas compra um pão para enganar a fome. Se tal ideia fosse aceite, aumentaria de forma trágica o fosso, já demasiado acentuado, entre os mais ricos e os mais pobres!!!»

Mas a «podridão dos hábitos políticos» (Rui Machete) encarreirou a favor do milionário e desprezou o alerta do autor do post e, hoje vemos os mais pobres a serem saqueados de quase um quarto seu rendimento, enquanto este dura, raramente até ao dia 30, enquanto os mais poderosos apenas recebem uma meiga beliscadela na pequena parte do rendimento que destinam a consumo.

António José Seguro, mantenha-se firme na defesa dos que mais precisam ser defendidos.!!!

Imagem de arquivo

2 comentários:

O Puma disse...

... entretanto na vida

há HOMENS incomensuráveis

A. João Soares disse...

Caro PUMA,

Na avaliação dos Homens, tende-se vulgarmente por olhar para as aparências exteriores de riqueza, de palavra fácil, de vestuário na moda ou de carro de luxo
Infelizmente dá-se pouco ou nenhum valor à capacidade intelectual, humana r realista, ao sentido de responsabilidade, de respeito pelos outros, de honra e de dignidade.
Agora não se foge ao tema de conversa, o valor de Nelson Mandela, e a forma como se vale da sua personalidae humana e dedicação aos outros é muito exemplar e deve servir de estímulo a uma mudança da sociedade, à semelhança do efeito das palavras e atitudes do Papa Francisco.
A felicidade não pode residir naquilo que se deseja ter e naquilo que se ostenta perante os outros; mas sim ela é gerada pela posição de cada um na melhor utilização daquilo que se tem, do que é possível. Isto não deve impedir que se melhore constantemente as condições de vida, fazendo transbordar para a felicidade dos que nos cercam.
Ela, em grande parte resulta do reflexo do bem que fizermos aos outros.

Aumentar o IVA é o oposto deste espírito, pois agrava a pobreza da maior parte das pessoas, beneficiando uma minoria que já detém a maioria da riqueza nacional.

Abraço
João