sábado, 14 de dezembro de 2013

RISCO DA INCONSTÂNCIA E DO AUTO-ISOLAMENTO


Algo de grave parece estar a passar~se com o funcionamento do cérebro de Passos. Como chefe do Governo, não pode deixar de ter sempre presente que Portugal tem direito a ser um país para todo o sempre e não pode estar sujeito a que qualquer governo limite a sua acção ao período restrito do seu mandato, sem ter estratégia para os grandes objectivos nacionais, sem condicionamentos de tempo nem dos interesses eleitoralistas dos governantes. Estes objectivos não estão ainda definidos nem as respectivas tácticas estão devidamente equacionados, como se viu no fracasso da dita «reforma do Estado».

Não se pode ignorar que Passos apelou para a «união nacional e para o consenso e o compromisso, mas agora declara que quer «governar« no estilo «orgulhosamente sós contra os ventos irreversíveis da história», lema de Salazar que o impediu de manter o Império Português em paz e desenvolvimento, e que obrigou a suportar os custos da guerra e acabou por forçar à solução vergonhosa da descolonização feita por Mário Soares.

Passos com a legislação do secretismo acerca dos benefícios de políticos e, agora, com a recusa do apoio do PSD para o cautelar , sem acordos com outros partidos e, portanto, sem a colaboração dos cidadãos, além do «orgulhosamente sós», «custe o que custar», evidencia um totalitarismo antidemocrático que nada beneficia o País.

Esquece que foi eleito para defender os interesses de Portugal, isto é dos cidadãos, da população, através da melhoria das das condições de vida e doo património Nacional. Essa foi a vontade dos cidadãos ao votarem. Não deve fechar-se no egocentrismo , na prepotência vaidosa, porque nem sequer há motivo para vaidade. E o que é mais chocante é o argumento de que o eventual programa cautelar durará um ano e não exigirá apoio do PS, o que significa que se considera dono de Portugal e durante um anos pode estragar o que quiser sem atender a união nacional, nem a compromisso nem a consenso com os portugueses e seus representantes eleitos.

E convém não tratar os portugueses de piegas, porque podem ousar mostrar que não o são.

Imagem de arquivo

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