segunda-feira, 30 de junho de 2014

PARA QUE SERVE A AUSTERIDADE IMPOSTA À MAIORIA DOS PORTUGUESES???

Transcrição.seguida de nota e de fotografias

Mulher de governante em carro do Estado
 DN. 8 junho 2014

Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional tem disponibilizado carros oficiais, com motorista, para deslocações pessoais da sua companheira.

"O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, tem disponibilizado os carros oficiais, com motorista, para a companheira se deslocar entre a casa, no Murtal, Parede, e a outra habitação em São João da Madeira", escreve o Correio da Manhã na edição de hoje.

O jornal refere que "Cristina Franco chega a viajar sozinha no carro - às vezes num Audi, outras vezes num Mercedes - conduzida pelo motorista do Estado que até a ajuda a carregar as malas".

Trata-se de uma "viagem de mais de 300 quilómetros, que ultrapassa as três horas. Segundo o guia Via Michelin, esta deslocação tem um custo de 82,09 euros em portagens e combustível. E uma vez que o motorista volta com o carro para Lisboa e vai novamente, no domingo, para São João da Madeira e regressa no mesmo dia, estamos a falar de quatro viagens, o que dá um custo total de 328,36 euros por fim de semana", lê-se na notícia.


NOTA

Ao contrário deste abuso dos carros, que parece existirem em excesso nos gabinetes do Governo, o que em nada se coaduna com a crise em que nos obrigam a viver e com a austeridade que nos vem sendo imposta desde há mais de três anos e que ameaça continuar por prazo não definido, na Grã-Bretanha e na Holanda vivem com mais comedimento e menos ostentação, e os PM deslocam-se, o primeiro no Metropolitano e o segundo na sua bicicleta, como se vê nas imagens.

Afinal quem são os países ricos e quem são os que fazem economias no seu quotidiano e dispensam a ostentação? Qual é a lógica da austeridade que tem sido imposta à maioria dos portugueses?

Significativamente, o PM consentiu tal abuso, permitindo a repetição de casos semelhantes por familiares e, depois, por amigos, cúmplices e coniventes ligados por empatias como a referida por Barreto Xavier.


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domingo, 29 de junho de 2014

COMO SE DOMINA A FERA



Lição a aprender pelos políticos. O êxito consegue-se COM O POVO e não CONTRA O POVO. Pelo POVO, ao lado do POVO e não hostilizando-o.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O OPOSTO À JUNTA DE BOIS



Foto realizada por A.Gomes. Não considero seguro que se quisesse referir ao conflito entre os dois Antónios!!!

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domingo, 22 de junho de 2014

PAPEL NÃO DEIXOU DE SER NECESSÁRIO


ARIO

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sábado, 21 de junho de 2014

COMO OBTER ACORDO ENTRE OS PARTIDOS


CAVACO NÃO COMPREENDE A AUSÊNCIA DE ACORDO ENTRE OS PARTIDOS, DEPOIS DE TANTOS APELOS AO CONSENSO

Mas se o Sr Presidente esquecer, por momentos, os seus desejos e cair na realidade da vida nacional, verá que os nossos políticos, na generalidade, decidiram seguir a actividade política com o objectivo de enriquecer o mais possível, sem demora e por qualquer forma, para se tornarem notáveis. Muitos deles nem conhecem o País quer geográfica quer demograficamente, não fazem ideia das potencialidades que podem contribuir para o desenvolvimento e, de tal forma, os interesses nacionais são coisa desconhecida, sem lugar no seu cérebro. Quando muito, colocam os interesses do partido acima dos seus, mas condicionalmente. Não se importam de alimentar guerras intestinas e de pensar de que lado se devem colocar, sem analisar que, com isso, irão denegrir a imagem pública do partido e os interesses nacionais, no que toca à credibilidade externa.

Neste cenário, para haver consenso, acordo, colaboração, convergência de esforços entre os partidos, para bem de Portugal, é preciso um esforço didáctico que o Sr PR, com todos os seus colaboradores pagos pelos cidadãos, não conseguiu efectuar com êxito. Há que convencer que o benefício de Portugal, difunde-se em benefício dos partidos e dos portugueses em geral. Mas para um trabalho de equipa ou de participação tem que haver espírito de Estado, de colaboração e evitar atritos desgastantes e nada deve ser feito só porque um, que se considera dono do País, e usa critério de «quero, posso e mando», teima em impor a sua determinação. Todas as opiniões, sugestões e propostas devem ser analisadas e, depois de decidida a solução de consenso, não deve haver sabotagens, apenas sendo permitidas sugestões de retoques para um resultado melhor. Com as mentalidades existentes, tal trabalho convergente demorará a ser conseguido e necessitará de um grande e persistente esforço de formação, de convencimento.

Portanto, a ausência de acordo entre os partidos não é «inexplicável». não se pode esperar que surja naturalmente, mas sim por uma acção eficaz do mais alto dirigente nacional.

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quarta-feira, 18 de junho de 2014

BES ESTÁ A ENGANAR CLIENTES MENOS INFORMADOS

BES está a enganar clientes menos informados

Transcrição de texto recebido por e-mail. Peço a quem tenha melhor informação para a divulgar em complemento desta. É nosso dever contribuir para evitar que o povo seja enganado.

Banco Espírito Santo (BES) - o novo BPP ?

Nota: Leiam com atenção este blog. Mantive-o curto e espero que de fácil entendimento. Para protecção de todos nós, divulguem-no ao máximo possível. Os dados descritos são 100% factuais e de fácil verificação.

O BES está a usar as mesmas tácticas que o BPP.
O BES está a comercializar, de forma agressiva, um produto obrigacionista do próprio BES, para se auto financiar, fazendo com que os clientes do BES transformem Depósitos a Prazo, que estão cobertos pelo Fundo de Garantia (até 100,000 euros) em Obrigações do BES, sem qualquer protecção!

Factos:

1) O BES está a telefonar aos clientes com Depósitos a Prazo CR7

 2) O BES está a sugerir em vez do CR7 uma Obrigação BES (ISIN: XS0782021140). O ISIN é o identificador do Produto registado na CMVM. Corresponde ao ISBN dos livros.

3) Esta Obrigação BES, por ser uma Obrigação, não é um Depósito a Prazo. Os clientes não tem qualquer protecção, se o BES for à falência ou se houver problemas graves.

 4) Os comerciais do BES apenas falam dos juros da Obrigação BES, mas não referem:

 4a) Que a Obrigação BES não tem qualquer protecção para os depositantes

 4b) Que existe uma penalização na venda da Obrigação de 3%, O que quer dizer que, se comprar a Obrigação e a vender um mês depois, perde imediatamente 3% do Capital. Estamos a falar de 3% do Capital, não dos juros.

 4c) A Obrigação não tem qualquer liquidez, mesmo em mercado secundário, porque é uma colocação privada. Isto é, o BES controla totalmente o preço. Pode acordar um dia e ver que perdeu 50% do capital. Quem ganhou? O próprio BES !!! Esteve a trabalhar uma vida inteira e as suas poupanças estão agora a ser utilizadas para capitalizar o BES.

 4d) Ou seja, a valorização do seu dinheiro agora depende do que o próprio BES acha que vale, pois tem uma capacidade imensa de manipulação do preço, uma vez que tem uma baixíssima liquidez.

 5) O BES é o único dos 4 grandes Bancos Portugueses que não teve (ainda) ajuda do Estado. Mas está a usar manobras agressivas e ilegais de financiamento.

6) Os comerciais do BES não estão a respeitar os deveres impostos pela CMVM e pelo Banco de Portugal de explicação do produto, perfilagem do risco do cliente e explicação dos riscos. Aproveitam-se das relações de confiança e emocionais com os clientes. Isto é especialmente verdade com a população sénior, mais vulnerável pelo seu conhecimento mais limitado de mercados. 

 7) O Dr. Ricardo Salgado na apresentação de resultados em finais de Julho de 2013 comunicou prejuízos de mais de 200 milhões de euros. Os rácios de solvabilidade desceram de 10,9% para 10,4%, pouco acima dos 10% exigidos. Disse que tem ao seu dispor "um número de alavancas para capitalizar o Banco". Sabemos agora quais são, transformar os Depósitos a Prazo em Obrigações do BES com uma maturidade a perder de vista (2018 ou 2019). (já que os comerciais não informam que a maturidade é a altura em que as obrigações vencem, ou seja, quando lhe devolvem finalmente o capital ... caso contrário se não esperar até 2018 fica sem 3% do capital como já vimos).

 Lembram-se do BPP ? Dos depósitos maravilha do BPP que supostamente davam 8% ?

 Afinal não foram considerados depósitos! Afinal não estavam garantidos! Afinal os clientes ficaram sem nada.

Só pode ser consideradas acções de negligência grosseira ou má-fé as políticas extremamente agressivas de comercialização destas obrigações. (se precisarem de se lembrar de mais episódios lembrem-se das Obrigações Covertíveis BES onde os detentores das Obrigações perderam mais de 50% também... foi mais uma "alavanca de capitalização" agressiva).

 Acções a Tomar:

1) NUNCA converter Depósitos a Prazo em outros produtos, nomeadamente Obrigações ou Acções do BES. Em Depósitos a Prazo não corre riscos,a não ser que lhos venham a considerar como não depósitos a prazo, como no BPP!... Em Obrigações ou Acções do BES se algo correr mal ao BES fica sem o dinheiro (lembre-se do Banco Privado Português) ?

 2) Se lhe apresentarem um impresso "Operações Sobre Instrumentos Financeiros" é porque a coisa já está a correr mal. É precisamente esse impresso que indica que quer fazer a subscrição das Obrigações e que conhece o risco de mercado. Não Assine.

 3) Se o impresso tiver o ISIN: XS0782021140, é precisamente destas obrigações que estamos a falar. Mas podem existir outras!!!

 Cuidado. 

 4) Se tiver no seu Extracto "Compra Fora de Bolsa BES LDN6", já correu mal. Já tem Obrigações. Era mesmo isso que queria, ficar sem a protecção do seu dinheiro ao abrigo da Garantia de Depósitos? Se não era, reclame ! Junto do BES, mas mais importante junto da CMVM e Banco de Portugal, onde já não está o Victor Constâncio e, por isso, talvez valha a pena reclamar:  
5) Agora, que já verificou a sua situação, ajude a comunidade.

 O BES está a transformar milhares de depósitos de idosos e pessoas com menos conhecimentos em Obrigações BES, para seu proveito próprio.
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RAÇA HUMANA. SOMOS TODOS HUMANOS


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domingo, 15 de junho de 2014

FOGOS FLORESTAIS, DRAMA A REDUZIR



Evitar, Reduzindo as condições de ocorrência

Até há poucas dezenas de anos não havia fogos florestais senão muito raramente em matas do Estado que não recebiam os cuidados vulgarizados em matas privadas. Estes cuidados eram praticados com outra intenção e a segurança contra os fogos era uma consequência do aproveitamento das aparas da rama dos pinheiros para lenha das cozinhas e dos fornos do pão e para estacas para as videiras, o feijão, o tomate etc. O mato rasteiro e a caruma eram colhidos anualmente, por uma ou duas vezes, para camas do gado, para curtir e produzir fertilizantes para os trabalhos agrícolas, antes de ser divulgado o uso de adubos químicos. Daí resultava uma minúscula carga térmica nas matas e qualquer descuido nunca teria proporções que não fossem rapidamente eliminadas pela pessoa que detectou.

Detectar

Agora, nos tempos actuais, não é fácil investir na limpeza das matas, embora deva ser feito esforço em tal sentido começando por um prático aproveitamento dos materiais combustíveis na preparação de biomassa e dar a esta uma finalidade rentável.
Mas, não sendo fácil impedir o aparecimento de focos de incêndio, há que estabelecer um sistema eficaz para os detectar e combater rapidamente antes de tomarem grandes proporções… …..

De notícia na Comunicação Social de há dois dias, conclui-se que o sr ministro Miguel Macedo quer menos ocorrências de incêndios florestais. Não é impossível satisfazer esse justo desejo. Na primeira fase do incêndio basta um copo de água para o apagar e impedir que prossiga a sua missão de destruição. Daí a pouco, será necessário um balde de água. E… depois, haverá muito trabalho para impedir que a destruição prossiga.

Como atacar na fase inicial?
Pela detecção, alerta e prontidão no ataque.

Como conseguir?
Os municípios, conhecedores da orografia do terreno e da distribuição da vegetação devem montar postos de vigilância, dotar cada um com binóculo, bússola e rádio ou telemóvel e ensinar a servir-se correctamente destes equipamentos. Vigiam todo o terreno que podem ver,por sectores seguidos e, ao menor sinal de incêndio, apontam a bússola para o local, lêm o azimute e comunicam por rádio ou telemóvel à central regional (ou distrital ou concelhia) da Protecção Civil. Aqui, em frente à carta topográfica que cobre a parede, o técnico de serviço, munido de transferidor e de régua, desenha na mica que cobre a carta um traço a partir do local do posto de vigia autor da informação, com a orientação (azimute) vinda de lá. Depois faz o mesmo às comunicações vindas de outros dois ou mais postos de vigia. O ponto (normalmente um triângulo) definido pelo encontro de tais linhas (azimutes) é o local do foco de incêndio.
É para aí que deve partir, de imediato, uma viatura de socorro. Se tudo se passar com rapidez, bastará um balde água ou pouco mais !!! Assim, se consegue corresponder ao desejo do Sr Ministro de ter menos ocorrências de incêndios e se evitam os terríveis prejuízos causados por tais calamidades à população em geral.

Punir incendiários e dissuadir

Sempre que forem detectados incendiários, quer o façam por interesse ou por tara psicológica (piromania),deve ser aplicada uma legislação que dissuada outros potenciais criminosos, os desencoraje de tais crimes que tantos prejuízos causam a pessoas e à economia nacional. A punição de crimes desta natureza deve ser rigorosa para servir de lição de que tal crime não compensa.

Espero que este texto despretensioso venha a ser útil e traga benefícios para a nossa floresta que bem pode ser uma riqueza nacional.

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

DISCURSO AOS COMBATENTES DE PORTUGAL


Transcrição do discurso do Professor Doutor Henrique Leitão aos Combatentes no Dia de Portugal

Portugueses – Combatentes de Portugal:

Entendeu a Comissão Executiva para a Homenagem Nacional aos Combatentes convidar este ano, como orador, para proferir umas breves palavras, um professor universitário, que se dedica à história da ciência, que não foi combatente, e que certamente não passou pelas durezas por que muitos de vós passaram.

A oportunidade de me dirigir a esta assistência e ao que ela representa é seguramente uma das maiores distinções que recebi na minha vida.
Estou aqui, pois, antes de mais nada, para prestar o meu respeito e a minha homenagem a todos os combatentes, e para, com todos eles, lembrar muito em especial os que tombaram.

De certa maneira estou aqui para dar voz a tantos da minha geração que, tendo vivido em circunstâncias muito diferentes das vossas, olham com curiosidade, com admiração e, sobretudo, com imenso respeito, para todos vós.

Ao começar estas breves palavras vale sempre a pena relembrar algo que é para todos nós uma evidência: não viemos aqui para celebrar nem uma ideologia nem uma política. Não viemos nem para comemorar vitórias nem para lamentar derrotas. Não viemos para julgar. Também não viemos apenas para relembrar o passado, como algo frio e distante que se examina com interesse vago ou apenas com saudade.

Estamos aqui neste Dia de Portugal para relembrar e homenagear, talvez com comoção, mas também e sobretudo com alegria, a grandeza dos que lutaram por Portugal, e para comemorar, com esperança, este amor pela nossa terra e pelas suas gentes.

A passagem dos anos torna este Encontro Nacional cada vez mais importante e mais significativo. O tempo pode esbater as circunstâncias concretas dos feitos que recordamos, mas realça e torna mais nítidos o esforço e a entrega dos combatentes.

Pobre de um país que não olhe com respeito e admiração para aqueles que o serviram nas situações mais duras e mais extremas. Pobre de um país que não lembre aqueles que por ele deram tudo. Pobre de um país que não recorde os seus mortos.

A História de uma nação não é só feita de conquistas materiais – sejam elas de que tipo forem. A história é feita também de memória e de exemplos. Exemplos que o passado projecta no presente e nos esclarecem sobre quem somos. È por isso que o vosso esforço e o vosso exemplo nunca serão esquecidos.

Não fui combatente, mas por razões familiares e de amizade, conheci e privei ao longo dos anos com muitos que o foram. Gostava de dizer o que aprendi com eles, ou seja, o que aprendi convosco.

Aprendi convosco que os verdadeiros soldados lutam não porque odeiam o que têm diante, mas porque amam o que deixaram em casa.
Aprendi que das missões em terras distantes nasce o encanto por essas terras e pelos seus habitantes.
Aprendi que o amor ao próprio país não é um sentimento que fecha, mas um abraço que se alarga a outros povos.
Aprendi que nas provações mais duras se forjam amizades que não distinguem nem raças, nem credos, nem origens sociais, nem níveis de instrução.
Aprendi o que é o respeito e a admiração pelos que foram adversários e antigos inimigos.
Aprendi que quem mais preza e deseja a paz é quem já teve que combater.

Estas são lições que têm de ser recordadas às novas gerações – mas são lições que ninguém pode dar melhor do que vós.
O vosso exemplo e a vossa presença são hoje tão importantes como no dia em que fostes chamados.

Olhar para esta assistência é também, de certa maneira, olhar para a história de Portugal. Os combatentes do Ultramar são os mais recentes representantes da história singular que o nosso país teve.

A história do nosso país enche de surpresa e admiração a quem a estuda: Uma nação pequena, de escassa população e recursos limitados, veio a desempenhar um papel singular na história da Europa e do Mundo.
/> Não foi uma história perfeita de gente irrepreensível (histórias assim não existem), mas só um olhar de imenso cinismo ficaria indiferente perante a grandeza do que foi feito.

Desde muito cedo os habitantes deste pequeno território continental reclamaram independência e afirmaram a sua diferença. Depois, os portugueses foram o primeiro povo europeu a navegar em longa distância nos oceanos de forma estável e habitual, fazendo o que antes deles nenhum outro povo da Europa se atrevera a fazer. Foram o povo que transformou o oceano, que era uma barreira, nos mares que passaram a ser estradas. Aquilo que durante séculos marcava o fim, o terminus, passou a ser porta de passagem.

Pedro Nunes, o matemático, o maior cientista da nossa história, sempre parco em palavras e nada dado a devaneios retóricos, disse-o sem timidez: “Os portugueses ousaram cometer o grande mar Oceano. Entraram por ele sem nenhum receio. Descobriram novas ilhas, novas terras, novos mares, novos povos: e o que mais é: novo céu e novas estrelas. E perderam-lhe tanto o medo que nem a grande quentura da torrada zona, nem o descompassado frio da extrema parte do sul [...] lhes pode estorvar. [...] Descobrindo e passando o temeroso cabo de Boa esperança: o mar de Ethiopia, de Arabia, de Persia, puderam chegar à India. Passaram o rio Ganges [...] a grande Trapobana, e as ilhas mais orientais. Tiraram-nos muitas ignorancias [...] E fizeram o mar tão chão que não há quem hoje ouse dizer que achasse novamente alguma pequena ilha, alguns baixos, ou se quer algum penedo, que por nossas navegações não seja já descoberto.” (Pedro Nunes, 1537).

Estes acontecimentos colocaram os portugueses em contacto com povos de todo o mundo, misturaram-nos com gente de todas as cores, levaram a fé de Cristo aos mais recônditos cantos da Terra. E espalharam a nossa língua por todos os continentes, a nossa língua que, como diz o poeta, é também a nossa pátria.

Os historiadores discutem há décadas como explicar estes factos surpreendentes. Razões económicas, políticas, sociais, religiosas têm sido avançadas como explicação, e todas elas são certamente necessárias. Mas talvez a resposta esteja em olharmos para nós próprios: Arrojados, às vezes imprudentes, sempre prontos para partir, voluntariosos e um pouco desorganizados, fascinados com o novo, com o diferente, sonhadores, assim foram portugueses de todos os tempos.

Foi este movimento irreprimível de ir para fora das fronteiras do país que, com o passar dos séculos, nos levou a África e depois nos trouxe até aqui: nos combatentes do Ultramar estão séculos de história. E foi por causa dessa história que agora, no presente, contamos no mundo com várias nações que, com todo o respeito, tratamos como irmãs.

Portugal atravessa de novo momentos difíceis – mas, apesar de tudo, são dificuldades muito mais benignas do que aquelas por que muitos de vós passaram.
É nestes momentos que o exemplo de tantos combatentes – tantos que estão aqui e outros tantos que já não se encontram entre nós – se torna mais necessário.

As circunstâncias específicas do momento actual são muito diferentes das que se colocaram diante dos combatentes do Ultramar, mas os desafios não são menores. Também hoje aquilo de que é mais preciso são homens e mulheres que amem a sua terra, e que estejam prontos para trabalhar e lutar por Portugal. Aquilo que os combatentes têm o dever de recordar é que o amor à própria terra é a primeira condição para todo o desenvolvimento e todo o progresso. Aquilo que têm a ensinar é que não há muito a esperar de quem não ama o seu país.

Este Dia de Portugal e esta homenagem aos combatentes relembram o que passou, mas sobretudo olham para o futuro. Estamos aqui como quem, para dar um passo em frente, tem de começar por fincar um pé atrás. Relembramos hoje os que combateram por Portugal porque é o futuro do nosso país que nos interessa. Os nomes que estão nas lápides deste monumento não evocam só saudade e perda; eles comprometem-nos: recordam-nos a todos, de maneira muito severa e muito exigente, que quaisquer que sejam as dificuldades, não se desiste de Portugal.

Viva Portugal !

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10 DE JUNHO E MONUMENTO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR


Transcrição de artigo recebido directamente do autor a quem felicito pelo valor e oportunidade do texto e agradeço a sua amabilidade:

Honrar o Dia de Portugal junto ao Monumento
Por Luís Henriques

Construído para prestar homenagem e preservar a memória duma época e de todos aqueles que se bateram na defesa da integridade de Portugal, o Monumento aos Combatentes do Ultramar aponta também ao respeito das gerações vindouras pelo espírito de sacrifício e o patriotismo dos que generosamente responderam ao apelo da Pátria e, por essa nobre causa, experimentaram fadigas e trabalhos, sofrimentos e privações, e não poucos encontraram a morte dos heróis. Como seria de esperar, a classe política de então, os senhores do poder e as suas camarilhas não mostraram o menor interesse pela construção do monumento e muitos deles até caluniaram as instituições que tomaram a iniciativa, e os que não se denunciaram denegrindo as intenções dos patriotas, cautelosamente tomaram a postura do silêncio e da indiferença. 

O Monumento teve a sina, ainda antes de erguido, de atrair a hostilidade aberta ou velada de uns quantos bandalhos marxistas e seus cúmplices, especialmente dos que desampararam Portugal tomando os caminhos vergonhosos da deserção, crime pelo qual ainda hoje estão impunes. Compreende-se a sua aversão ao Monumento porque este, apenas pelo nome que lhe puseram, é a grande homenagem aos que se bateram pela grandeza da Pátria e é, ao mesmo tempo, uma pública condenação dos que fugiram ao dever, especialmente dos que se aviltaram mancomunando-se com os inimigos de Portugal.

E é no dia 10 de Junho, Dia de Portugal, que o Monumento se veste a rigor para receber os seus filhos, milhares de patriotas que ali vão honrar os que serviram Portugal; é ali o local certo para se comemorar a Pátria de quase nove séculos de existência.

Criado antes de 1974 com o objectivo de não cavar divisões entre os Portugueses, o Dia de Portugal chegou até a ser proibido de se comemorar depois do 25 de Abril, justamente na altura em que os abrilistas proclamavam as “amplas liberdades”… No actual contexto, as comemorações oficiais do Dia de Portugal têm vindo, ano após ano, a perder importância e notoriedade ao ponto de estarem reduzidas a meras palavras e discursos de circunstância e à oferta avulsa de condecorações a uns quantos apaniguados políticos…

Foi preciso que o poder caísse nas mãos de gente mesquinha e irresponsável para que se oficializasse a negação nacional, se exaltasse o desprezo pelos vultos da História Pátria, se enxovalhasse o nosso passado de glória, se injuriassem as mais nobres tradições da grei e se desprezassem os mais genuínos usos e costumes do povo português. Não admira que num clima de tão ostensivo suicídio, os valores, datas e símbolos nacionais sejam propositadamente feridos, postergados, humilhados e esquecidos, deixando os jovens numa ignorância tremenda.

Não adiantará muito a tomada de providências para que aos nossos filhos seja ensinado o Hino Nacional e dadas a conhecer as cores da Bandeira de Portugal, se aos adultos, especialmente aos anichados nos órgãos do poder, nas estruturas sindicais, nas escolas e academias e também na comunicação social, for consentido o vilipêndio e a injúria aos valores e mensagens decorrentes daqueles símbolos da nossa Pátria.

luis.henriques2014

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

QUANTO PAGAMOS AOS PARTIDOS


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MORDOMIAS DOS EURODEPUTADOS


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quarta-feira, 4 de junho de 2014

A CULPA MORRE SOLTEIRA


A notícia vinda hoje a público no Ionline, «Executivo acusa. Tribunal Constitucional põe em causa governação» suscita a seguinte reflexão:

 O PM É VOLUNTÁRIO, NAS FUNÇÕES QUE DESEMPENHA. Candidatou-se por sua iniciativa a governar o Portugal de nós todos, tal como estava. Já existia o TC e a Constituição, tal como o sistema de partidos, com os seus interesses, tal como a rede de Poderes influentes e condicionantes da alta Finança. Se não é capaz de governar com eficácia seja também voluntário para dar o lugar a alguém e então ajude a escolher alguém que não seja tão mau e dê-lhe honestamente os dados de que dispõe para bem de todos nós. A CULPA SEMPRE MORRE SOLTEIRA. Ninguém a quer assumir.

Passos não foi capaz de fazer a necessária Reforma do Estado que prometeu para tornar mais simples e menos cara a máquina do Estado e para reduzir despesas desnecessárias e exageradas com excessos de assessores e especialistas, com enorme quantidade de deputados, com contratos de consultorias, assessorias, pareceres, etc..Continua a suportar-se o funcionamento de fundações sem qualquer efeito social útil e imprescindível, a suportar empresas públicas fantasma só para dar salário a inúteis. As despesas que reduziram são as que resultam de cortes em apoios sociais, como diversos subsídios, de Natal, de férias, à saúde, ao ensino, ao desemprego, etc. Por outro lado, a subida das receitas, como a máquina do Estado não produz riqueza, resultou de aumento de impostos, contribuições, taxas, etc. tudo isto também saindo forçadamente do bolso dos cidadãos.

Há, forçosamente que moralizar e controlar, com mão firme, o uso do nosso dinheiro, para evitar abusos com pagamentos a boys» que nada produzem de útil e cuja incapacidade é suprida por consultoria a preço escandaloso, a gabinetes de compadres. Há que estabelecer um combate eficaz a tráfico de influências, corrupção, negociatas, enriquecimento ilícito, etc.

O despesismo escandaloso, como se os políticos estivessem num país rico com petróleo, diamantes, grandes indústrias e fabulosas exportações, não pode continuar a ser tolerado e os políticos devem mostrar-se conscientes de que estamos em crise, tal como o povo já sente há três anos. O aumento da dívida e as infracções à Constituição não será motivo de orgulho dos governantes. E os observatórios internacionais do Poder Financeiro estão atentos e impõem as suas «punições».

Há que moralizar o cumprimento da Constituição e das leis que devem ser aplicadas a TODOS os cidadãos, sem excepções, com tribunais a funcionar com rigor e com rapidez. Para isso, não pode haver «guerra» contra o TC, nem raivas de peixeirada entre instituições públicas que devem ser respeitadas e merecer confiança e consideração dos portugueses.

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