segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A CAUSA PRIMEIRA, ÚLTIMA E ÚNICA, DA CRISE

Transcrição de crónica do TenCor Brandão Ferreira agora recebida por e-mail de amigo.

A CAUSA PRIMEIRA, ÚLTIMA E ÚNICA, DA CRISE

“Devo à Providência a Graça de ser pobre.”
A.O. Salazar [1]


Nós, os humanos, aprendemos pouco e tarde.
E quando sabemos algo que se aproveite, morremos.

Esta é uma das chaves para se entender o sempre presente conflito de gerações e para perceber a importância de preservar a Informação, o Conhecimento e o Saber (três coisas distintas), nos centros de Saber tradicionais: a Universidade, a Igreja, a Magistratura, a Diplomacia e a Instituição Militar.
No fundo, conseguir ampliar, ordenar e arquivar toda a sabedoria que os avós passavam aos netos desde que a organização social não ia além dos clãs e tribos nómadas.

Uma das coisas que julgo ter aprendido foi que, entre a natureza humana – que não muda na sua essência ao longo dos séculos, por mais que isso possa doer ao Rousseau e seus discípulos – existe uma matriz que, grosso modo, funciona assim:
Dez por cento das pessoas porta-se sempre bem; outros dez por cento, portam-se sempre mal e os restantes oitenta por cento, portam-se bem ou mal, conforme. Conforme as referências em vigor e conforme o “pau e a cenoura” existentes (portas-te bem comes cenoura, caso contrário, levas com o pau…).
Dito de outro modo: muitas das pessoas só não se porta mal se forem devidamente educadas, forem dissuadidas e, ou, não tiverem oportunidade para isso![2]

Lembremos o que disse o cronista depois da morte do agora Santo, Nuno Álvares Pereira: ”Foi em seu tempo claro espelho de honestos costumes”; e dele dizia amiúde o próprio Rei D. João I, “ Que os bons costumes que havia em Portugal que o Condestável os pusera todos”.
Numa palavra, é necessário – e é uma luta de sempre – organizar a sociedade no sentido do Bem e no castigo do Mal. Para isso é preciso que haja boas referências (foi esse o maior legado de Cristo na Terra) ensiná-las e pô-las em prática.

A “prática” é corrigida e mantida por um adequado sistema de Justiça e uma activa consciência cívica que leve a uma aprovação ou censura social, saudável.

Toda esta arenga serve para dizer que aquilo que entendemos pela “crise” actual tem uma hierarquia de causas e a primeira é, justamente, moral, depois política e, só a seguir, vem a financeira as quais originam, em consequência, um desastre económico e social.

Ora, como a evidencia da crise só ganha foros mediáticos com o que se passa no campo das finanças e a maioria das pessoas só se indigna quando lhes vão ao bolso (e, mesmo assim, poucos agem), as verdadeiras causas morais que influenciam a política e a sociedade, tendem a ser ignoradas e, até, tidas por incorrectas.
Daqui resulta atacarem-se os efeitos em vez das causas dos problemas. Ou seja, estes nunca se resolvem...

De facto o fulcro dos problemas no mundo ocidental, sobretudo após a queda do muro de Berlim, nada tem a ver com ideologias políticas – todas elas, aliás, já experimentadas e gastas, num caminho já feito pela Humanidade de que só resultaram guerras e desgraças; Direito Internacional – de que a ONU é apenas um arremedo sombrio; organização do comércio mundial – cujo principal organismo, a OMC, aparenta estar ao serviço dos tubarões da finança; enfim, com Justiça relativa ou a procura da Paz – os dois termos mais invocados em vão, desde a invenção da escrita!
O que se tem passado tem a ver quase exclusivamente com a avidez e ganância humanas que leva ao mau uso que se faz do dinheiro.

Neste particular, o dinheiro – essa extraordinária invenção que como todas as invenções podem ser bem ou mal utilizadas – serve para acumular riqueza, comprar bens (e consciências), etc., podendo tornar-se num dos mais maquiavélicos instrumentos do Poder. O dinheiro cuja origem e história é ignorada por 99,9% da população – algo que estranhamente não se ensina quase a ninguém – passou a ser o alfa e o ómega de tudo. “Hélas”, o Deus Mamon! O que faz bem jus ao aforismo latino de que “nenhuma cidade cercada resiste a um burro carregado de ouro”… Na actualidade assiste-se a um verdadeiro conúbio e promiscuidade entre políticos e banqueiros, escritórios sonantes de advogados e lugares rendosos (quer públicos quer privados), que sequestraram o poder político através de uma teia de leis e compromissos que blindou o “sistema”, visando a sua perpetuação em circuito fechado.

E como se defende mentirosamente, que tudo se passa segundo as regras “democráticas”, eis que tudo passa a legal e legítimo. Uma verdadeira armadilha.

Na prática, porém, nada do que se passa visa o bem comum nem o governo da cidade. Visa o lucro desmedido, usura, controlo político – logo social e económico – e baseia-se na falta de escrúpulos, corrupção e muitas fraudes e outros ilícitos criminais.
Tudo envolto em secretismo e em “organizações” de que apenas se fala à boca pequena.
O poder político fica deste modo cativo e refém de interesses inconfessáveis e a Nação perfeitamente desprotegida e “escravizada”.
Como medida cautelar, não vá o diabo tecê-las, apaga-se e eliminam-se as Forças Armadas da face do país.

Como lapidarmente escreveu o Professor Pedro S. Martinez em artigo recente, “Quando os governantes são de mãos limpas, também os banqueiros têm dificuldade em sujar as deles”.
A teia que levou a este estado de coisas começou a ser tecida no mundo há mais de 200 anos, embora em Portugal só tenha sido implementada a partir dos anos 80 do século passado.[3]
Neste momento estamos completamente enredadas nela (a teia) e apesar da grande “débacle” só ter estalado a partir de 2008, ainda agora a procissão vai no adro.

E não iremos sair da crise senão pelos factores morais: pela instituição de valores e princípios que não sejam relativos nem relativizados, que imponham a supremacia do espírito sobre a matéria e tragam para a Política pessoas integras – de preferência que não queiram ser ricas e tenham a coragem (rara) de agradecer à Providência a graça de ser pobres.
Políticos – cuja primeira qualidade a exigir, é que sejam patriotas - que consigam elaborar uma Constituição simples, se ela for mesmo necessária – já repararam que a melhor constituição alguma vez escrita, são os 10 Mandamentos da Lei de Deus? – com poucos artigos, despida de ideologia e onde os deveres estejam à frente dos direitos e onde estes derivem do cumprimento daqueles.

E onde um modelo jurídico, que dela decorra, permita meter em prisões adequadas (não hotéis de três estrelas), os muitos “Madoff” que por aí pululam, de modo a fazer do sermão do bom ladrão, do eterno Padre António Vieira, um resquício do passado: “Não são ladrões apenas os que cortam as bolsas. Os ladrões que mais merecem este título são aqueles a quem os Reis encomendam os exércitos e as legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais, pela manha ou pela força, roubam e despojam os povos.
Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam correndo risco, estes furtam sem temor nem perigo.
Os outros, se furtam, são enforcados; mas estes furtam e enforcam.”

Deixo à consideração dos leitores se será possível fazer tudo isto, democraticamente.
Isto é, se conseguimos convencer a maioria dos 80% da população a querer comportar-se dessa maneira.

Tenente-Coronel Brandão Ferreira

________________________________________
[1] “O meu depoimento”, discurso proferido a 7 de Janeiro de 1949.
[2] Lembro o ditado: “A ocasião faz o ladrão”.
[3] Sem embargo do que se passou a partir das invasões francesas e suas consequências, que quase destruíram o país e a que só a reforma financeira de 1928, começou a por cobro. Com êxito.

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domingo, 24 de agosto de 2014

MARQUES MENDES ACONSELHA PASSOS

A propósito das ameaças de aumento do IVA, Marques Mendes alerta o PM que «não podem ser os contribuintes a pagar o desleixo governativo". E diz que:

«Se há uma derrapagem na despesa cortem na despesa e não nos contribuintes»
«O aumento do IVA não estava previsto para 2014»
«se fizermos bem as contas percebemos que há uma almofada este ano. Porque a receita está a crescer mais do que estava prevista. Há uma folga de mil milhões de euros no final do ano»

«Pode haver um buraco devido às gorduras do Estado. No primeiro semestre deste ano a despesa total devia estar a reduzir-se em 3,9% e está a subir 0,6%, há um descontrolo. Os ministros são pouco poupadinhos. Se há uma derrapagem na despesa cortem na despesa, não podem ser os contribuintes»

Ver também aqui:Há folga de mil milhões de euros para tapar buraco no final do ano

«Não podem ser os contribuintes a pagar a ineficiência, o desleixo dos ministros»
“Neste momento há uma guerra em perspectiva dentro da coligação. O PSD estuda um aumento do IVA e o CDS-PP opõe-se terminantemente”.
“O governo não pode andar a fazer uma coisa e dizer outra, com avanços e recuos”
“São sempre os contribuintes e consumidores a pagar o desleixo governativo”
“Mas país não pode aceitar mais aumentos de impostos nem há razões que o justifiquem”

Isto é reforçado pelo presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CPP), João Vieira Lopes, que defende que um aumento do IVA vai “prejudicar o consumo e a recuperação da economia” 
“tudo o que seja aumentar impostos, tirar poder de compra e subir os preços vai ter efeitos negativos”.

Acerca do aumento do IVA sugere-se a visita ao post de 01 -09-2010 «Justiça Social ???»

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sábado, 23 de agosto de 2014

IDANHA-A-NOVA TEM UMA BOA AUTARQUIA

IDANHA-A-NOVA TEM UM BOM PRESIDENTE. Na sequência de textos recentes sobre sinais de alterações sociais no sentido de AVANÇAR PARA UMA SOCIEDADE MAIS DEDICADA À QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS, em que a educação deverá ser o ponto de partida, é com prazer que se depara hoje com a notícia de que a «Câmara de Idanha-a-Nova investiu 410 mil euros no apoio à educação em 2013/2014»

Se a saúde, a segurança, a justiça são aspectos de relevância, a EDUCAÇÃO deve ser a primeira prioridade, por ser o alicerce, a base da formação das pessoas que constituem a sociedade de amanhã. No atletismo, quando se prepara o salto em cumprimento, há dois cuidados prévios: o ponto de chegada em condições de não causar lesões aos atletas e o ponto de partida, o «ponto da chamada», em que assenta o impulso decisivo para o salto.

O Sr Presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, merece ser apontado como exemplo brilhante, porque , pensando nas pessoas, considera que, "numa altura em que as famílias mais precisam de respostas sociais, estes apoios têm como finalidade implementar em Idanha-a-Nova uma oferta de qualidade na área da educação, desde o berçário ao pré-escolar, ensino básico, secundário, profissional e superior".

A João Soares
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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

JOVENS PREOCUPADOS COM O SEU FUTURO ?


Ontem ocorreu um «meeting» de cerca de 800 jovens no Centro Comercial Vasco da Gama no Parque das Nações que segundo o director do centro comercial não houve "vandalismo ou furtos" no interior do shopping. Mas houve necessidade de a PSP intervir devido a desentendimentos entre alguns jovens. Um elemento da PSP recordou que há cerca de um mês houve um outro, também no Parque das Nações, em que participaram cerca de mil jovens. Todos os «meets» foram pacíficos e "nunca evoluíram para desacatos".

Sensatamente a polícia pretende "estudar o fenómeno, do ponto de vista sociológico e policial". Realmente, há motivos para os jovens se preocuparem com o seu futuro e quererem assumir a sua responsabilidade de contribuir para construir uma sociedade diferente da herdada das gerações anteriores dominada pelo dinheiro e pela corrupção e exploração que ele gera. Oxalá que as boas intenções da PSP na abordagem do problema seja conseguida ordem, civismo, sem fenómenos anti-sociais próprios das manifestações de massa. É bom que os jovens pensem no seu futuro e se preparem para criar uma nova sociedade, mais justa, solidária, pacífica, isto é, focada na felicidade das pessoas e não dominada pelo dinheiro, nem corrupta e exploradora dos pobres como é a actual.

Se o «estudo sociológico» prometido pela PSP, confirmar este objectivo, convém evitar repressão violenta e não hostilizar. Porque, se houver repressão e violência, então o espírito de luta poderá acirrar-se e ir numa via errada, podendo causar danos pessoais e patrimoniais, que geram divisionismo com ódios, vinganças fraccionadoras, como se vê hoje na partidocracia que nos explora e esmaga com austeridades crescentes para alimentar corruptos e incompetentes que apenas sabem explorar ilimitadamente os mais desfavorecidos. Não pode ser perdido de vista o que aconteceu com BPN, com BES e com a crise que nos tem esmagado com uma austeridade sem fim.

Os jovens, para criarem uma sociedade mais adequada à melhor qualidade de vida das pessoas não precisam de conselhos de velhos, porque, entre si, haverá pensadores realistas e sensatos que saberão ouvir todas as opiniões para, depois, formar a sua estratégia, a qual deve evitar radicalismos e aventuras. Devem evitar deixar-se amordaçar pelos poderes económicos, sociais e políticos actuais, os quais não deixam fazer qualquer alteração por mínima que seja, por recearem que lhes vá cercear o Poder de que usam e abusam.

É agradável descortinar sinais de mudanças sociais orientadas para um futuro melhor das actuais gerações jovens. No movimento sinusoidal da Natureza, da Física, estamos no momento de as civilizações pararem a degradação de que vêm sofrendo e começarem uma fase de progresso na vida dos seres humanos.

A João Soares 22-08-2014
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

FUTURO COM PAZ E SAÚDE NUM AMBIENTE RESPEITADO


A História Universal evidencia que a vida das sociedades, da Humanidade, obedece à lei da física acerca do movimento sinusoidal, com descidas e subidas alternadas. Há sinais muito significativos de que nos encontramos no início de uma nova fase do ciclo.

Numa visão superficial, um tanto pessimista pode fazer recear que o futuro está muito comprometido, porque o mal está generalizado e a humanidade está em decadência. Já aparecem muitos vídeos a mostrar que os animais «ditos irracionais» agem.quer isoladamente quer em família ou em grupo, com mais racionalidade, solidariedade e humanidade do que os humanos que se arrogam o título de racionais.

A política que devia ser a função mais nobre e mais prestigiada, está considerada como a coisa mais vil e odiada que há na Terra. É um covil onde se encontram inaptos, e que, a cada mudança,, são substituídos por outros mais incapazes, estando em vias de ali irem parar os piores marginais, movidos não pelo amor ao seu País e suas pessoas, mas aos seus interesses pessoais de enriquecimento rápido sem olhar a meios.

Por este ponto de vista parece não haverá saída fácil e que teráde vir um dia em que tudo mudará, certamente com muito perda de sangue, para depois, das cinzas nascer a Fénix.

Porém, surgem sinais de optimismo de mudança inteligente e pacífica que coloca em acção as qualidades civilizadas de poderosos agentes da economia mundial. Quanto à objectividade de um novo ciclo, tenho grandes esperanças, porque, além de estar a ser absolutamente necessário, as pessoas, a Humanidade, precisam de voltar a ser mais respeitadas e ser o principal motivo das acções dos governantes dos países.

Eis alguns sinais positivos A propósito de uma proposta de um grande capitalista mexicano para a compra dos hospitais do GES, ouvi uma senhora economista com dotes de humanista dizer que se aproxima uma era em que o negócio ligado à SAÚDE vai substituir o que hoje se liga ao armamento. Os capitalistas que aumentam as suas fortunas com a morte das pessoas estão a orientar os seus negócios para a defesa da saúde delas. É o que se vê no grupo deste magnata, na reorientação dos seus diversificados negócios.

Outro sinal de reorientação de grandes homens de negócios mundiais é o interesse do grande capital, estar a dar sinais de se voltar do petróleo para o negócio da protecção do AMBIENTE. Este, curiosamente, tem pontos comuns com o caso anterior, pois também irá concorrer para a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da Natureza em geral. Estes dois sinais do novo ciclo da Humanidade estando interligados, reforçam a convicção de que as preocupações com a saúde e o ambiente têm lógica, uma racionalidade consistente que poderá ser o estratégia de amanhã.

A elas, deverá juntar-se a PAZ. Para ela, a primeira medida seria acabar com a «não proliferação das armas nucleares» e pôr em prática a sua «eliminação total», o que deve começar pelo exemplo das potências que possuem grandes arsenais mortíferos e, depois, a ONU decretar sanções muito duras sobre o pais que teime em guardar uma, mesmo que muito pouco potente. Há muita coisa a fazer e é importante que a ONU e a NATO usem o seu PODER e obtenham AUTORIDADE, PRESTÍGIO E RESPEITO. E não tenham receio nem hesitação para manter a Humanidade numa nova era histórica de Paz, Saúde e uma Natureza respeitada e propícia à felicidade consciente e ética das pessoas.

A João Soares. 20-08-2014
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PASSOS COM AS MELHORES INTENÇÕES !!!




Passos Coelho, tem tido o dom de frequentemente «informar» os cidadãos de que tem boas intenções e ainda não deixou essa actividade prazerosa. Das promessas contidas nas intenções de há três anos a esta parte já conhecemos, ou não, os resultados para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Essa constatação permite-nos avaliar quais serão os resultados das intenções agora confessadas, quer no Pontal quer noutros locais e ocasiões. E agora, tal como antes das eleições de 2011, muita esperança ilusória vai ser fomentada nas mentes menos esclarecidas e mais inocentes.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

SALGADO TEVE AZAR E MERECE A NOSSA CARIDADE !!!

Os portugueses, estamos na perspectiva de novos sacrifícios, ou na continuação agravada daqueles que temos sofrido durante os últimos três anos, porque está a desenhar-se uma sintonia preocupante para «salvar» Ricardo Salgado. Usa-se conceito igual ao dedicado ao amigo que morreu de cancro nos pulmões, coitado, porque fumava desalmadamente, ou a outro que morreu de cancro no fígado, coitado, porque bebia demasiado whisky.

Além de Portugal e dos portugueses em geral, via danos na economia, também são atingidos os depósitos de ex-gestores e grandes accionistas do BES sem direito ao fundo de garantia, e também os familiares, pois,  nenhum membro da família Espírito Santo está a conseguir levantar dinheiro do BES, mas o ministro Pires de Lima não hesitou em tomar a atitude de caridade semelhante aos casos de cancro atrás referidos, dizendo que "é seguramente uma adversidade o que aconteceu no BES".

E Salgado, o homem honesto e cuidadoso que sempre geriu os negócios com muito rigor, sem projectos que não pudesse cumprir com honra e oportunidade, sem ambições irrealistas. procura merecer as palavras de Pires de Lima ao prometer que “vou lutar pela honra e dignidade, minha e da minha família”.

Curiosamente, parece que a nova equipa do Novo Banco, talvez em discordância com a intenção inicial do BdP concorda com a caridade atrás referida ou foi a isso obrigada por pressões do sistema financeiro nacional ou talvez mundial e assim saiu a notícia Novo Banco pode reembolsar dívida do GES para manter a confiança dos clientes. Em que irá ficar este tiro de pólvora seca? A opacidade do caso e a malha demasiado enredada, com muitos interesses em conflito, não é de bom agouro para os portugueses que são os ternos pagadores dos erros da «elite iluminada».

Entretanto João Semedo, um indivíduo zeloso pelos interesses de Portugal e dos portugueses, estando atento e não querendo comer gato por lebre, ficou com dúvidas como é que Carlos Costa do BdP comunicou uma decisão com dados adquiridos à última hora quando 24 horas antes ela tinha sido anunciada com muito pormenor e perguntou "como soube Marques Mendes 24 horas antes o que ia ser dito?". Com esta dúvida e os movimentos de caridade esboçados, justifica-se o título do artigo BES/GES um caso cada vez mais opaco.

E o que nos leva a fazer esforço para procurar ver através da opacidade é o facto de esta ser cada vez mais espessa, principalmente quando o PSD afirma com ar autoritário que Governo “está fora de suspeita” nas fugas de informação. Estará mesmo? Em que se baseou Pires de Lima quando disse o que ficou atrás e como se justificam as palavras de muito rigor ditas pelo Conselheiro de Estado e comentador considerado «porta-voz» do Governo?

A João Soares. 14-08-2014
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COMPLEXO DE DELINQUÊNCIA OU CLANDESTINIDADE

Os portugueses da actual «elite» parecem sofrer do complexo de delinquência ou clandestinidade. Não é por acaso que Eduardo Oliveira Silva intitula o seu artigo «BES/GES um caso cada vez mais opaco», pois assim se mostra na penumbra a complexidade das negociatas mais ou menos fraudulentas, algumas praticadas em rede na escuridão das vésperas da implosão do caso. Por outro lado os esbirros do poder, perante a clandestinidade e a delinquência dos inimigos da sociedade usam de intrusão na privacidade dos perigosos malfeitores e praticam «fugas de informação» para amedrontar os maus e, ao mesmo tempo, para incitar os amigos a explorarem as possibilidades de negociatas enquanto é possível, como foi o caso que a oposição quer esclarecer de que é exemplo a pergunta «Como soube Marques Mendes o que ia ser dito 24 horas antes?»

Nesta luta dos polícias contra os ladrões aqueles criam habilidades, de cujo preço não se fala, para controlar cada respiração dos potencialmente maus, como os controlos por via electrónica dos transportes de mercadorias, de que as Finanças não referem os benefícios para as pessoas, que é suposto defenderem e protegerem, mas sim o grau de obediência dos supostos praticantes de economia paralela, declarando que «Novo regime dos documentos de transporte supera previsões». Não interessa o benefício mas o êxito da invenção habilidosa. O que ressalta é a submissão de cada gesto com vista à extorsão do máximo de numerário, como se vê nos exageros já denunciados pelos serviços que controlam e penalizam o estacionamento em lugares públicos que, por definição, são de todos nós. Sensatamente o «Provedor de Jiustiça quer acabar com» a fúria obstinada de multar.

O que parece contar mais é a vaidade de o «bom» poder atirar à cara do «mau» eu «quero, posso e mando» e tu tens que rastejar a meus pés, seguindo o meu capricho. Isto será democracia ou ditadura? Talvez seja a segunda hipótese onde se enquadra bem o complexo da clandestinidade, da delinquência e das habilidades de espia e de denúncia e perseguição. Será que não conseguimos sair completamente do regime anterior? Ou será que estamos a regressar a nova modalidade de ditadura, agora mais sofisticada e cruel, com o apoio das modernas tecnologias?

Hoje, 14 de Agosto, aniversário da batalha de Aljubarrota, não devemos deixar de pensar em NUNO ÁLVARES PEREIRA, um dos maiores vultos da nossa história. Antes morrer livre do que em paz sujeito. Mais vale arriscar a vida de forma generosa, dedicada a causas nobres em benefício dos outros, do que viver amarrado por correntes de corruptos egoístas, ambiciosos por riqueza material e vaidades efémeras, que são capazes das acções mais vis para chegar ao cume da notoriedade.

Não podemos deixar de reparar no conflito intestinal, demasiado ruidoso, pela conquista da cadeira do poder dentro de um partido em que acontece que um dos contendores acha que é dono absoluto de uma ideia banal por si proferida e que sente o direito de criticar o outro por também dizer que defende ideia semelhante. Chegámos a isto. Mas, se não houver uma paragem, uma reflexão honesta e uma restauração de valores éticos, de cidadania, podemos correr o risco de ir além do «ponto de não retorno» e ficará em sério perigo o FUTURO DOS NOSSOS NETOS.

A João Soares. 14-08-2014
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terça-feira, 12 de agosto de 2014

É URGENTE COMEÇAR A PREPARAR O FUTURO


A política deve funcionar, como ciência e como arte, com o objectivo de se preocupar em encontrar as melhores soluções  para os problemas que afectam os direitos dos cidadãos à boa qualidade de vida e ao crescimento de PORTUGAL. A Administração Pública de alto nível não pode ser apenas um espectáculo de entretenimento, uma sequência de erros e de débeis tentativas de emendas. Os cidadãos mais esclarecidos não gostam disso e esperam mais eficiência. Os políticos eleitos pelos cidadãos não podem deixar de assumir o compromisso de cumprir as promessas feitas para conquistar o voto e zelar para uma melhor qualidade de vida e felicidade das pessoas e o maior crescimento da economia nacional. Para isso, devem colocar os interesses pessoais e partidários em segunda prioridade, abaixo dos interesses nacionais, isto é, dos legítimos interesses do povo que os elegeu

Se os governantes devem agir com medidas concretas, lógicas, sensatas e ajustadas à estratégia de longo termo decidida a nível nacional, os deputados têm um papel muito importante no controlo e na crítica às acções do Governo, de modo a que estas não caiam no facilitismo ao sabor de caprichos do momento, ou de sonhos irrealistas ou de pressões pouco sérias de donos da finança e da grande empresa. Mesmo os da oposição devem fazer críticas construtivas para Bem do País, com sugestões e propostas ou projectos de medidas praticas com vista a dois resultados: contribuir para um melhor futuro dos portugueses e criar uma imagem de eficiência e competência que facilite ao seu partido ser alternativa de governo nas eleições seguintes. Tudo isso deve ser positivo, construtivo, e não se ficar pela crítica derrotista e arrasadora. Qualquer assunto mesmo que pareça marginal, deve ser encarado com lógica e coerência nas posições tomadas não descurando interacções e efeitos secundários que prejudiquem o efeito desejado.

Não é com má gestão do dinheiro público, nomeadamente do dinheiro da segurança social, que se mostra respeito pelos direitos humanos dos contribuintes, que se defendem as promessas de campanha eleitoral ou que se contribui para a melhor qualidade de vida da população.

Os governantes, devem assumir a democracia de que tanto falam, não se considerarem donos do país e não fazerem desacatos nas costas do povo que obriguem este a suportar os maus resultados dos erros cometidos com a má gestão pública. São tais erros que geram a austeridade, cortes nas pensões e nos salários e aumento das dificuldades nas escolas, nos tribunais, na saúde, nos serviços públicos. Não devem atropelar desumanamente os direitos das pessoas, em vez de melhorar a sua qualidade de vida e fazerem crescer PORTUGAL Acerca da Segurança Social, não devem ser ignoradas as opiniões de duas pessoas notáveis da área do Governo

A opinião geral é que estamos a deslizar numa rampa que nos leva ao abismo e é preciso uma ruptura.no sistema político-social. A má vontade contra idosos, reformados e outros «não activos» ou «não produtivos» fazia crer que se tratava de uma «eutanásia» discreta e progressiva, mas esta redução de jovens, de futuros adultos trabalhadores, dirigentes e cientistas, através da emigração; leva as cogitações mais além. Sem uma geração capaz de gerir o futuro de Portugal, o país ficará nas mãos de imigrantes, talvez jihadistas ou chineses, que destruirão toda a história de grandeza dos Descobrimentos da geração que «deu novos Mundos ao Mundo».

Parece que está a tornar-se urgente uma ruptura que acabe com o actual regime partidário e dê oportunidade a Portugueses que, movidos por valores de humanidade, de cidadania, de responsabilidade para com a memória da nossa história, se desprendam das ambições pessoais e se preocupem prioritariamente com a reconstrução do Portugal de que todos nos possamos orgulhar. Precisamos do Conde de Aviz, do D.João II, do D.Jáo IV, do Marquês de Pombal e de outros em quem poder não teve a morte.

A tendência actual é para o desastre total. Cada líder gosta de se rodear de pessoas que lhe obedeçam sem fazer objecções, e evitam pessoas esclarecidas, moralmente bem formadas que pudessem ajudar a fazer «Mais e Melhor por Portugal». Depois, de entre essas pessoas de baixa condição moral e cultural, sai o líder seguinte que usa o mesmo procedimento e, assim, se caminha para líderes cada vez menos competentes e de menor qualidade. Isto será assim...até que haja uma paragem, uma reflexão esclarecida de que resulte uma reforma na sociedade e se escolham os cidadãos mais capazes.

O sistema financeiro também precisa de muita atenção. Empresas públicas pagam, com o nosso dinheiro,aos bancos mais do dobro do que o total dos salários do seu pessoal. O dinheiro público não é apenas destinado a pagar luxuosamente aos incompetentes do Poder, mas também para enriquecer os detentores do sistema financeiro que, como reles parasitas, esmifram o mais que podem, com o consentimento e o apoio de tais incompetentes. O caso BPN foi esclarecedor, tendo sido vendido por apenas 1,8% do custo já pago pelo Estado e que ainda não parou de aumentar. E, este sumidouro ainda não está bloqueado ao ponto de o Tribunal de Contas alertar que BPN poderá trazer mais custos para o Estado.

A João Soares. 12-08-2014
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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

SISTEMA FINANCEIRO, DINHEIRO, VALORTES ÉTICOS

Os problemas que, recentemente, afectaram vários bancos e, agora, tiveram ponto alto com a crise do BES, vão levar as pessoas a olhar de frente para todos os aspectos do sistema financeiro. Muita gente estará implicada e outros bancos terão problemas semelhantes embora com outra dimensão. Uma notícia diz que «o caso BES foi uma "machadada enorme" dada ao mercado de capitais e à confiança dos investidores na informação e no funcionamento do mercado».

Vai-se confirmando o apocalipse esboçado por Paulo Baldaia que poderá estar próximo.

Este país não tem solução enquanto todos os poderes pactuarem com um sistema
-que favorece o enriquecimento ilícito,
-que julga na praça pública por ser incapaz de fazer justiça nos tribunais,
-que despreza a competência e aplaude o amiguismo,
-que se mostra totalmente incapaz de promover a igualdade de oportunidades.
-que recicla os donos disto tudo mas apenas para substituir uns pelos outros.

E, depois disto, você continua a ter confiança no seu banco?
Continua a investir as suas poupanças em acções para ter melhores resultados?
Acha que a felicidade depende do volume da sua fortuna?
Não será o dinheiro a pior droga criada pelo homem quando se usa descontroladamente e com obsessão?
Não será oportuno investir algum tempo, diariamente, na meditação que conduza a rever a escala dos valores éticos, morais, no funcionamento da sociedade?

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

NOVA ORDEM MUNDIAL


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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

QUIM BARREIROS E A BANCA


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