segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

GOVERNAR É DECIDIR E DECIDIR É PENSAR


É preocupante que alguns governantes, políticos e comentadores submetam a sua argumentação, teimosamente, a citações de ideólogos que, sendo pensadores respeitáveis e a quem o mundo muito deve, ao fim e ao cabo, emitiam opiniões válidas sintonizados para a sua época. Trata-se de indicação do azimute a seguir para chegar a uma finalidade, mas que não dispensa de ajustes pontuais adequados aos obstáculos encontrados no itinerário.

É vulgar ouvir-se que «cada caso é seu caso» e uma solução pode resultar numa situação, mas raramente pode obter o mesmo êxito em caso parecido mas diferente em pormenores que parecem diminutos.

Por isso, há que analisar cuidadosamente os problemas e os seus diferentes factores, a fim de os equacionar com realismo e obter a melhor solução possível, como se diz em «pensar antes de decidir» . Só assim se obterá o melhor resultado possível com vista a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos amanhã, num futuro mais ou menos distante.

Não há ideologias milagrosas, nem soluções imutáveis e permanentemente válidas. A confirmar estas palavras, merece ponderação a afirmação de um deputado, «Já não sou um liberal. O Estado tem de ter força», que mudou de opinião perante as realidades com se tem defrontado.

Um ministro não pode estudar com a necessária profundidade cada assunto que tem de decidir e, por isso, dispõe de assessores que devem se nomeados pela sua preparação e capacidade para serem colaboradores válidos e não apenas por compadrio como refere um artigo do Público do início do ano corrente que se intitula «Estudo mostra que boys ajudam a controlar administração pública».

Imagem de arquivo

2 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Então, estamos lixados, português não pensa, delira, e como português posso comprová-lo.

Venho desejar um bom Natal (enquanto o Coelho não nos come as couves todas)

A. João Soares disse...

E o pior é que desse delírio induzido, não aparece um caçador que salve algumas couves antes que todas desapareçam.
Parece o Novo Ano vai ser pesado com as dificuldades que nos são impostas, nos impostos e nos diversos aspectos da austeridade. Mas já há quem preveja que os idosos irão sofrer menos, porque da primeira vez que adoecerem após a passagem à reforma, ser-lhes-á aplicada a eutanásia, ou a «sedação até à morte» como diz o Presidente Hollande da França.
Eles afinal PENSAM,mas não é na qualidade de vida das pessoas é nos algarismos, sem nomes (mas visando a exploração do que pouco tem em benefício do poderoso.
Boas festas e um Ano Novo com boas novidades.
Abraços
A João Soares